- Me enganei, desculpa. - Ela disse isso com um tom seco em sua voz, como se ela não tivesse gostado nem um pouco do fato de eu ter mentido para ela e ela não havia. Mas, ela não podia simplesmente me atacar ali.
- Parece até que vocês já se conheciam. - Me faltou ar ao ouvir uma das amiguinhas plastificadas de Peggy falar.
- Eu concordo com a Morgan. - Peggy disse, olhando para mim e Natasha desconfiada.
- Nunca vi essa garota na minha vida. - Natasha mentiu. - Graças a Deus. - Ela disse e Peggy riu.
- Théo? - Virei para trás o procurando. Théo era um dos meus melhores amigos dentro daquela escola.
Ele sentava bem ao fundo da sala, geralmente nerds sentam na frente para acompanhar a explicação do professor melhor, mas ele era diferente.
O procurei por motivos de, na sala havia cinco fileiras de carteiras e na frente dessas fileiras, óbvio, ficava a mesa do professor, no caso onde Natasha estava, eu estava na segunda carteira da terceira fileira e ficava muito à frente da mesa do professor, mas agora, Natasha estava ali e aquilo não estava me agradando nem um pouco.
Então procurei Théo para ver se eu podia sentar perto dele, até porque ele sentava na última carteira da última fileira, longe o suficiente de certas pessoas.
Peggy sentava na primeira fileira, na primeira carteira, usando uma saia e podia ver ela abrindo as pernas "sem querer" para chamar atenção de Natasha. Puta.
- Fala, Wanda, estou aqui. - Ele disse levantando o braço.
- Tem lugar aí perto de você? - Perguntei. E ele olhou em sua volta.
- Tem um vazio aqui. Bem do meu ladinho, gata. - Eu ri, e me levantei pegando minhas coisas e indo sentar ao seu lado. A sala estava uma bagunça, nem parecia que esse animais iriam se formar. Quando empurrei minha cadeira para baixo da carteira, fui impedida de prosseguir.
- Eu dei premissão? - Ouvi a voz de Natasha.
- Nossa, que moral hein, chegou hoje e já pode dar "premissões". - Fiz aspas com os dedos e ironizei a situação.
- Bom, eu posso sim! Estou no lugar do professor e acho melhor você ficar no seu lugar. - Ela disse com um tom desafiador.
- Garanto que o Sr. Thompson não se incomodaria se eu fosse sentar com o Théo. - Na verdade ele se incomodaria sim.
- Eu também não me incomodo nem um pouco. - Ela disse. - Mas... Continue em seu lugar. - Dei um sorriso irônico e continuei indo em direção a outra carteira, mancando.
♡࿐
Felizmente, os outros períodos eram sem Natasha e passaram rápido. Bateu o sinal e fui guardar meus livros no armário, depois fui ao banheiro para me olhar no espelho, o que não foi uma boa ideia, pois eu estava em condições precárias.
Fiquei conversando um pouco com Théo e Luca, papo vai, papo vem, até percebemos que a escola estava praticamente vazia. Quase todos os alunos já haviam ido embora.
- Nossa, só está a gente aqui pelo o que eu estou vendo. - Théo disse.
- É, então vamos antes que eles fechem a escola. - Luca disse.
- Verdade, se não depois eles só abrem para quem estuda a noite. E eu não quero esperar aqui dentro. - Ri e me despedi deles, os dois foram para o lado da saída e eu fui para o estacionamento da escola, onde estava o carro que eu havia ganhado de meu pai em meu aniversário de 16 anos.
Abri a porta do carro, mas em um movimento rápido alguém fechou de volta. Segui com os olhos aquela mão tatuada, e merda.
Natasha me virou, fazendo eu ficar encostada no carro e de frente para ela, revirei os olhos. Eu fiquei entre seus dois braços que estavam um pouco acima de meus ombros.
- Vai dirigir com o tornozelo machucado? - Ela perguntou com um típico ar de deboche, mas meu tornozelo não doía mais que nem antes, eu já podia firmar meu pé.
- O que você quer? - Perguntei sem nenhuma paciência.
- Da última vez que você perguntou isso, você foi parar na minha cama. Lembra? - Ela disse e mordeu os lábios. A ignorei. - Mas o assunto é outro agora, você sabe do que se trata.
