XXI

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N/a: Bora que eu to inspirada! Boa leitura e escutem a musica solicitada.
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Estacionada em frente a casa onde morava com meus pais, Camila permanecia observando meu estado em caretas preocupadas, e eu seguia com a cabeça encostada no banco passageiro, tentando controlar o enjôo e a dor de cabeça.

Droga.

— Você nunca mais vai beber na vida. — Pontuou divertida e ao mesmo tempo preocupada — Você não pode entrar desse jeito, Laur, seus olhos estão muito vermelhos e sua cara de quem tomou um 'porre é nitida.

Fitei rosto bronzeado, ajeitando-me no estofado de couro.

— Eu não estou ruim. — Pontuei sincera — Só quero muito dormir e vomitar — Esfreguei o rosto com ambas as mãos repetidas vezes. 

— A questão não é essa, Sully. Você pode não estar bêbada de cair, mas é perceptível que sóbria também não está. — Vestiu o cinto de segurança novamente — Diga para seus pais que iremos terminar um trabalho qualquer em casa, é uma hora ainda, até as cinco você estará bem. — Arrancou com a Land Rover branca.

— E se minhas amigas aparecerem me procurando? Quando eu e você sumimos combinamos de dizer que você me levou embora porque minha mãe descobriu tudo. — Fiz careta, sentindo o estômago revirar e minha visão pesar cada vez mais.

Se Clara Jauregui descobrir serei uma garota morta.

Acho que nãos teriam coragem por imaginar que Clara está uma fera. — Deu de ombros, trocando a marcha do automóvel. — Vai dar tudo certo.

Com certeza vai — Lê-se com extrema ironia.

Com aquela suposição em mente, torcemos para que ela saísse de mera especulação e virasse realidade horas mais tarde. A surpresa de tudo foi chegar em Jesmond e perceber que Camila havia parado em uma casa diferente da qual vivia com os avós. A propriedade em si era um pouco maior e mais moderna, enquanto a outra tinha arquiteturas antigas e elegantes, ambas eram exuberantes, óbvio, o que as diferenciavam era a personalidade. 

— Seus avós se mudaram? — Questionei ao sairmos do carro luxuoso.

— Essa é a casa dos me- — Pausou — É a casa da minha mãe. — Com ambas as mochilas em mãos, caminhamos até a entrada da propriedade qual a jogadora de vôlei digitou a senha para que a porta fosse destrancada.

Chique.

Engolindo pensamentos que faziam-me rir — a aquela altura do campeonato tudo faria — Limitei-me em não questionar se ela havia voltado a falar com os pais, era nítido que o assunto perseverava em feridas abertas e mesmo bêbada, ainda tinha bom senso e empatia.

— Sofia? — Falou alto e em menos de cinco segundos uma pré-adolescente idêntica a si apareceu, com a excessão de ser menos bronzeada.

Uma mini Camila, literalmente.

— Oi, Mila. — Fitou nós duas com desconfiança — Você sabe que a mamãe não vai gostar de te ver trazendo seus 'rolos para cá, né?

Arregalei os olhos, corando arduamente.

— Céus, ela é uma amiga. — Frisou — Ajude Lauren a subir para o meu quarto, ok? Vou preparar o almoço.

Você vai cozinhar? — Esboçou caretas surpresas — Já podemos esperar o temporal...?

A capitã bufou e ignorou a irmã mais nova, sumindo em direção a outros cômodos da casa que fugissem do hall de entrada. Sofia Cabello me acompanhou na subida para o andar superior, e percebi que estava realmente ruim quando tropecei em alguns degraus, agarrando no corri-mão com intuito de não rolar escadaria abaixo e fazer da casa dos Cabello's uma cena de crime.

Camila - Camren (Alternative Version) Onde histórias criam vida. Descubra agora