ʙᴏᴏᴍ

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_ ah, merda! Estamos sendo seguidos!! _ Nathan xinga ao notar que estavam sendo seguidos por três carros.

_ acelera, S/n, ACELERA. _ Victor praticamente grita, colocando a Cruz na maleta enquanto a mulher pisa fundo no acelerador, sua mão direita revezando entre trocar a marcha e segurar no volante.

_ vem cá, porquê tá fedendo a gasolina? Vocês não tão sentindo... _ antes de Nathan poder completar a frase, algumas balas ricocheteavam contra o vidro traseiro, o quebrando. _ ok, não é hora de perguntar.

Várias balas ricocheteavam o carro, mas por sorte nenhuma delas havia acertado algum dos pneus. Victor e Nathan estavam eufóricos, o mais velho segurava àquela maleta como se fosse o bem mais precioso de sua vida, o que na verdade era. Eles se abaixaram, S/n pôde ver pelo retrovisor interno que Drake implorava com o olhar para ela despistar os três carros o mais rápido possível.

Era quase meia noite e as ruas iluminadas de Nova York pareciam ganhar ainda mais vida; de fato aquela cidade nunca dormia. Toda hora era a hora do rush, facilitando assim o carro ser despistado entre os outros que passavam ali.

_ será que alguém aqui nesse carro tem ao menos uma arma? _ S/n diz por cima dos tiros, Sullivan nega com a cabeça freneticamente. Ótimo. Haviam três carros, portanto três motoristas. Todos os três trocavam tiros contra eles, então muito provavelmente haviam no mínimo duas pessoas em cada carro. Eram seis ao total. Três armados contra três desarmados. Três motoristas contra um.
Aquilo era o fim da linha.

A mulher faz uma curva perigosa, quase acertando a frente do carro em um caminhão. Mas o carro azul que seguia-lhes não teve a mesma sorte, acabou sendo batido pelo caminhão, sendo estraçalhado. Ela, esquecendo por um segundo que ainda havia mais dois carros, sorrir vitoriosa.

_ toma essa seus filhos da puta!

_ não esquece que temos nossos dois coleguinhas Porsches, pisa fundo, S/n! _ Victor diz olhando pra trás; por um momento os tiros pararam, mas depois vieram com mais quantidade. Filhos de uma mãe!

_ ai, merda! _ Nathan aperta as mãos no cinto de segurança, estava quase se borrando de medo. _ cara, fala sério, viemos roubar algo precioso e mesmo assim nenhuma arma?!

_ foi vacilo, eu sei! Eu não pensei que precisaríamos, tá legal?! _ Victor fazia o mesmo que Nathan, apertava tão forte naquele cinto que podia jurar que suas mãos estavam com calos agora.

S/n conhecia bem Nova York, mas não sabia tão bem os pontos de entrada e saída da cidade. Foram anos longe. É claro, reconhecia alguns lugares, mas não todos. Era algo fodido para o momento mas simplesmente não podia parar. Entrou em uma rua estreita onde um cara atravessava mechendo no celular bem no momento, mas não deu tempo para freiar.

_ olha, S/n, cuidado! _ Nathan grita apontando para frente, a mão da mulher afundou na buzina fazendo o homem olhar o carro todo furado com tiros e arregalar os olhos, mas para seu azar não deu tempo de fazer mais nada e sentiu o impacto do carro colidindo com seu corpo. S/n olhou para trás boquiaberta, para piorar nenhum dos dois motoristas atrás sentiu sequer pena: eles passaram por cima do homem, deixando-o inconsciente, se não, morto.

_ ah, porra! E-eu juro que a preferência era minha, ele nem passou na faixa de pedestres! _ a mulher tenta justificar-se, apertando os dedos contra o volante do carro.

_ você atropelou aquele cara... Meu Deus! _ Victor olhava a S/n completamente incrédulo, o que não ajudava muito. Estavam em um bairro onde as ruas eram tão estreitas que dava apenas para um carro passar, mas aparentemente as pessoas costumavam andar por aí em plena meia noite. Adolescentes fumavam por ali e a morena não teve escolha e dobrou na primeira rua que apareceu, que dava acesso a uma rua estreita com várias lojinhas. Você tinha um plano que era loucura, mas, bom, podia dar certo. Melhor ter um plano ruim do que não ter nenhum.

𝗨𝗡𝗖𝗛𝗔𝗥𝗧𝗘𝗗Onde histórias criam vida. Descubra agora