"Don't be rude".

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Bom, eu poderia começar essa história como em todo conto de fadas "Era uma vez...", mas conto de fadas sempre tem casais certinhos, que se apaixonam, casam e vivem felizes para sempre. Porém, eu não posso te garantir que as coisas são tão fáceis assim na minha vida. Então, começo com "Era mais um dia nesse inferno".

Era mais um dia nesse inferno. Abri os olhos, suspirei, murmurei um "droga" e me levantei. Eu posso dizer que meu "quarto" não era igual aqueles lindos quartos maravilhosos que se vê na TV, ou muito menos naquelas casas lindas e luxuosas, que qualquer um inveja. Na verdade, nem casa eu tenho. Vivo na rua, em busca de abrigo. Tenho apenas 14 anos. Fui abandonada pelos meus pais, que não tinham condição de me sustentarem... Aí tive que aprender a sobreviver. Nas ruas. Fazendo qualquer coisa em busca de de um teto. Inclusive já quase fui pra uma prisão de menores, por conta de furto, roubo, assalto... É, essa é a minha vida. Será que eu posso chamar isso de vida?

Mas foi em um orfanato, que um casal de senhores simpáticos, aparentemente ricos, me adotaram e levaram para sua casa.

No carro, eu escutava um pouco da conversa dos dois, estávamos em uma mini van, porém bem espaçosa, branca. Eles diziam algo se referindo a outra garota, que parecia ser a filha deles, uma tal de Lauren Jau... alguma coisa. Não prestei muita atenção só sei que estava com muito sono.

- Ei, garota... Não perguntei seu nome, afinal, como é?

- Então, senhora. Todos me chamam de Carmem, mas eu tenho uma carta, creio que da minha mãe, que assina meu nome como Camila Cabello.

- Ah, entendo... Bom, meu nome é Clara. Está com sono? - a bondosa senhora perguntou.

- Sim, um pouco.

- Durma, querida. A viagem será longa... - ela disse me dando um pequeno travesseiro.

Encostei a cabeça no travesseiro e me deitei ali no banco mesmo, adormeci.

-x-

- Hey, Camila, acorde. - senti alguém chacoalhando meus pés.

Esforcei-me para abrir os olhos, afinal, eu estava com um sono bem atrasado. Mas finalmente abri. Esfreguei um pouco os olhos e me sentei. Saí da mini-van e me deparei com um lindo jardim, com vários tipos de flores coloridas, uma grama bem verde. Olhei para o lado e tinha um grande pátio, acho que um estacionamento com um enorme chafariz no centro. E logo atrás, uma enorme casa. Ou melhor, uma mansão.

- Bem vinda ao seu novo lar, Camila... - o velho homem disse.

- Espero que goste. - a senhora Clara disse.

Eu estava chocada, fiquei observando maravilhada afinal, eu nunca tive uma casa antes. E as outras que eu já fiquei, não chegavam nem aos pés daquela!

- Meu nome é Michael, mas me chame de tio Mike, ou apenas Mike... como preferir. Seja bem vinda Camila! - ele disse tirando minha pequena bolsa do carro.

Aquela bolsa era tudo o que eu tinha... Havia algumas roupas ali que eu tinha ganhado pelas casas que passei. Havia também um saquinho pequeno de bolacha, que eu tinha guardado desde anteontem para ir comendo durante a semana. A cartinha da minha mãe também estava lá. Aprendi a ler com um casal muito simpático, os Srs. Brooke. Fiquei na casa deles por cerca de 2 anos. E assim que completei 14, eles me colocaram em um orfanato. Pois a filha deles, Ally, estava se "sentindo muito sozinha" e vivia aprontando as coisas e colocando a culpa em mim.

Clara pegou em minha mão e me guiou até dentro da grande casa. Abriram a porta e eu pude ver quão realmente aquela família era rica.
Tinham 3 crianças ali. Quer dizer, adolescentes.

- Bom, esses são meus filhos, Taylor, Lauren e Chris.

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