James Barnes sempre encontrou em Lily Russell seu único e verdadeiro amor. No entanto, como muitos sabem, o destino adora pregar peças.
A história de James e Lily se desdobra ao longo de décadas marcadas por eventos como o trem, o avião e o desfecho...
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SHE'S GONE, MR. BARNES
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NEW YORK | DECEMBER, 1940
Era segunda-feira, e Lily tinha suas malas prontas — assim como Peggy.
Howard e Erskine iriam pela manhã para New Jersey, mas como Lily precisava deixar as coisas arrumadas com a Sra. Grass e Peggy precisava terminar um trabalho na S.O.E., elas iriam à noite, após o expediente da loira.
— Quer que a deixe na biblioteca? — Howard questionou enquanto tentava arrumar o nó da gravata.
A loira deu dois passos, parando em sua frente e afastando as mãos do homem do pedaço de tecido, fazendo ela mesma o nó.
— Quero, Peggy já saiu para o trabalho.
— Não são nem sete horas — ele franziu o cenho, olhando para baixo, nos olhos de Lily.
— Sabe como ela é.
Lily terminou o nó da gravata de Howard e virou-se, pegando sua bolsa e sua mala em cima do sofá. Erskine e Howard pareciam incomodados com o silêncio da loira — que estava mais pensativa que o normal; pois em sua mente, se passava repetidas tentativas de elaborar uma desculpa para o que estaria fazendo.
— Lembrou de encurtar o comprimento da saia? — o Stark questionou, a olhando pelo retrovisor.
— Sim. — respondeu simples, voltando seu olhar para o movimento das ruas em que passavam. A bainha de sua saia não estava perfeitamente reta, e rezava para que o Coronel Phillips não percebesse isso em seu primeiro dia; mas Lily não tivera escolha, por menor que fosse a saia, sua altura sempre a obrigava a ajustar algo.
Howard desceu, retirando a mala de Lily do porta-malas e a alcançando; a loira desejou boa sorte para Abraham e então despediu-se de Howard — que fez questão de erguê-la e rodopiar na calçada com ela, arrancando boas risadas de quem passava por ali.
— Vou ir antes que sua chefe chame a polícia.
Lily riu, vendo-o entrar no carro e ir embora, Erskine acenando com o corpo para fora da janela. Pegando a mala do chão e andando em direção à biblioteca — já que obrigara Howard a não deixá-la na porta, para o caso da Sra. Grass vê-lo —, Lily deu de cara com a velhota, parada na porta a encarando. Seu sorriso morreu de imediato enquanto a senhora consultava o relógio de bolso.
— Você nunca chega depois das 7:30! E que malas são essas?
