Capítulo 2: Como você sabe o que tem dentro da câmara secreta?

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Mesmo após essa noite intensa e confusa, eu consegui dormir bem mais rápido do que estava esperando. A ansiedade para o treino de quadribol no dia seguinte, com a final da copa das casas chegando, estava me consumindo pois eu precisava estar 100% preparada para humilhar a grifinória.

Acordei super animada e já fui me organizar para o treino que seria antes da aula de feitiços. Peguei a minha vassoura e desci a comunal. Todo o time já estava sentado, me esperando descer.

Nosso time é composto por Blaise Zabini (batedor), Pansy Parkinson (batedora), Draco Malfoy (artilheiro), Marcus Flint (artilheiro), Adrian Pucey (artilheiro), Millicent Bulstrode (goleira) e eu, Blair Slytherin (apanhadora).

Somos a única casa que está invicta. Não perdemos nenhum jogo. Com a grifinória não será diferente, mas precisamos treinar.

Até começaram a soltar brincadeiras na comunal que precisam de um pomo de ouro mais rápido porque virou brincadeira de criança a velocidade que eu consigo pega-lo. E no jogo contra a lufa-lufa eu consegui pegar o pomo em 7 minutos de jogo, desde então, começaram as brincadeiras e afrontas com as outras casas.

Nos dirigimos para o campo e notamos que quase todos os alunos da sonserina estavam lá para olhar o treino. Quando começamos a subir, notei um rosto familiar na arquibancada. Era o Tom. Ele nunca havia ido em nenhum treino, apenas jogos. Mas lá estava ele, sentado junto com Bellatrix Lestrange, Gregório Goyle e Vicente Crabbe.

Não sei explicar, mas, ao ver o Tom junto da Bellatrix, eu senti um certo incômodo. Parecia que no lugar do sangue, corria lavas em minhas veias. Eu senti meu corpo esquentar, ferver. Mas mantive a cabeça no lugar pois, meu único foco, era pegar o pomo de ouro e me preparar para o jogo final.

Ao final do treino, estávamos animados, comentando sobre mais uma vez eu pegar o pomo de ouro super rápido. E, saindo do campo, vimos os alunos da grifinória se aproximar. Era o horário de treino deles. Mas o time estava tão eufórico, tão animado, que já começaram a provocar os grifanos. E, aos gritos, começaram a cantar:

"A sonserina já é campeão,

Mas os grifanos estão buscando a humilhação."

A equipe da grifinória passou com cara feia por nós, mas era exatamente isso que queríamos. Afrontar. Provocar.

Seguimos para a comunal ainda rindo e brincando. Estávamos muito animados. O Zabini passou seu braço pelo meu pescoço e apontando para minha cabeça falou alto para todos ouvir:

- A Blair vai garantir o pomo de ouro e eu prometo que enquanto ela não o capturar, eu vou desmaiar cada um dos jogadores da outra equipe com meus queridos balaços.

A gritaria e gargalhada tomou conta da comunal enquanto entrávamos. Parecia que já tínhamos vencido.

O Zabini ainda estava com o braço em volta do meu pescoço, mas o Tom pareceu não gostar daquilo. Ele tirou a mão do Zabini, segurou no meu braço e encarou nós dois.

- Preciso conversar com você, Blair. - Falou Tom com a expressão séria.

- Calma aí, Riddle. - Rebateu Blaise.

Tom não falou mais nada. Me soltei da mão dele e fiz sinal para que ele me acompanhasse.

À medida que nos afastávamos da comunal, as outras pessoas que ali estavam também seguiram para seus quartos.

- Que merda foi essa, Tom - Perguntei com um tom de indignação na voz.

- É... eu escrevi a receita da poção que você queria. - Ele respondeu meio sem jeito e esticou a mão para que eu pegasse.

A HERDEIRA DE SALAZAROnde histórias criam vida. Descubra agora