XVII.

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"por que diabos você sempre me ignora quando eu ligo? Você está ocupado fazendo coisas melhores?"

– August, Chase Atlantic

🥀

- Está tudo tão triste... - Comentou James sentado em uma das poltronas.

No momento estava Luiza sentada ao lado do rapaz enquanto Lisabelle encarava o chão. De pé à beira da maca, sentia seu corpo fraquejar a cada instante, seus olhos evitavam olhar para Dominique, era deprimente para si vê-la em coma a dias, uma mulher cujo boates era peito de aço

- Eu não entendo... - Disse baixo, mas ambos poderiam escutar. - Já fazem dias...

James se remexeu na cadeira tentando disfarçar sua tristeza, ele dentre todos foi oque mais sentiu medo

- Duas balas se alojaram em Dominique, Lisa! Chegamos lá em horas porque estávamos em velocidade altíssima e usamos helicóptero! Para voltar foi um dia e meio, se fossemos de helicóptero ou rápido demais, a ferida iria piorar e a bala poderia se aprofundar

- Isso porque vocês cuidaram dele durante o trajeto. O doutor foi junto... - Completou Luiza.

- Demoramos muito para chegar e uma infecção generalizou...pode demorar para ela voltar e se recuperar de algo tão grave

Seus ombros caíram e automaticamente se afundou em pensamentos. Por mais traiçoeiro que a voz em sua cabeça fosse, não poderia parar de pensar ma hipótese disso ter ocorrido por sua causa. Seu segurança explicou que Dominique não ouviu oque ela disse na hora que disse.
Explicou que como a mulher estava em uma área desprovida da inteligência artificial, só escutaria algo ou ficasse sabendo de algo, horas ou até dias Depois, é claro que isso não a confortou de modo algum

- Isso é culpa minha...

Luiza levantou rapidamente e retrucou

- Ei, não é sua culpa...

Seus braços gelados rodearam o tronco de Lisa, Luiza tinha o melhor abraço para a garota.
Não negava que ver a tatuada sendo refém de aparelho estivesse torturando-a e tirando seu sono. Desde que Dominique chegou, Lisabelle não saiu do quarto de hospital, a culpa a corroia diabolicamente infernizando cada ponto de seu corpo e mente
Fungou quando lágrimas desceram e seu nariz entupiu

- Detesto te ver assim - as mãos magra e decoradas deslizaram em seu rosto. - Dominique é forte, seu corpo esta rejeitando os medicamentos e esta se curando sozinho

Nem mesmo os médicos entendiam oque estava acontecendo, já que Dominique foi praticamente, criada em laboratório

Desfez o abraço e o frio a dominou, sorriu fraco quando olhou para o rosto pálido e sereno da mais velha. Era por volta das quatorze horas da tarde, o serviço de quarto já havia passado para saber se os visitantes queriam o café da tarde, ambos negaram, já que decidiram cuidar da boate pela noite enquanto Lisabelle cuidava de Dominique.
Luiza retrucou dizendo que a jovem não estava descansando e estava deixando seus pensamentos a consumirem pela noite.
Sua recuperação foi rápida quando chegou no hospital dias antes de Dominique chegar, o diagnóstico chegou logo após os exames, estava Bulímica, estava voltando a uma fase no qual não queria

E quando Dominique deu entrada de emergência no hospital, seu coração se afundou porque ela estava conhecendo seu lado forte e Persistente, não imaginava vê-la ao seu lado ensopada de sangue e desacordada. Foi torturante para si e acabou criando um certo medo dentro de seu coração

Perde-la.

Não conseguia esquecer da cena onde a mais velha estava quase roxa, dos olhos fechados e inchados e da boca meia aberta, parecia estar morta diante de si, sem cor e brilho

Quando As Estrelas Se AlinhamOnde histórias criam vida. Descubra agora