- Não, não sei. Tchau. - Falei tentando me virar e entrar no carro, mas eu estava encurralada.
- Eu odeio que mintam para mim, Wanda. - Ela deu ênfase ao meu nome. - E você mentiu. Ninguém me passa para trás, mini vadia.
- Sempre tem uma primeira vez. - Fui curta.
- No seu caso vai ser só primeira vez mesmo, porquê hoje eu não me importaria de enterrar você... Viva. - Estremeci. Natasha falava de um jeito que eu não sabia se ela estava brincando ou falando a verdade, mas mesmo assim, eu acho que não era brincadeira.
- Você não é louca o suficiente para fazer isso.
- Tem certeza?
- Caralho, tanto faz se meu nome é Rachel ou Wanda, garota. Você sempre tem que se achar a fodona e complicar as coisas, que porra.
- Eu sou a fodona, e para mim também tanto faz, o problema é que você mentiu. Ah, e não esquecendo que você me desobedeceu hoje, lembra? Odeio que desrespeitem minhas ordens.
- Você odeia tudo, Romanoff. Já percebeu? Você é feita de ódio. - Natasha hesitou um pouco quando eu falei aquilo, mas logo ela voltou a sua postura normal.
- Você me leva muito na brincadeira, toma cuidado... Vadiazinha.- Ela disse, colocou seus óculos escuros inseparáveis e saiu.
Meu coração parecia que ia sair pela boca. Pude ver Romanoff entrar em um carro e arrancar, eu fiz o mesmo. A única diferença era que eu dirigia em uma velocidade permitida.
♡࿐
Cheguei em casa e eu precisava contar tudo para Kate, quero dizer, não tudo. Só a parte que sua gangster favorita (eca) havia arrumado um "emprego" na escola, e aquilo ainda não me descia, tinha algo nisso.
Comi, tomei um banho demorado e depois liguei para ela.
- Nem sabe. - Falei assim que ela atendeu.
- Não sei mesmo.
- Fala direito ou fica sem saber...
- Fico sem saber.
- Ok, era sobre aquela tal de... Como é mesmo?... Natália... Não pera, Natasha... Natasha Romanoff.
- O QUE ACONTECEU? ME CONTA AGORA, VADIA. - Ela gritou e eu não pude deixar de cair na gargalhada.
- Você não quer saber, deixa.
- Wanda Maximoff, ME CONTA A-G-O-R-A.
- Ela está trabalhando na escola. - Falei indiferente.
- O QUE? - Contei tudo sobre o suposto emprego de Natasha na escola, ela quase caiu dura e depois logo mudamos de assunto, ela disse que no dia seguinte iria a escola e não me deixaria sozinha e blá blá blá. Desliguei o telefone e fui comer novamente.
Meu pai me ligou dizendo que iria voltar mais tarde aquela noite, como sempre, e Ágnes estava viajando, estava na casa de uns supostos parentes dela, mas para mim ela estava pulando a cerca. Espero que um dia meu pai acorde e veja que ela não é o tipo de mulher para ele.
Aproveitei minha solidão e fui para o pátio de casa, sentando nos degraus da pequena escadinha que dava em direção a porta da mesma. Fiquei ali perdida em meus pensamentos, pensando em todas as merdas que haviam acontecido para um dia só.
Lembrei-me de mim caindo das escadas e comecei a rir do meu próprio desastre, até eu pensar em Natasha e meu sorriso cessar.
- Wanda... - Ouvi alguém chamar meu nome no portão, eu estava de frente para ela, mas com a cabeça baixa.
- Ah... Você... - Falei levantando minha cabeça e ficando descontente ao vê-la.
- Posso falar com você?
- Se o portão estiver aberto, sim. - E para a minha má sorte, ele estava, eu havia esquecido de fechar...
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Possessive ࿐ Wantasha
أدب الهواة"Você é minha, querendo ou não, porquê eu simplesmente anseio que seja assim. Você não tem escolha." - Natasha Romanoff. Todos os créditos e reconhecimentos são direcionados à @hamznxx. Esta história é uma readaptação inspirada na sua adaptação.