✓ Em Nome do Amor

20 †

Daniel Lopez
31 de maio de 2024
Sexta-feira

†

Sentado na bancada da cozinha, bebendo meu café, e pensando no que aconteceu alguns dias atrás. E o pior, é que eu não consigo parar de pensar na situação, e em como eu gostei do beijo. O clima entre mim e a Yasmin, não está tão tenso. Mas as vezes eu sinto como se ela estivesse se afastando, e por algum motivo eu não estou gostando disso. Eu estou ficando maluco ao sentir essas sensações. Pela amor de Deus!

— Por quê está tão pensativo ? – meu irmão pergunta chamando a minha atenção.

— Nada! – ele encara-me confuso.

— Conta logo o que houve irmão, sabe que pode se abrir comigo ? – bufo frustado. Passo minha mão pelo meu rosto, e suspiro lentamente.

— Eu beijei a Yasmin! – falo de uma vez, fazendo-o se engasgar com o café.

— Como ? – reviro os olhos.

— Não vai me obrigar a dizer isso outra vez. Você entendeu!

— Eu entendi! Só estou em choque! Como isso aconteceu ?

— Ela estava preparando o almoço. Depois ficamos conversando. Eu comecei a encara-lá, e ela me encarou também, e me deu vontade de beija-lá. Aconteceu! E agora, eu não paro de pensar nisso.

— Daniel, você não acha que, estar gostando da Yasmin ? – franzo a testa em descrença.

— Não! Foi só um momento! Muito tempo sem ficar com ninguém, sem conhecer outra pessoa. Foi somente isso! – meu irmão encara-me com tédio no olhar.

— Você é teimoso! Tudo bem, sabichão. Agora mudando de assunto... Porque não aproveita que a Melissa está na casa da mamãe, e vamos sair para se distrair um pouco ? Amanhã estamos de folga! – ele dá de ombros.

— Ah não sei, Gabriel. Eu prefiro ficar em casa descansando! Estou um pouco cansado! Outra folga, talvez.

— Tudo bem! – ele dá mais um gole no seu café. — Eu chamar outra pessoa! – ao terminar de jantar, e arrumar as coisas. Subimos para nossos respectivos quartos. Faço minha higiene pessoal, e deito-me.

†

Abro os meus olhos ao ouvir algumas batidas suaves na porta do meu quarto. Ser policial tem dessas coisas, qualquer ruído a gente fica em alerta. A chuva forte caia lá fora. Ultimamente São Paulo estava com esse clima. Levantado-me indo até a porta, e ao abri-lá vejo Melissa, agarrada à um ursinho que a Yasmim deu de presente. A Melissa não o largou!

— Oi, minha filha, tudo bem ? – de repente um trovão se faz presente, e Melissa segura as minhas pernas. Agora entendi! — Oh, meu amor.... Vem cá. – pego-a nos braços. Caminhando de volta para minha cama. — Pode dormir aqui hoje! – deito-a na cama e vou para o meu lugar. Estava pegando no sono novamente, quando Melissa chama-me:

— Papai ?

— Oi querida, o que foi ?

— Eu tava pensando na mamãe! – Deus! Eu deveria ter contado toda a verdade. — Como será que ela tá ?

— Ela deve está bem, meu amor! – viro-me para encara-lá. — Não se preocupe com isso, tudo bem ? – faço um carinho em sua bochecha.

— Você tem falado com ela ? – faço que não com um gesto de cabeça. — Que pena! – ela se agarra ao Pooh. Nome que ela deu para seu ursinho. — Sabe, pelo menos eu tenho a Yasmin comigo. Ela cuida muito bem de mim! Como se ela fosse a minha mãe m. Claro, que você, o tio Gabriel, a Cristina... Ah sim, o vovô e a vovó também cuida muito bem de mim. – ela dá um sorrisinho.

— É, meu amor. Agora vamos dormir! Amanhã eu vou te levar para dá um passeio pela amanhã, e a tarde você vai para casa dá sua vó. Tudo bem ? – ela assente animada. — Ótimo!

— A Yasmin pode ir com a gente ? – fico em silêncio por alguns segundos, depois do que aconteceu, não sei se ela quer ficar perto de mim. Mas, acho que com a Melissa ela possa ir. — Por favor, papai! – ela junta as mãozinhas fazendo-me rir.

— Tudo bem, querida! Eu vou falar com ela. – com isso ela se aconchega na cama e fecha os olhinhos, dou um sorriso com a cena. Eu também me aconchego, e vou dormir.