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                               ERIC SCHMID

É mas uma noite agitada em minha boate. Observo as pessoas chegarem com o entusiasmo estampado em seus rostos.

— Parece que hoje vai ser uma noite e tanto — viro meu rosto e avisto um dos meus principais sócios, ele estava vestido com roupas informais e com um copo de bebida nas mãos.

— Com certeza — o respondo, ele dá uma risada forte e logo me dá uns tapimhas nas costas antes de sair rumo a outra direção.

A atmosfera estava elétrica, com a promessa de uma noite cheia e pura diversão.

Após lidar com algumas questões, me permito um momento de descanso. Sento em um sofá estrategicamente, posiciono-me para observar o movimento da boate.
Apreciava a energia pulsante do local, com a música alta e as luzes coloridas criando um ambiente envolvente em meu redor.

Enquanto tomo um gole de minha bebiba, observo atentamente as pessoas que enchiam o local. Grupos de amigos se divertindo, casais dançando colados, outros se pegando, e até mesmo figuras solitárias que pareciam perdidas em seis próprios pensamentos. A diversidade de personalidade e comportamento que se entrelaçavam ali era fascinante para mim.

Avisto uma figura familiar adentrando na boate,estava longe e as luzes coloridas me prejudicavam me fazendo não conseguir identificar na mesma hora.
A medida que a figura de aproximava,pude reconhecer quem era. Teisa.

Fico surpreso com a presença dela ali. Me vejo fixando meus olhares nela de longe, tentando entender o porquê dela ter retornado.

Ela parecia está diferente, o cabelo vermelho estava com o pigmento mais forte,seu corpo estava mais pálido que o normal, seu semblante era totalmente diferente do que eu costumava ver.
embora suas vestes e seu rosto fossem os mesmo, seu olhar estava diferente.

Enquanto a observo, percebo um homem se aproximar dela, eles trocaram algumas palavras e logo se dirigiram a bancada de bebidas.
Continuei a observar a distância, tentando decifrar o que estava acontecendo.

Após um momento de conversa,um dos seguranças os interrompe, o homem se afasta, a deixando sozinha.
Aproveito a oportunidade e me dirijo até onde Teisa estava.

Enquanto caminhava em direção à ela,noto que a mesma percebe minha presença e me encara. O encontro visual era intenso, sinto calafrios inesquecíveis percorrerem meu corpo.
O que era aquilo?
Dependendo do que for,nunca avia me sentido assim quando me dirigia a ela.

Ao chegar perto dela, continuo a encarando, esperando por alguma reação dela, o que foi em vão. Pra minha surpresa, ela continuou no seu lugar, e não agiu como costumava agir, ela parecia confusa e distante.
Ela está totalmente diferente.

Teisa sempre se agarrava em mim, toda vez que me via me abraçava e tentava me seduzir, o que eu odiava.
A princípio, sempre a achei bonita,mas suas ações me fizeram a odia-lá profundamente.
A agora lá estava ela,totalmente diferente, me fazendo ficar extremamente intrigado a ela.

Após alguns segundos decido quebrar o silêncio que a pairava sobre nós.

— Teisa,proponho que recomeçamos e deixemos o assunto da última vez ser encerrado de uma vez por todas, está de acordo? — percebo seu olhar confuso, o que me deixa mais confuso ainda.

— Claro, mas não vejo razão — ela responde.
Não ver razão?
Suas palavras eram sem sentido, parecia que ela n se lembrava do acontecido.

— Pode ter certeza que será melhor assim — respondo continuando a encará-la, e ela faz o mesmo. Depois de alguns segundos resolvo sair para que o clima não ficasse mais estranho do que estava.

Me sento no mesmo lugar de antes,ainda a observando, intrigado.
Alguns momentos depois ela percebe meus olhares fixos sobre ela.
A mesma se vira,tentando evitar olhar para mim. Ela toma um drink e olha novamente ao meu destino, percebendo que eu ainda a encarava. Ela me encarou por meros segundos pois logo duas garotas se apresentaram a ela.
Luna e Acber, lembro que eram inseparáveis, as três vieram juntas com currículos para ser dançarinas da minha boate.
Elas estudaram juntas no ensino médio e desde então nunca mais se separaram, o que eu admirava.

