Deixe-me ir

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Acordei em um quarto totalmente escuro e com uma dor de cabeça muito forte, levantei procurando algo que pudesse iluminar aquele ambiente, provavelmente uma luz, e... Sem sucesso. Consegui ouvir risos exagerados distantes, eram elas, deduzi.

A porta se abriu e com ela veio uma claridade infernal, um tal de Tony acendeu a luz (a qual eu não tinha achado ali perto da porta porquê estava totalmente escuro) e logo me avistou sentada na cama com uma cara de ódio.

- Seu cabelo está horrível. - Ele disse.

- Ah obrigada, mas você trabalha em algum salão de beleza ou algo do tipo? Bem que eu percebi seu jeito meio afeminado. - Falei com raiva.

- Se você quiser eu posso te mostrar o afeminado. - Ele disse sendo safado. Idiota.

- Cara, o que vocês querem comigo? Me deixem ir.

- Ah isso é com a chefe, e não sei se ela vai deixar você ir embora tão cedo, até porquê... Você sabe demais.

- Eu estou pouco me fodendo para a ganguezinha de vocês, se eu sei quem faz parte ou não, eu só quero ir embora. - O garoto me olhou e apenas riu, o que me irritou totalmente, aproveitei que a porta estava aberta e saí batendo os pés, o ignorando totalmente e enquanto andava por aquele corredor enorme pude perceber que estava em um luxuoso apartamento.

"As filhas da puta são ricas", pensei comigo. Ao fim do corredor, eu me vi numa sala de estar enorme, onde havia duas delas conversando sentadas no sofá.- Eu quero ir embora. - Entrei sem pensar muito, parando na frente da televisão que elas estavam assistindo impedindo elas de olharem.

Avistei um troféu onde havia um bonequinho segurando uma bola de basquete e joguei-o no chão com força, como aquelas crianças cujo seus desejos não são concedidos.

A garota dos olhos castanhos escuros se levantou rapidamente como se fosse me matar.

- Sua vadia. Você é louca? - A outra garota a segurava para eu não levar uns tapas na cara. - Você quebrou o nosso troféu, esse troféu nós ganhamos no campeonato do ano passado contra os maiores times de basquete acadêmicos de Los Angeles. Você sabe o quanto nosso time lutou para conseguir isso? - Eu aprendi algo, nunca quebre troféus, você vai ouvir coisas desinteressantes e ainda vai ter chance de levar uns tapas na cara.

- Esse troféu aqui? Importante? Olha o jeito que ele se despedaçou ao cair no chão, pelo amor de Deus. Garanto que até as medalhinhas de honra ao mérito são melhores, no próximo campeonato me volte com algo menos vagabundo. Obrigada. - Podia ver a raiva nos olhos da garota, o troféu realmente era importante, eu percebi isso quando ela se desfez da garota e me deu um tapa estalado no rosto, fazendo meu rosto quase dar uma volta 360° perfeita.

Logo, ela me jogou com força no sofá, senti meu corpo ficar meio dolorido. Por mais que o sofá fosse confortável, fui jogada com tamanha brutalidade. Fui dominada pelo medo, eu não tinha nem para quem pedir ajuda. Maldita hora que eu fui sair de casa.

- Você tem que saber quem manda, e quem obedece. - Ela disse friamente, apontando o dedo em minha cara, enquanto eu continuava jogada no sofá do mesmo jeito que ela me deixou. - Pelos visto, você não está sabendo do que somos capazes, está nos vendo como uma ganguezinha iniciante, porque se não, você não estaria tão afiada desse jeito... Não concordam comigo? Tony? Carol? - Tony e Carol apenas concordam com a cabeça, como se eles estivessem mais ou menos recrimininando a tal atitude da garota dos cabelos loiros.

- Pega leve Yelena, é só uma garota! E não alguém da facção inimiga. - Disse Tony. Ele era bonitinho até.

- Voltem para a Rússia. - Tive coragem de falar. - Vocês pagam de fodonas, mas na real são um bando de putas. - Agora eu havia brincado com fogo. Eu morreria.

Possessive ࿐ WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora