Ser um escritor renomado na Tailândia era um verdadeiro sonho se tornando realidade. Minha vida não poderia estar mais perfeita, meu casamento seria em duas semanas com a pessoa mais improvável de todas (Minha melhor amiga), quem poderia imaginar qu...
Estou de volta. Eu havia programado para lançar esse capítulo amanhã, porém por alguma razão inesperada finalizei ele antes do previsto, então estou postando hoje.
Não vou me estender muito nas notas inicias, mas esse capítulo é o começo do desenvolvimento da relação dos nossos dois protagonistas, e também está recheado de informações para os que prestarem a devida atenção. 👀🙊
Espero que vocês sejam fisgados pelo jeitinho romântico e apaixonante do Mile, por que esse capítulo é todo na visão dele.
Espero que aproveitem a leitura e nos vemos nas notas finais...
PS: o capítulo de Secret já está sendo escrito, porém o meu tempo está escasso, devido a semana de provas da faculdade. 😮💨
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"Eu não digo uma palavra, mas ainda assim, você tira o meu fôlego e rouba as coisas que eu sei." {Fire on Fire - Sam Smith}
MILE
Na madrugada depois do baile, enquanto eu estava repousando em meio aos meus lençóis, a minha mente fragilizada pelas altas doses de supressores me guiou de volta para aquele sonho, em que me vi cercado pelas árvores e a mata densa do meu Reino.
Olhei em volta, me sentindo levemente desnorteado e eu segui em direção ao brilho azulado da majestosa lua celeste, pedindo o auxílio de Hécate naquele momento.
Quando deixo a proteção da copa das árvores, os meus pés estacam no solo de terra, vendo um homem do outro lado do lago, jogado no chão e encarando um lobo branco raivoso e de aparência sanguinária.
Tento atrair a sua atenção, me mover, mas tudo o que consigo é que um bolo se forme em minha garganta, me impendido de sinalizar a minha presença.
Apenas assisto o canídeo pular da enorme pedra em direção ao homem, enquanto ele tentava de forma desesperada se afastar do animal, se arrastando pelo chão em direção as águas translúcidas do lago.
Quando o grito dele ecoa por toda a clareira, os olhos azulados do lobo branco encontram os meus e então eu sou empurrado de volta para a realidade, acordando com o corpo trêmulo, coberto por uma fina camada de suor, e um nó permanente em minha garganta.
O meu coração batia dolorido no peito, como se alguma coisa estivesse pesando sobre o órgão vital da minha existência. Como se eu houvesse perdido algo que não consigo apontar ou sequer nomear.
Eu me sentia verdadeiramente confuso, cansado, e com toda a tensão sobre os meus ombros.
Me sento sobre a cama, passando as mãos pelo rosto e me levanto resignado, caminhando a passos vacilantes até o banheiro, assim que vejo a luz da manhã adentrar pela varanda aberta.
Tomo um banho demorado, tentando diminuir todas aquelas sensações, mas nada parece surtir efeito. O Anúbis ainda estava desacordado graças aos supressores da noite passada, e já consigo prever toda a irritação que ele vai sentir quando acordar.
