Capítulo 11

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A primeira coisa que fiz assim que me acordei foi ir até o banheiro, tomar um demorado banho e checar o meu rosto no espelho, para saber se já tinha melhorado alguma coisa e ao menos até o momento, está bem melhor — melhor do que achei que estaria.

Quando cheguei à cozinha notei que Rafael não estava lá, mas rapidamente, depois de uma procura, o encontrei em seu quarto, concentrado no trabalho e assim resolvi que não o incomodar.

Aproveitei para tomar o café da manhã, pois parecia que eu não comia há séculos e logo após finalizar, deixei tudo bem-organizado e então me sentei no sofá para quem sabe, ocupar a minha mente com algum filme ou talvez iniciar alguma série.

Há tantas coisas para fazer, mas estou sem a menor coragem para fazê-las, como, por exemplo: começar a ler um novo livro; iniciar uma nova série; organizar a minha playlist de músicas e fazer as minhas atividades da faculdade, mas isso deixarei para fazer amanhã — espero não me arrepender por deixá-las para horas antes de serem apresentadas.

Enquanto Rafael não dava as caras na sala, eu consegui escolher um filme e assim, poderia ocupar a minha mente e não pensar em tantas coisas. Mas na metade do filme, logo me lembrei de que eu deveria avisar ao Fabrício o que estava acontecendo e assim o fiz. Não que eu lhe deva algum tipo de satisfação, mas ao menos quis comunicá-lo sobre.

No mesmo instante em que o filme acabou, Rafael saiu do quarto com uma expressão de cansado e me perguntou se eu gostaria de pedir alguma coisa para almoçarmos, pois ele estava com preguiça de cozinhar e foi o que fizemos. Pedimos marmitas individuais, que chegariam em até uma hora.

Enquanto esperávamos, acabei organizando um pouco a sala e a cozinha, enquanto ele tomava o seu banho e assim que saiu do banheiro fiz o mesmo. E, já na sala, esperando pelo almoço, conversamos sobre o dia anterior e ele me disse que se divertiu bastante e que ficou feliz por eu acompanhá-lo até o parque.

Por mais que eu tenha adorado aquele momento, sei que não passará daquilo e será somente aquilo. Além disso, embora ontem tenha sido uma tarde perfeita, será que ele agiria daquela mesma forma se eu lhe revelasse a verdade? Com toda a certeza que não!

...

Depois do almoço, acabamos dormindo um pouco, mas fui despertado pelo Marcos me chamando na porta de casa — eu havia me esquecido completamente de que ele viria até aqui me visitar com a Karol, mas quando abri a porta, ele estava sozinho.

O convidei para entrar e nos sentamos no sofá e passamos um bom tempo conversando. Lhe ofereci algo para comer e beber, mas ele acabou recusando e assim ficamos por boa parte da tarde.

Percebi que em vários momentos Rafael saia do seu quarto e vinha até a cozinha, mas em todos esses momentos, ele sequer dirigiu a palavra a Marcos. Ainda não entendo o porquê de ele realmente não ter simpatizado com ele, mesmo o Marcos sendo uma pessoa ótima e divertida.

...

— Mesmos planos e rotina de todas as noites de fim de semana — Rafael disse risonho, assim que se sentou no sofá.

— Eu não diria isso — Me sentei ao seu lado.

— Como não? — Me olhou de relance.

— Hoje estamos bebendo... — Respondi — Mesmo que eu não seja tão fã de beber, eu resolvi acompanhar você.

— Mas você está fazendo a sua obrigação de ótimo amigo — Riu — Além disso, hoje de manhã trabalhei bastante, achei que não iria terminar aquela coisa — Ele suspirou — Então, o que iremos assistir?

Então é... Amor (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora