ᴘɪʟᴏᴛᴏ

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Boston, 15 anos atrás

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Boston, 15 anos atrás.

As freiras me disseram que eu não tinha nem 3 anos completos quando fui deixada na porta do orfanato. Como era uma das poucas meninas, elas me ensinaram que não podia confiar em ninguém, muito menos em homens. Essa foi uma das únicas coisas que levei comigo desde que sai deste abrigo. Entretanto, mesmo com todos os avisos, a minha concepção mudou no dia em que os irmãos Drake me salvaram de alguns valentões. Eles foram tão legais que de alguma forma, foi como se todo aquele medo que sentia, fosse substituído; nem todos os garotos são idiotas, afinal. Eles podem ser meio bobos, mas me acolheram como se fosse parte de sua família e hoje, parte dela tinha de ir embora.

_ Sam _ entro no quarto ao ver o loiro conversando com Nathan, que estava com os olhos marejados, mas parecia recusar-se a chorar. Ele sempre tentou manter a postura de durão, mas sei que está partido por dentro, assim como eu, por ver Sam, a única pessoa que parece realmente se importar com a gente, indo embora. _ me deixa ir com você, por favor. _ digo com a voz embargada, temendo nunca mais ver o mais velho, seus olhos azuis oceânicos brilhavam com as lágrimas que ameaçavam cair em seu rosto. Eu sentia-me completamente destruída com a ideia de talvez nunca mais vê-lo, ele era como um irmão pra mim. Era como se parte de mim estivesse sendo arrancada a força, tudo por causa de uma invasão idiota que dera errado e agora as únicas opções são fugir ou ser preso.

_ desculpa, pequena, mas eu tenho que ir. _ o mais velho estende a mão a mim, puxando-me para um abraço apertado. Eu amava seus abraços, por mais que fossem raros. Fecho os olhos, não conseguindo controlar minha emoção, por fim chorando em seu ombro. Assim que abro os olhos, vejo Nate que estava sentado na cama atrás de seu irmão, fungar, segurando o pingente do cordão que Sam dera a ele minutos atrás. O garoto é mais velho que eu, mas ainda assim, também é uma criança, e por mais que esteja tentando bancar o durão, está sofrendo com a ida do irmão. _ escuta só _ ele se afasta do abraço, enchugando minhas lágrimas que não paravam de descer em meu rosto tristonho. _ Nathan vai cuidar de você enquanto eu estiver fora, não é, Nathan? _ ele olha para o mais novo, que afirma com a cabeça.

_ Não chora, S/n, não é como se ele fosse sumir para sempre. _ o menino diz tentando, de maneira falha, parecer convincente.

_ é isso aí. _ o loiro diz. _ se lembrem de mim, ok? Ouvi dizer que é com os erros que se aprende. _ ele nos olha. _ então não sejam idiotas como eu fui. Quando forem roubar alguma coisa, certifiquem-se se não tem alguém olhando, e se pegarem algum de vocês, nunca abandonem um ao outro, nunca. _ Sam sorrir fraco, tentando de alguma forma passar alguma sensação de conforto antes de ir. O guarda o chama atrás da porta do quarto; era sua deixa. Ele nos abraça uma última vez antes de se direcionar a janela, nos olhando.

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