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Cecília's POV

Namjoon ainda estava em cima de mim, mas meu estômago começava a roncar, não havia comido nada o dia inteiro e a última atividade havia despertado meu apetite.

Balanço seu ombro e ele murmura me abraçando mais forte pela cintura, eu rio e o balanço novamente, seus belos olhos se abrem e ele me encara.

— Você já jantou? — pergunto.

Ele se senta passando a mão pelo rosto que agora estava pálido. Havia algo errado? Ele já havia se arrependimento? Inventaria uma desculpa, iria embora e nunca mais me procuraria?

— Droga! Foi para isso que vim aqui — olha para o relógio na parede e suspira.

— Você veio aqui para jantar? — pergunto rindo e me sento vestindo minha blusa.

— Para te chamar pra jantar — me olha. — Tentei falar com você o dia inteiro, mas seu celular estava desligado, eu consegui uma reserva em um restaurante brasileiro para a gente — não consigo evitar me sentir culpada.

— Me desculpa, eu te distraí com meus problemas, podemos ir qualquer outro dia — no momento, eu não estava querendo pensar em nada que me lembrasse o Brasil, mas deixei isso de fora, ele foi tão atencioso em planejar isso.

— Você não me distraiu, é pra isso que... pessoas como nós servem, para estarem lá uma pela a outra — se levanta da cama, descarta o preservativo que ainda estava enrolado em seu pau e veste sua cueca.

— "Pessoas como nós"? — o sigo e visto minha calcinha. — E o que exatamente são "pessoas como nós"?

— Pessoas que se gostam, se pegam eventuamente, mas ainda não estão prontas para por um título na relação — me abraça pela cintura, seus lábios encontram minha testa e eu escondo um sorriso.

— No Brasil nós chamamos isso de ficante — rio cutucando sua cintura com o meu dedo. — Você não está pronto para por um título no que a gente tem?— pergunto erguendo a cabeça para olha-lo. Ele sorri largo, suas covinhas lindas me dizendo "olá".

— Eu estou pronto pra te levar pro altar, mas e você? — coro com a sua resposta e me afasto saindo do quarto, ouço sua risada atrás de mim.

Era rápido demais essa resposta, mas por quê eu sentia veracidade? Julguei minha prima por se casar em um ano com o primeiro namorado e cá estou eu, cogitando dizer sim para um coreano famoso no mundo inteiro que conheço há pouco mais de três meses.

Ele entra na cozinha, vestido com sua camisa e se apoia na bancada à minha frente enquanto me observa.

Tiro do freezer uma lasanha congelada e levo ao forno para cozinha-la, me apoio do outro lado da bancada devolvendo seu olhar observador.

— Ouvi algumas músicas de vocês — digo para quebrar o silêncio que começava a incomodar.

Namjoon sorri indireitando a postura e cruza os braços sobre o peito.

— Ah é? E o que achou?

— São boas, e eu não digo isso porque você tá parado na minha frente, eu não sei mentir em relação à arte das pessoas, já perdi relacionamentos e amizades por isso — ele ri negando com a cabeça.

— Okay, vou acreditar em você.

— Estou particulamente viciada naquela Dis-ease, muito bem composta, produzida — ergo meus polegares para ele sorrindo.

— Fico feliz em ouvir isso, eu fui um dos compositores — ele sorri e alcança seus olhos.

— Ah! tá brincando — fico boquiaberta. — Bom rapper, bom artista, boa pessoa, bom de olhar, bom de cama e agora bom compositor?! — listo em meus dedos. — Eu não quero saber se você tem um defeito.

LOVEHAPPY - KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora