CHAPTER ELEVEN ' RAIVA

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Yeji enviava para Ryujin todas as atividades que faziam na escola, pra que ela pudesse estudar de casa, mas a Shin sequer conseguia se concentrar em estudar. Tudo o que tinha na cabeça era o que poderia fazer para explicar a situação à Chaeryeong.

Já tinha se passado uma semana. Por mais que enviasse mensagens, Chaeryeong sempre visualizava, mas nunca respondia. Então Ryujin ia todos os dias na casa da Lee e a levava pequenos mimos – a maioria era comida.

Chaeryeong estava de mente fechada para a situação. Como iria saber se Ryujin realmente gostava ou não dela, se não conseguia identificar muito bem as intenções dos outros? Logo, toda essa situação lhe era angustiante, então quebrar o contato com Ryujin parecia a melhor opção.

— Não... n-não escreva nada ruim demais – Chaeryeong alertou à Chaemin, que fez cara de tédio e começou a apagar a mensagem que estava escrevendo

— Ai, eu quero matar aquela garota! – jogou o celular da irmã sobre a cama

— Matar? Eu acho... a-acho que m-matar ela não... n-não é necessário

— Ah, mas é sim! Esganar ela de todo jeito!

Chaeryeong via a forma como sua irmã neurotípica se sentia sobre Ryujin, então começou a considerar que deveria sentir raiva da Shin também, pelo menos um pouco. O problema era: ela não sabia como.

Como odiar alguém que eu gostava muito? pesquisou na internet.

Começou também a assistir cenas de dramas em que o casal sente raiva um do outro. Analisou as expressões corporais e faciais, o tom da voz, e também reparou em como até choravam de raiva.

[...]

— Chaeryeong! – Woojin apareceu sozinho na biblioteca – Tá sozinha aqui? – olhou ao redor e Chaeryeong acentiu minimamente – Pelo visto não tem mais a Ryujin pra te proteger, hm? – riu nasalmente

— A Chaeryeong sabe... a-a Chaeryeong s-sabe se proteger so... sozi-

A-A Chaeryeong sabe, a C-Chaeryeong sabe – debochou da garota, dando um peteleco em sua orelha

Só de ver o garoto, Chaeryeong já se sentia ansiosa, nervosa, agitada e sentia vontade de acabar com a vida dele –  foi quando percebeu que estava sentindo raiva.

— Você é bem lerdinha, na verdade. Nunca conseguiria se defender sozinha, rata – riu

— Eu sei... s-sei sim! – chutou com força a canela de Woojin, que ficou perplexo – Oh! – exclamou e começou a bater leves palmas, estava orgulhosa do que acabou de fazer – Obrigada, Woojin! – fez uma leve reverência e saiu de lá

Agora eu sei o que é sentir raiva! balançou os braços de felicidade com esse pensamento. Não que nunca tivesse sentido raiva em sua vida, mas agora teria a identificado.

— Yeji! Eu chutei... c-chutei o Woojin! – parou em frente à garota sentada na arquibancada

— Você o quê? – cobriu a boca com as mãos, enquanto ria surpresa – Uau, Chaeryeong, você é demais! – fez dois joinhas pra garota, enquanto ainda ria, vendo Chaeryeong sorrir orgulhosa – Eu esqueci completamente de que você fica sozinha na biblioteca, me desculpa – juntou as palmas – Apartir de hoje, vou passar os intervalos lá com você, tudo bem?

— Hm – acentiu – Mas não... n-não precisa, agora eu já sei... s-sei me defender – disse e a Hwang sorriu, admirando a inocência da ruiva, então logo teve uma ideia

— Chae, o que você faz depois da escola?

— Eu vou... v-vou pra casa, faço dever... d-dever de casa, d-desenho e assisto... a-assisto TV

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