Capítulo 29

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Mai envolveu Any em um abraço caloroso, segurando-a com ternura enquanto as lágrimas continuavam a escorrer pelo rosto de sua amiga. Ela acariciou suavemente as costas de Any, transmitindo conforto e apoio silencioso.

Any: Não acredito que o Poncho saiu dizendo todas essas coisas sobre mim.

Mai prendeu o riso.

Any: Por que está rindo de mim?

Mai: Amiga, desculpa, mas é engraçado...

Any: Ele sair por aí falando que tenho piolhos e furúnculos não tem graça.

Mai: Claro que tem! Poncho sempre foi criativo, mas agora ele se superou legal - não conseguindo mais conter o riso.

Enquanto se desmanchava em lágrimas, Any nem percebeu Poncho chegar na clínica.

Poncho: Meu amor, por que está chorando? O que aconteceu?

Any: Não venha com essa de "meu amor" - soluçando.

Poncho olhou para Mai, tentando entender o que estava acontecendo.

Poncho: O que eu fiz? Por que está chorando?

Any: Porque descobri que meu marido saiu por aí falando de mim, inventando mentiras.

Poncho: Ham? - ainda sem entender.

Any nem conseguiu falar devido ao choro intenso.

Mai: Rodrigo veio aqui, se declarar novamente - revirando os olhos - e disse que não se importava com os problemas dela, que iria ajudá-la com os furúnculos e os piolhos. Ele acabou falando para ela que você quem disse que ela tinha esses problemas, por isso se separaram.

Naquele momento, Poncho bem tentou, mas não conseguiu conter a gargalhada.

Any: Poncho, você acha isso engraçado?

Poncho: Amor, desculpa - gargalhando.

Any: Palhaço, não sei qual é a graça.

Poncho: Aquele cara é um babaca.

Mai soltou uma gargalhada escandalosa.

Poncho: Fiz e faria de novo, sabe por quê? Porque senti ciúmes de você com ele. A ideia de outro homem tê-la nos braços me incomoda. Morro de ciúmes de você e não suporto a ideia de estar com alguém que não seja eu!

Mai: Dá um descontinho pra ele, Any. Não se esqueça de que você também fez algo parecido.

Poncho: Como? - sem entender.

Mai: Ops! Falei demais - sem graça. - Eu acho melhor eu ir, né? Já deu o meu horário.

Poncho: Do que a Mai estava falando?

Any: Bom, eu... Ela - gaguejando.

Poncho encarou Any, esperando uma resposta.

Any: Ok, ok, eu confesso! Naquela festa em que nos vimos, encontrei a mulher com quem você estava no banheiro e acabei meio que dizendo umas coisas para ela.

Poncho: Que tipo de coisas? - arqueando as sobrancelhas.

Any: Nada demais.

Poncho: Anahi! Que tipo de coisas?

Any: Eu falei para ela que você não toma banho, que é porco!

Sem graça, Any abaixou a cabeça criando coragem para falar o resto

Any: E que você era ruim de cama, era pequeno e não durava muito...que eu te chamava de miojo - sussurrando

Poncho: Oque? Não ouvi

Any: Falei pra ela que além de você ser fedido e não tomar banho, você era ruim de cama, que seu pau é muito pequeno, não fazia nem cossegas, que eu te chamava de miojo que eu nem consegui chegar lá!

Poncho: Você não fez isso?

Any: Eu sei que foi uma atitude imatura e muito ridícula

Poncho ficou chocado com as palavras de Any

Any: Fiquei com muito ciúmes de você, não queria ver você com ninguém, por ainda te amar 

Poncho ficou encarando Any por alguns instantes, sua expressão era indecifrável.

Poncho segurou Any pela mão e saiu puxando.

Any: Onde estava me levando?

Poncho: Vamos resolver isso agora.

Any: Hã?

Poncho: Vou te mostrar como ele é "pequeno", você já se cansou de ver né, mas vou te mostrar. Vamos ver quem é que vai pedir arrego hoje, só vamos sair do quarto quando estiver com as pernas bambas!

Poncho envolveu Any em seus braços e a beijou apaixonadamente, selando o momento com um gesto de amor e reconciliação.

Poncho: Agora vamos para casa. Você vai aprender a nunca mais falar essas coisas.

Any: O que vai fazer?

Poncho: Vou te castigar.

Any arregalou os olhos, surpresa com a resposta de Poncho.

Any: Castigar? Como assim?

Poncho sorriu, com um brilho travesso nos olhos.

Poncho: Vai ser a lição mais importante da sua vida, meu amor

Poncho e Any seguiram para casa em meio a risadas e brincadeiras, deixando para trás os mal-entendidos e as confusões do dia. Em meio à cumplicidade renovada e ao amor que transbordava em seus corações, Poncho e Any entregaram-se um ao outro de forma intensa e apaixonada, celebrando a reconciliação e o fortalecimento do vínculo entre eles. Cada toque, cada beijo, cada olhar refletia a profundidade do amor que compartilhavam, selando o momento com promessas de um futuro ainda mais brilhante juntos. E naquele dia, em seus braços, encontraram a plenitude e a felicidade que só o verdadeiro amor pode proporcionar.

Tropeços do Amor AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora