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I'M TRYING

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NEW YORK | JUNE, 1941

A vida humana é feita de escolhas. Sim ou não. Dentro ou fora. Para cima ou para baixo. Aí existem as escolhas que importam. Amar ou odiar. Ser um herói ou um covarde. Lutar ou desistir. Viver ou morrer. Viver ou morrer: esta é a escolha importante. E não está sempre em nossas mãos.

As folhas das árvores pareciam apenas borrões. E as pessoas, marionetes presas em um loop infinito. O cheiro de sangue era capaz de nausear quem estivesse próximo, e a violência com a qual o carro capotava, fazia estilhaços de vidro prenderem-se nos corpos ensanguentados.

A jovem, beirando a inconsciência, notou o solavanco do veículo ao pararem. Mas lentamente, sentia que afundavam. Tomada pelo desespero, Lily olhou para o lado, vendo que o lugar onde estava Peggy, agora estava vazio. A penumbra da mata era apenas aliviada pela lua forte e brilhante no alto do céu.

Tateou as coxas, sentindo uma dor lacerante na perna esquerda. O punhal, antes preso em sua liga, agora estava cravado em sua perna. Ela não conseguiria sair dali com a faca podendo atingir uma artéria, por isso, utilizando um pedaço de vidro devidamente afiado, cortou o cinto de segurança — instalado fora do esquadro por Howard — e o amarrou em sua perna, pouco acima de onde o punhal se encontrava, fazendo assim um torniquete.

Ela evitou olhar para o ferimento enquanto puxava o objeto sem pestanejar. O grito que escapou de seus lábios fez com que um movimento singelo viesse de Howard, que estava preso entre o banco e o volante.

— Ai... — ela levou um susto ao sentir duas mãos puxando-a para fora do veículo, o cuidado excessivo de Phillips explicado por sua face preocupada. O homem a deitou na grama, sentindo imediatamente a descompressão de sua coluna ao entrar em contato com o solo de leve declive.

— Não se mova, continue em silêncio — ele colocou o dedo indicador entre os lábios enquanto o som de folhas sendo pisoteadas eram ouvidas.

Mais confusa do que nunca, tentou reorganizar as últimas quarenta e oito horas em sua cabeça, e cada vez sentia-se mais louca.

Parecia que o ataque ao Camp Lehigh havia sido há uma semana atrás, mas não, não faziam três dias. Lembrava-se de entrar no avião do Presidente com Peggy ao seu lado. As imagens distorcidas do Capitólio pareciam dançar em sua cabeça, havia tantos gritos, tantas brigas. Ela, que nunca sonhara ver Howard Stark descontrolado, o vira acertar o nariz de um dos engravatados de Roosevelt.

Your Ghost ❆ Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora