ʟᴀ ᴄʀᴜᴢ ᴅᴇ ʟᴀ ʜᴇʀᴍᴀɴᴅᴀᴅ

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ɴᴀᴛʜᴀɴ ᴘᴏɪɴᴛ ᴏғ ᴠɪᴇᴡ'

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ɴᴀᴛʜᴀɴ ᴘᴏɪɴᴛ ᴏғ ᴠɪᴇᴡ'

Chego em casa trancando a porta atrás de mim, encostando a testa na mesma, suspirando fundo. Sinceramente, não reconheço mais S/n. Sério, desde quando ela ficou tão ambiciosa? Alguma coisa deve ter acontecido com ela... Não é possível ela ter ficado assim do nada. Sei que passou uns dez anos e é óbvio que ela mudaria, mas levando em consideração da forma que ela era pra cá, eu realmente não a conheço. Lembro perfeitamente de todas as noites em que ela rezava para que Sam aparecesse, mas agora parece que ela nem se importa mais, parece que só se importa com o dinheiro.

Abro uma mala, onde eu guardo as coisas de Sam. Vejo os cartões postais que ele me mandou, e fico pensando do porque ele nunca mais ter me mandado. Pois é, eu menti quando disse que ele nunca havia mandado algum sinal de vida, e não me sinto culpado por isso, já que Victor Sullivan e S/n são as pessoas mais mentirosas que conheci.

Começei a ver as fotos com ele... Ele dizia que eu veria o mundo todo. Isso me faz pensar... Se eu fosse com eles, poderia encontrá-lo. E com o dinheiro que conseguiria eu poderia fazer o que quisesse. Ia ser bom não me preocupar com nada pra variar.

Não que eu seja facilmente manipulável, mas, porra, o que tenho a perder? Sorrio fraco, pegando meu celular e discando o número antes que me arrependesse.

_ oi rapaz. Porquê demorou tanto? _ Victor dizia do outro lado da linha, sorrio fraco olhando para a cidade através da janela de meu quarto.

_ quando a gente começa? _ sabia que nesse momento Victor transbordava um sorriso convencido pelo outro lado da linha, como se ele soubesse que eu voltaria atrás.

• • •

_ vai acontecer um leilão com a maior coleção de arte e artefato na Espanha do século. Um dos lotes é La Cruz de La Hermandad, só que não é uma cruz, é uma chave. _ Sully dizia, entregando a foto da chave imprimida no papel a mim. Estávamos andando na rua, até S/n aparecer, saindo de uma joalheria.
_ tá atrasada. _ ele diz a ela, que esbanjava um sorriso. Ok, apesar d'eu ter discutido com ela ontem a noite... Ela tava muito linda usando aquela calça de alfaiataria com blusa de manga comprida, seu cabelo estava jogado pelo ombro caindo em uma cascata. Seus lábios estavam coberto de gloss, o que me deu uma mísera vontade de agarrá-la pela cintura e atacar aqueles lábios tão convidativos.
Pois é, eu ainda não a superei.
Qual o meu problema?
Eu já fiquei com várias garotas maravilhosas, mas nenhuma consegiu sequer chegar aos pés dela. Ela foi minha paixonite da adolescência, mas nunca chegamos a nos beijar ou algo do tipo. Ela foi embora quando eu tinha 15 e eu realmente fiquei mal com isso, mas ver a mulher que ela se tornou, isso é de tirar o fôlego. Ela realmente mudou, e tenho medo de não poder acompanhar esse novo ritmo.

_ ah, desculpa mesmo... É que tive que pegar uma coisa emprestado. _ ela sorrir, mostrando a pulseira com algumas pedras de safira em seu pulso. Notei que a pulseira que dei a ela à anos atrás ainda estava lá e reprimo um sorriso, ela me olha, parecia pensativa. Acho que talvez eu tenha pegado pesado com ela, ou talvez eu só não queira admitir que eu estava certo sobre ela ser ambiciosa.

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