Capítulo 21

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 CAPÍTULO SEM REVISÃO 

Eu estava olhando para o ''teto'' do quarto em meio a escuridão e com uma extrema dor no peito, enquanto Rafael batia à porta do meu quarto, implorando para que eu abrisse, pois precisávamos conversar. Sei que ele pode não ter culpa do que aconteceu, mas o que vi me deixou completamente abalado.

Há tempos eu estava esperando que ele tomasse finalmente a iniciativa de conversar comigo sobre o que estava passando com ele, no entanto, quando isso aconteceu, alguém vem atrapalhar.

Durante aquele momento eu estava me sentindo muito triste e a única coisa que eu queria era somente descansar e não pensar em mais nada.

Algumas lágrimas rolaram meu rosto. Foi tão doloroso.

Eu não estava esperando que a sua ex-namorada aparecesse de supetão em nossa porta e muito menos que ela iria beijá-lo. Ela é uma dissimulada maldita.

— Abre, Miguel... por favor! — Ele pediu do outro lado da porta, mas eu não lhe respondi.

Me virei na cama e fechei os olhos. Ainda estava doendo. Não pensei que doeria tanto vê-lo ser beijado por outra pessoa — embora eu já tenha presenciado isso e apenas fingido que nada havia acontecido, para que ele não percebesse os meus sentimentos.

— Precisamos conversar, Miguel. Abre a porta! — Pediu mais uma vez e novamente a minha resposta foi o silêncio.

Não sei por quanto tempo ele permaneceu fazendo aquilo, no entanto, apenas me dei conta de tudo quando acordei no dia seguinte. O meu corpo estava tão pesado que demorei bastante para sair da cama. Andei até o banheiro e me olhei no espelho e a minha expressão estava horrível, parecia que tinham passado por cima de mim, depois me jogado para o alto e então posto o meu corpo em uma lata de lixo em um lugar abandonado.

Logo que saí do banheiro, um pouco mais relaxado, sentei-me na cama e busquei pelo meu celular. Então liguei para Fabrício e lhe disse que naquela tarde eu não poderia ir para o trabalho. Lhe falei tudo o que havia acontecido e ele então me contou que Rafael conversou com ele e lhe explicou tudo — sendo amigos, eu não me surpreendi que ele tivesse realmente feito isso, no entanto, não é nada que seja ofensivo para mim — e contou-me que Rafael estava muito triste e que precisava conversar comigo. Agradeci então a conversa que tive com Fabrício e também por ele entender os meus motivos de não conseguir ir trabalhar — ao menos naquela tarde.

Ao sair do meu quarto, fui em direção à sala e encontrei Rafael sentado no sofá, olhando fixamente em minha direção. Seu olhar estava tão cansado que me fez sentir pena. Sei que ele não tem culpa, no entanto, o que vi na noite anterior acabou me deixando um pouco chateado e triste.

— Precisamos conversar — Levantou-se, me olhando seriamente — Aquilo que aconteceu ontem não foi porque eu quis — Disse.

— Sei disso — Falei de maneira arrastada e então me encaminhei até o sofá e me sentei e ele fez o mesmo.

— Me desculpa por você ver aquilo — Pediu novamente — Eu não sei o que ela veio fazer em nossa casa ontem à noite, mas eu não tenho nada a ver com isso.

— Eu sei... — Falei, um pouco cansado.

— Ela havia me ligado e me enviado algumas mensagens há algum tempo, mas eu apenas as ignorei e fingi que existiu. Você bem sabe que sou a última pessoa a querer ter contato com ela — Ele estava tão nervoso que por um instante eu quase ri.

Foi engraçado ver ele tentando se explicar e se justificando de não ter nenhuma culpa — e de fato ele não tem nenhum tipo de culpa.

Durante aquele momento me senti um pouco confuso. Parecia que dentro de mim estava havendo uma guerra.

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⏰ Última atualização: Jul 30 ⏰

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