24 | Significado

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— Pare de se mexer, você pode não ser pesada mas também não é uma pena. — Kunikuzushi resmungou enquanto firmava o aperto em torno das coxas de Yuen para que não caísse. — Foi mal… — [Nome] praticamente sussurrou as palavras, talvez essa situação que se encontrava não fosse tão ruim, acabou dando sorte que Scaramouche não podia visualizar seu rosto, já que estava agarrada ao seu pescoço dele com os braços.

Escondendo o rosto contra os ombros dele, [Nome] estaria mentindo se dissesse que não estava gostando daquela atenção e cuidado repentino. Aquela era a terceira ou quarta vez que ela se segurava para perguntar o motivo dele fazer aquilo. Scaramouche não era alguém que faria uma ação daquelas com qualquer pessoa, então isso a fazia se questionar sobre o que era considerada para ele, já que ele nem ao menos a chamava pelo seu nome.

Antes de subir em suas costas e ser carregada até a estação, quando ele fez a ação, Yuen pode estar errada, mas teve quase certeza que ele estava envergonhado. No entanto, logo que começaram a caminhar ele voltou a agir normalmente como de costume. E ela não conseguia realmente entender ele por causa disso, ele ainda tinha lados inexplorados que ela não quebrou a barreira para que pudesse conhecer totalmente.

Deixando se perder no contato, [Nome] estava feliz - mesmo que seu pé estivesse doendo.

Demorando um pouco mais para que chegassem na estação, pelo horário não estaria tão cheio, o que por si só já era o suficiente. No instante que [Nome] desceu e sentou no banco do vagão, Scaramouche finalmente pode ter mais liberdade em sua coluna. — Tudo bem? — Yuen questiona ao observá-lo sentar. — Sim, nada com que precise se preocupar. — Ele concluiu e ficou quieto, olhando para o lado de fora da janela conforme o trem começou a andar.

— Ei, Scaramouche. — [Nome] o chama, quebrando o silêncio. — O que somos exatamente? — Tomando finalmente coragem para perguntar, amigos, colegas de classe ou até mesmo nada, poderiam vir como uma opção. Em contrapartida, Kunikuzushi acabou congelando no lugar, ele poderia muito bem falar que eram amigos. Entretanto, a ideia da palavra amigo não parecia agradar seus ouvidos, talvez fosse por isso que não conseguia dizer nada.

— Não quero ser seu amigo...

Involuntariamente Scaramouche murmurou sem querer, e ao perceber que repetiu aquilo em voz alta rapidamente se virou para ela. Arregalando os olhos com o que viu, aquela era uma expressão que ele não conseguia distinguir o que [Nome] estava pensando, definitivamente não gostou do que viu. — N-Não! Não foi isso que eu quis dizer! — Ele tentou se corrigir, desviando o olhar rapidamente para o chão.

— Somos amigos… — Ele sussurrou tão baixo que ela quase não ouviu. — Então, por que não me chama pelo meu nome? — Aí estava o ponto que ela queria chegar. Não deveria ser tão constrangedor assim chamá-la pelo seu nome, visto que ela o chama pelo seu, então ela não entendia o motivo disso. — Quero que me chame pelo meu nome também. — [Nome] admitiu e desviou o olhar para a paisagem do lado de fora das janelas.

Pensando por alguns instantes, não havia muita coisa que Scaramouche podia falar sobre isso. Reprimindo o que estava sentindo, um aceno positivo foi o que conseguiu dar como uma resposta.

No instante em que a porta foi aberta, Ganyu se surpreendeu com o estado das duas figuras ali em pé. — Eu vou pegar duas toalhas, esperem só um segundo! — Disse enquanto se virava para sair praticamente correndo e voltar alguns segundos depois com duas toalhas grandes. Deixando que [Nome] e Kunikuzushi entrassem na casa agora quase secos, a única coisa molhada neles eram as roupas.

— O banheiro daqui de baixo tá ruim né? Vou tomar banho lá no de cima primeiro e depois ele toma. — Yuen afirma, e antes que possa tentar andar Scaramouche intervém. — Não precisa! A chuva diminuiu, somente a toalha basta. — Quase que desesperado para ir embora dali, Ganyu apenas balança a cabeça e cruza os braços. — Sinto muito, mas não posso deixar você ir embora assim.

Firme e forte na sua decisão, tudo que Kunikuzushi pôde fazer foi aceitar e ver [Nome] dizendo que quando batia o espírito de irmã mais velha nela, não existia nada que a fizesse  parar, tinha que só aceitar. — Você está mancando? O que aconteceu? — Ao reparar que sua irmã estava assim, seus olhos logo acharam a ferida na perna e rapidamente ajudou [Nome] a subir as escadas, onde fez inúmeras perguntas que foram respondidas tendo omissões por algumas partes.

Agora, esperando no corredor do lado de fora do quarto de [Nome], Mouche se questionava se conseguiria fugir sem ser notado daquela casa, era melhor uma gripe do que interagir com pessoas, sua bateria social já estava esgotada. — Eu acho que já acabei. — A voz abafada de [Nome] se fez presente, interpretando que ele podia entrar no quarto, bastou passar pela porta e manter seu foco nela que a porta do banheiro que se abriu.

Isso estava certo? [Nome] já não deveria estar do lado de fora do banheiro?

Como um filme em câmera lenta, assim que a porta foi aberta e o vapor quente saiu, a primeira solução que achou foi fechar os olhos fortemente para não ver nada. — Você… o que foi? Por que fechou os olhos? — Com uma toalha na cabeça, [Nome] o olha confusa antes de ligar os pontos em sequência. — Ah! Não me diga que você- — Encarando-o por breves segundos, sua risada ecoa pelo quarto.

— Não ria, não tem graça! — Abrindo finalmente os olhos, um rubor rosado se espalha pelas maçãs do rosto enquanto ele tenta esconder com uma carranca falsa. Sorrindo com sua reação, [Nome] reúne coragem e caminha na direção dele para segurar seu rosto e depositar um rápido selar em sua bochecha. — Não agradeci por hoje, então… muito obrigada, por tudo. — Dando um sorriso sincero, Yuen nem se preocupa em esperar por uma resposta e sai rapidamente do cômodo.

Ficando estático no lugar, ele rapidamente leva a mão até o local onde foi beijado.

“Somos amigos…”

Não. Se ele realmente fosse um amigo, não sentiria essas coisas. E mesmo se fosse considerado, agora ele tinha certeza, ele não queria ser considerado apenas um amigo. De fato, Scaramouche não era mais o mesmo, Balladeer amoleceu, sua versão do passado claramente iria rir do seu eu futuro. Amor, interesse, o que quer que fosse, agora não dava mais para voltar.

Aquele sentimento açucarado e cheio de purpurina com diversos altos e baixos, como uma montanha-russa, já havia o pego e afogado completamente e [Nome] era totalmente culpada por isso.

Sweet Love | Imagine ScaramoucheOnde histórias criam vida. Descubra agora