Teisa parecia surpresa com a presença das amigas, elas conversaram animadas,mas Teisa aparentava está confusa, obviamente aquela não era a Teisa que eu conhecia.
Alguns minutos depois vejo as duas garotas levando Teisa para a seus camarim.
Teisa estava assustada,e aparentemente nevorsa, parecia que não queria ir com elas.

Sem pensar duas vezes  corro em direção à elas, na esperança de impedir as suas amigas de levá-la.

— Teisa! — falo um pouco alto para que elas pudessem ouvir — me acompanhe, agora — falo e em seguida me viro, na esperança dela ir me seguir, e foi o que fez.

Meu coração batia forte, a ansiedade percorreu me fazendo sentir coisas que nunca avia sentido em toda minha vida. Alguma coisa nela me fazia me sentir assim, e eu estava extremamente curioso pra saber o que era, e o que eu poderia sentir a mais.

Chegando em minha sala,me viro a observando, ela estava nervosa, assim como eu, mas a diferença era que ela não conseguia esconder seu sentimento.

Abro a porta e em seguida escancaro ela
— entre — eu falo,e ela faz o mesmo.

Sento na minha cadeira, e ela logo senta do outro lado, nossos olhares se encontram, me fazendo ficar mais intrigado, a observo melhor, vejo cada detalhe,seu rosto era impressionante de tão lindo, seu olhos eram castanhos, seu nariz parecia de boneca, de tão perfeito que era, seu lábios carnudos era o que mais realçava em seu rosto.
Caramba, como eu queria senti-la

Seu corpo parecia de porcelana,de tão lindo e pálido que era, seus braços finos pareciam ser frágeis, assim como todo seu corpo.
Ela era impressionante.
Ela não era assim, e se era, nunca percebi todos esses seus detalhes radiantes.

A fato dela dançar entrou em minha mente rapidamente, me fazendo me sentir extremamente estranho.
O que era aquilo?

Sem pensar, quebrei o silêncio.

— Apartir de hoje está proibida de ter qualquer cliente vip que não seje eu — minhas palavras ecoaram, me fazendo sair daquele transe e pensar no que eu tinha acabado de falar.
Merda

Eu não fazia ideia por que eu teria falado aquilo,foi tão rápido que ao menos pude pensar no que eu estava fazendo.
Mas por outro lado,o sentimento de arrependimento não veio.

Ela me olhou com um olhar surpreso e ao mesmo tempo confuso, mas não digiriu nenhuma palavra.
Me recompus e prossegui.

— Não quero que dance pra mais nenhum frequentador dessa boate, você entendeu? — ela me olhou de canto e enseguida percebi que ela iria responder.

— Por quê? — foi as suas palavras.
É o que eu também quero saber.

Eu não fazia ideia do que responder, pois realmente não sabia o motivo de eu não querer que ela dançasse mais, era um sentimento que eu não conseguia descrever ou entender. Eu só não queria, e é isso que ela terá que fazer.

— Eu só  não quero, só me obdesssa e não aceite nenhum convite, entendeu? — ela me olhou confusa e apenas assentiu.

Me levantei e em seguida ela fez o mesmo, levantei a mão para que eu pudesse apertar a sua como forma de despedida, ela fez o mesmo. E levantou sua mão direita.
Pude senti-lá, era macia e delicada, o que me fez entranhar.
Peguei sua mão com a minha duas mãos e a virei. Sua mão estava intacta,não tinha a cicatriz que ela tinha antes,causada em um acidente que Teisa teve aqui na boate.

Olho para ela, que me encarava extremamente confusa, logo ela tirou sua mão que estava dentre a minha, e caminhou em direção à porta,antes de sair me olhou mais uma vez e fechou a porta.

Era como eu suspeitava, aquela mulher
não é a Teisa.

...

Ihh revelações hein ;)
















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⏰ Última atualização: Apr 20 ⏰

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