Cadê ela?

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Entrei naquela porcaria de casa quase derrubando tudo, como é que eu pude deixar me envolver com aquela garota? Me diz. Eu fui uma idiota e agora seria uma marionete. Por que essas porras só acontecem comigo? Por que ela é assim? Meu Deus.

Fui para o banho e aquele foi considerado o banho mais demorado da minha vida, um banho perdido em pensamentos e em tentativas de tirar seu perfume de meu corpo, e parecia impossível, seu cheiro havia grudado em mim. Eu a odeio, simplesmente a odeio.

O máximo que tinha que acontecer, era ser só uma noite com ela para salvar minha "amiga". O que eu me arrependo totalmente. Deveria ter deixado Diana morrer, se eu não tivesse me metido nesses troços babacas de gangues eu não estaria nessa situação, sendo de alguém que não é meu, e eu conhecia Natasha, se eu relutasse, ela me mataria apenas.

Droga, porra, merda.

Por que ela foi aparecer novamente? Por que ela teve que ir trabalhar logo naquela escola?

Por que Victor tinha que estudar naquela escola? Até porque, se ele não tivesse roubado Natasha a mando de Diana, Natasha não precisaria seguir seus rastros.

Ok, mas vamos a verdade: Natasha era dona de uma beleza intensa, tem que ser muito forte para poder resistir à ela, então por que eu resistiria?

Sou uma fraca, todos sabem disso.

Eu não sei se tinha algo mais do que atração fisica, e se tivesse, eu queria descartar isso. Todos sabem que Natasha Romanoff não vale nem o que come, que ela quebra o coração das garotinhas e até rindo, então por que eu aceitaria ser dela?

Eu estava disposta a lutar contra isso, mesmo sabendo que isso valeria minha morte, mas acontece que eu não ia ver Natasha fodendo até o poste e ficar aplaudindo. Para em seguida, parar em sua cama, porque ela simplesmente resolveu que eu pertencia à ela.

Mas algo me intrigava, por que eu? Logo eu? Eu estava disposta a descobrir isto.

No dia seguinte, cheguei na escola com uma cara terrivel, mas logo melhorei ao ver Théo vindo em minha direção

- E ai, Wan, tudo suave? - Ele perguntou e eu ri.

- Esse jeito de cumprimentar não combina nada com você. - Falei e ri mais uma vez.

- É que garotos descolados falam assim, eu acho, e eles conquistam as garotas mais fácil.

- Você não precisa disso, Théo. - Falei pegando alguns livros no armário e ri. - Você é um garoto inteligente. - Falei ao lembrar de Natasha que era linda, maravilhosa e uma porta. Mas na verdade, eu não queria nem lembrar dela.

- Mas as garotas não ligam mais para isso. - Ele disse apontando para sua cabeça. - E sim, para isso. - Dessa vez ele apontou para o meio das pernas e foi impossível não rir.

Théo estava sendo um amigão nesses últimos anos que estudamos juntos, sem contar, que ele sabia fazer meu bom humor voltar. Todos naquela escola achavam estranho eu falar com ele, pois tinha uma imagem minha como mais uma garota bonitinha que ama jogadores de futebol americano, sendo que eu estava nem ai para eles naquela escola, passava reto como se eles fossem irrelevantes, e eles eram.

Já Peggy, bom, preciso nem dizer.

Já dormiu com metade do time e antigamente era capita das cheerleaders, mas ela não fazia nada e as outras cheerleaders votaram para que ela saísse, lembro-me que eu ri tanto naquele dia.

Foi no final do ano passado, quando elas se deram conta que nunca haviam ganhado nenhum campeonato com Peggy, e que ela só sabia dar em cima dos jogadores.

- Nossa, Théo! Assim você me ofende. - Disse de brincadeira.

- Com exceção de você. - Ele disse meio sem graça. - Espero não ter feito merda.

Para as outras garotas, Théo não tinha o padrão de beleza almejado, mas se ele não fosse meu amigo, eu o pegava apenas porquê ele é muito fofo.

- Claro que não, seu idiota. Eu estava brincando. - Dei um soco de leve em seu ombro, ele riu e passou um de seus braços em volta de mim e nós fomos falando besteiras pelo caminho até a sala.

Nisso, Kate passou com Jane e evitou me olhar, já Jane, veio toda feliz cumprimentado eu e Théo. Logo, as duas saíram e aquilo me doeu completamente.

- Apesar de não saber o motivo de vocês não se falarem mais, eu sei que ela vai se arrepender. - Théo tentou me consolar quando viu minha expressão mudar. - Uma amizade verdadeira não pode ser substituida. - Não consegui dizer nada, apenas o olhei e dei um sorriso.

Quando dobramos o corredor, Théo deu de cara com Romanoff, ainda com braço em volta de mim.

- Desculpa aí. - Théo disse naturalmente, ele realmente não sabia com que estava lidando. Natasha apenas o olhou com aquela cara de repreensão e não disse nada.

Logo lembrei-me do dia anterior e tirei os braços de Théo sobre mim, pois eu não me perdoaria se Natasha desse a louca e fizesse algo com ele.

Théo ficou sem entender.

- Aconteceu algo? - Ele perguntou estranhando.

- Nada, é só que... Bateu o sinal e nós precisamos ir. - O puxei e saímos correndo.

As horas passavam se arrastando e eu precisava da hora do intervalo para falar com Natasha, aquele lance de ontem estava me correndo por ontem estava me corroendo por dentro, eu precisava tirar isso a limpo e tentar dizer à ela que não era assim que as coisas funcionavam... E depois, levar um tiro, claro.

E finalmente, a droga do intervalo chegou.

Saí andando rapidamente pelos corredores da escola, atropelando geral e me metendo nas multidões, tentando encontrar aquela idiota, procurei por tudo, até na sala que ela costumava ficar, e nada.

Minhas pernas já estavam doendo de tanto caminhar por aquela escola enorme, fui obrigada a parar para poder respirar um pouco.

- E aí, Wan... Vai ter uma festa lá em casa, se você quiser ir. - Steve, um dos garotos mais cobiçados daquela escola passou por mim me entregando um convite. - Lá vai ter meu quarto também, se quiser dar uma visitinha... - Ele riu junto com alguns garotos que vinham atrás e saiu.

Peguei o tal convite e atirei em um canto. Fiquei parada ali mais um pouco, até que por intuito resolvi ir até o sexto andar da escola. Peguei o elevador, sendo usado apenas para emergência, mas isso era uma emergência.

Cheguei no andar e comecei a ouvir a voz de Romanoff, talvez ela estivesse resolvendo algumas paradas pelo telefone, ou ameaçando Victor mais uma vez, por isso se afastou do resto da escola.

Comecei a me aproximar, e todas aquelas minhas ideias morreram a ouvir outra voz feminina... Meu sangue ferveu.

Fui devagar até uma sala de número 603 que se encontrava com a porta semi aberta, e então, comecei a ouvir gemidos... Elas não se prestaram nem para fechar totalmente a porta.

Eu não precisava estar vendo aquilo...

Possessive ࿐ WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora