Amor Complicado. - Richard Ríos.

Cap ² - Princesa.

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Já disse que amo dormir?! Melhor coisa possível, mas se não fosse pelo cheiro ótimo que tô sentindo, eu voltaria pro décimo terceiro sono.

Ainda sonolenta desci pro andar de baixo, encontrando um veiga confuso e meio agitado, eu franzi o cenho enquanto observava e me aproximava.

— vish, tá louco? – eu murmurei e tive sua atenção em mim.

— não tô achando minhas chaves. – ele resmunga e eu o olho confusa.

— mas tá na sua mão.

— não são essas. – dessa vez foi até a sala procurar. Não perdi tempo e fui pra mesa na cozinha onde o café da manhã já tava pronto.

— aliás, obrigado por me levar pra cama. E desculpa se foi difícil.

— que nada, nem percebi quando cai no sono também, acordei de madrugada e te levei lá pra cima, vai que 'cê cai do sofá e me leva junto?!

Não contive a risada e neguei com a cabeça voltando a comer.

— hoje é dia de treino, se quiser ir tem uns vinte e poucos minutos belê? — eu acenei com a cabeça, comi umas três bolachas num piscar de olhos.

— beleza, vou me arrumar. – engoli o suco de laranja e sai da mesa, subi até o quarto indo diretamente pro banheiro. Tomei um banho e escovei os dentes.

O look de hoje era meu sagrado top tomara que caia, como chamo, e uma calça flare cintura baixa, um tênis, colar de conchas, minhas argolas pratas de lei e umas pulseiras aleatórias. Fiz uma maquiagem levinha, sendo só o corretivo, batom vermelho esfumado, gloss e rímel. Não precisei finalizar meus cachos pois graças ao veiga, que além de me trazer pro quarto, colocou meu cabelo na toca, então só fiz dar uma passada com um pouquinho de óleo. Obviamente tirei várias fotinhas, não podia deixar meus oitocentos mil seguidores na seca de fotos no insta ou sem notícias né.

Desci depois de escutar os berros de veiga para irmos logo. Saímos de casa e fomos até o carro do moreno e ele deu partida pro CT do Palmeiras.

— tá uma gatinha, gostei do perfume. – deixei um sorriso escapar com seu elogio.

— dá pra sentir tanto assim? – tive um aceno em confirmação.

— inclusive, Abel quer falar contigo, antes de voltarmos pra casa.

— ué, como ele sabe que... Ah tá.

— desculpa, eu falei pra ele que tu tava de volta por uns meses, umas férias praticamente né. Mas só falei pra ele, quero ver a cara dos muleques quando te ver.

Eu soltei uma risada, apesar de ainda estar pensando se foi uma boa ideia ter vindo mesmo.

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Péssima ideia, eu deveria estar em casa dormindo ou pintando as unhas.
Após deixar o carro no estacionamento e entramos no CT dei um suspiro pesado e longo, o tanto de estresse que já passei aqui é brincadeira.

— onde eles tão hein? – eu perguntei desconfiada andando ao lado do moreno, que soltou uma risada e deu de ombros.

Só espero que nenhum esteja suado quando vir me abraçar.

Tive que esperar o querido do veiga vestir a roupa pra treinar e fomos pro gramado, estavam todos de costas enquanto escutavam Abel, mas virou bagunça quando veiga fez questão de voltar toda atenção para nós.