➳ 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘵𝘸𝘦𝘯𝘵𝘺-𝘧𝘰𝘶𝘳

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— Eu sabia que você viria, princesa.

Florence virou-se rapidamente, assustada com a abordagem repentina. Harry não tinha mudado quase nada desde a última vez que o viu; o mesmo olhar no qual lutou tanto para conseguir esquecer  — sem sucesso algum. Ele parecia estar eutrapélico, como sempre foi.

— Acredito que você não tenha conseguido se despedir da última vez.

— Não tive tempo para dizer adeus... — Florence respondeu, insegura.

— Mas não é como se eu tivesse realmente ido embora, não é? — Ele deu uma risada anasalada, divertindo-se com sua constatação. — Você me manteve vivo em sua mente. Eu sei que sim.

Ela odiava admitir, mas ele estava certo.

— Achei muito corajoso de sua parte contar para Carlos o que aconteceu na Ilha. — O rapaz confessor, seu sorriso apagando-se como se estivesse falando sério. — Mas você contou para ele que vive pensando sobre isso? Sobre o tempo que passou comigo?

— Isso é remorso. — A garota rebateu, séria. — Não pude te agradecer por ter feito o que fez. Por isso eu não consegui parar de pensar.

— Tem certeza de que é somente isso?

[...] Reino de Corona, Estados Unidos de Auradon — 2017.

Florence acordou num salto. Sua respiração estava pesada e seus pensamentos davam voltas e mais voltas, deixando-a tonta. Mais uma vez tinha tido o mesmo sonho. Começava a terminava do mesmo modo, como um monólogo criado somente para atormentá-la.

Decidiu levantar-se no mesmo momento e ir arrumar-se para a chegada de seu irmão. Mitchell havia ligado na noite anterior e disse que chegaria no reino por volta do meio-dia, depois que resolvesse suas pendências na Sherwood High, onde estudava há anos.

Depois de pronta, Florence foi encontrar-se com seus pais no jardim, onde combinaram de tomar café da manhã. Uma excelente ideia, visando que estava fazendo sol naquela manhã. 

— Bom dia, querida. — Rapunzel sorriu docemente para a filha quando a mesma atravessou o arco da entrada e sentou-se diante da mesa. — Teve uma boa noite de sono?

— Tive sim. — A garota devolveu o sorriso. — Obrigada.

— Pensei que aquele garoto... Carlos. Pensei que Carlos viria com você. — Eugene comentou após dar um gole em seu suco. — Queria que ele tivesse vindo, há tempos não comento sobre Tourney com alguém. 

— Queria que ele tivesse vindo só para falar sobre esportes?

— Supostamente. — Ele tentou se defender.

Florence conseguiu rir um pouco. Carlos não pôde ir porque estaria ocupado com o recrutamento de novos filhos de vilões que teriam a oportunidade de viver em Auradon. O projeto, que antes era administrado por Ben, passou a ser de Mal, que parecia entusiasmada em dar uma segunda chance para as crianças da Ilha dos Perdidos. 

Uma buzina foi ouvida ao longe. Florence sabia o que isso significava, então rapidamente levantou-se e correu em direção à entrada do castelo. Conseguiu chegar bem a tempo. Mitchell estava desembarcando da limusine e, quando a viu, correu para abraçá-la.

Mitchell estava mais alto desde a última vez que o viu, e mais encorpado também (provavelmente devido aos treinos de lacrosse). Seus cabelos muito bem cortados e sorriso charmoso.

— Eu senti tanto sua falta! — Florence sorriu. 

— Eu também senti a sua! — Mitchell respondeu em tom cordial. — Não é fácil ficar longe da minha irmãzinha por tanto tempo! E nem de tudo isso. — Olhou em volta, admirado. Era tão bom estar de volta. 

— Então, o que quer fazer primeiro? — A garota questionou. Estava ansiosa para poder dar uma volta com seu irmão e colocar a conversa em dia. Em Sherwood, o sinal de celular era horrível — afinal, o que se pode esperar de uma escola no meio de uma floresta?

— Estou morrendo de vontade de ir ao Patinho Fofo. — O rapaz revirou os olhos quando viu que não pôde conter o sorriso de surgir em seus lábios. — O que acha? Preciso dar oi para todos eles.

"O Patinho Fofo" era uma espécie de taberna onde seus pais conheceram grandes amigos, apesar da aparência duvidosa de todos. Eles os ajudaram quando Eugene estava prestes a ser enforcado, acusado por ter roubado a coroa do reino. Quando ele e Rapunzel se casaram e tiveram os gêmeos, eles sempre ficavam de babá quando o casal precisava resolver assuntos importantes. Foi com um deles com quem Florence aprendeu a tocar piano. Mitchell aprendeu a ser um grande decorador da mesma forma. 

— Claro! — Disse por fim. — Eu adoraria!

NOTAS DA AUTORA

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caso você não se lembre do "patinho fofo", aparece nesse clipe:

𝐈 𝐒𝐄𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐈𝐆𝐇𝐓 • carlos de vilOnde histórias criam vida. Descubra agora