Pʀᴏᴛᴇᴄᴛ Hᴇʀ | Wɪɴʀɪɴᴀ

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O coração de Minjeong estava batendo forte em seu peito naquele momento. Em questão de poucos minutos, ela entraria em seu carro e levaria Jimin para sua cidade natal.

Fazia alguns dias que a Kim passava quase todas as noites em claro, sempre tentando não acordar Jimin enquanto abraçava a cintura da modelo com um pouco mais de força do que o comum por temer que ela sumisse dali. Na madrugada anterior, Minjeong passou a noite toda olhando para o rosto sereno de Jimin.

A sensação de ser tocada por Jimin não saia de sua cabeça. E Minjeong queria que elas dessem mais um passo na relação que elas estavam construindo. Mas antes era preciso contar mais sobre si para a mais velha. Compartilhar algo que para ela era importante a Yu saber.

A Kim sabia que não ia conseguir tocar sua preciosa Jimin, por mais que desejasse, sem antes contar para ela. Por isso ela somente pegou no sono depois que decidiu que era a hora de conversar sobre aquele dia com a mulher.

Jimin sabia que a menor estava nervosa e passou a manhã toda tentando acalmar ela de maneiras sutis, fosse com um simples carinho na mão ou um beijo na bochecha. A Yu não sabia por qual situação Minjeong tinha passado que a deixava tão angustiada, mas ela tinha certeza de que iria permanecer do lado da menor.

Antes de saírem, o celular da investigadora vibrou em seu bolso. Era Seonghwa.

Mesmo que ainda se sentisse um pouco nervosa por ter que reviver aquele dia, ela manteve sua postura profissional, sempre prestando atenção nas informações que recebia sobre a investigação.

A única coisa que conseguia acalmá-la, pelo menos um pouco, era olhar para o sorriso doce de sua amada no lado de fora da casa. Já que Minjeong ficou na sala de estar e se ocupou com o celular, Jimin aproveitou para cuidar um pouco de algumas flores de seu jardim.

— Já que a neve parou de cair a alguns dias, isso facilitou um pouco em nossas buscas e finalmente encontramos a moto! — disse Seonghwa, animado. — Nosso departamento é muito competente, então, eu acho que vamos conseguir pegar esse cara antes mesmo de completarmos um mês de investigação.

— Você sabe que já se passou um mês, não é? — Minjeong riu nasalada. — A quinta semana de investigação começou ontem.

— Ai, merda, esqueci de marcar os dias no calendário. — A Kim conseguiu escutar o mais velho provavelmente dando um tapinha em sua testa. — Certo, resolvo o lance do calendário depois... Percebemos que ele tentou esconder a moto já que ela estava praticamente enterrada debaixo da neve. Foi difícil, mas como ele deve ter visitado o mesmo local todos os dias pra se certificar que a moto estava bem escondida, encontramos uma pequena trilha que nos levou até uma pá. Ele deve ter usado para dificultar mais ainda as buscas.

— Como souberam da moto?

— Uma senhorinha que tem uma barraca de comida na região achou isso estranho e nos informou. E adivinha? Tanto a moto como a pá encontramos perto do estúdio de fotografia que o Park Sunghoon e o Yang Jungwon trabalham.

— O que podemos concluir sobre o Park Jongseong então?

— Por mais que eu não vá com a cara desse sujeito arrogante, ele não é mais um suspeito. Ele estava gravando um programa de variedades no dia que o stalker foi até a casa da Jimin, já confirmamos isso. — A Kim escutou Seonghwa mexendo em alguns papéis. — E também tem a fotografia que o stalker deixou com você. Quando paramos para pensar nesse detalhe, acabamos descartando de vez o Jongseong da lista. Os principais suspeitos são Sunghoon e Jungwon já que eles são os que mais tem acesso as câmeras.

— Certo.

— Com a mudança brusca de planos graças a você, ele começou a cometer alguns erros. Acreditamos que deixar a moto e a pá perto do estúdio foi um deles. Ele pensou que ninguém encontraria a moto, ou mesmo que encontrássemos, não apontaríamos ele como suspeito. Digo isso pensando tanto no Park quanto no Yang.