CAPÍTULO 9: The First Death

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Boa Leitura, leiam as notas finais!


O poder é uma força complexa que permeia todas as esferas da vida humana e não humana. Seja político, econômico, social ou pessoal, o poder influencia e molda nossas interações e decisões. Quando usado de maneira responsável e para o bem comum, o poder pode ser uma ferramenta transformadora, capaz de impulsionar o progresso e promover a justiça. No entanto, quando concentrado nas mãos má intencionadas, pode se tornar opressivo e abusivo, perpetuando desigualdades e injustiças.

Husk, em toda sua vida, nunca imaginou que seria poderoso, muito menos que morreria e se tornaria um overlord. Durante toda sua infância sua mãe fazia questão de o lembrar do lixo que era e como nunca conquistaria nada na vida e viveria para sempre nas garras de seu pai, que também era marido dela. Ele sorriu amargo.

Queria que ela pudesse ver o quão errada estava. Eu adoraria ver a indignação se alastrando em seu rosto.

Ele girou o copo de whisky já vazio em sua mão, com os olhos focados na pequena bola de gelo derretendo ali, com a mente nublada de pensamentos e lembranças que percorriam por entre seus tempos de garoto vivo e sua casa, principalmente sua mãe.

Husk nunca havia comentado com ninguém sobre sua infância perturbada e como sua progenitora o tratava mal por achar que a nítida preferência de seu pai por ele, em vez dela na cama, era culpa dele. Ele se recostou na cadeira e suspirou, soltando o copo na mesa, não gostando do rumo sombrio e aterrorizante que seus pensamentos estavam indo, sentindo sua bile incomodar o fundo da sua garganta, ele engoliu o gosto horrível das suas memórias e estava pronto para levantar e sair quando duas batidas na porta lhe chamaram atenção.

Ele gostaria que aquele batendo em sua porta fosse Angel, mas sabia que o mais alto não bateria antes de entrar, e seria barulhento desde o corredor até sua porta. Ele sorriu de lado com o pensamento.

Senhor Husk, o senhor Shepard está aqui para a reunião que foi marcada. – Sua secretária abriu a porta suavemente e disse, apenas com a cabeça para dentro.

Deixe entrar.. – Ele disse e se direcionou ao pequeno bar perto da porta, servindo dois copos com whisky e uma bola de gelo. Husk continuou apoiado no balcão com os olhos fechados e respirando fundo, ainda lutando contra suas próprias lembranças, até que ele ouviu um barulho vindo da porta. Ele forçou um sorriso no rosto e se virou com os dois copos na mão. – Shepard, há quanto tempo não te vejo?! – Ele disse e foi até o sofá e se sentando de frente para seu convidado.

Shepard era um imp alto e esguio, usava um terno de linho de cor verde escuro. Tinha os cabelos brancos como a maioria e os chifres curtos e curvados na lateral de sua cabeça. Ele estava sorridente e olhava o overlord com certa malícia.

A conversa foi longa e demorada depois que Husk serviu o copo. Eles discutiram sobre seu acordo e ações do cassino por um tempo até que ambos chegaram em um consenso e encerraram a conversa mantendo um silêncio amigável. Husk e Shepard eram colegas de longa data, até um pouco mais do que isso se quiser saber.

Como andam as coisas Huskie? – O platinado perguntou pousando seu copo vazio em cima da mesa de centro a sua frente. – Faz tempo desde a última vez que conversamos. Escutei alguns boatos a seu respeito...

Apenas coisas boas, eu espero. – Husk sorriu e baixou o rosto olhando para as próprias pernas cruzadas. – Eu estou bem, o cassino está bem, não há nada com o que se preocupar Shep'.

– Ouvi dizer que tem um garoto agora, o ator pornô. – A voz baixa do demônio se fez presente novamente e um sorriso brotou em seus lábios, ao mesmo tempo em que o de Husk se perdia.

[HIATUS] Aposte Em Nós - HUSKERDUST (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora