Bi ouviu com atenção o plano do rei e da rainha. Ele não estava totalmente convencido, mas havia algo na sinceridade deles que o fez baixar um pouco a guarda. O Pollius que estava com eles se chamava Rhenor, um homem de voz calma e olhar determinado. Ele explicou que muitos Pollius discordavam das ações violentas de seu líder, e ele liderava um pequeno grupo que queria um caminho para a paz.
Enquanto conversavam ao redor da fogueira, o vento soprava através da floresta, trazendo o cheiro de fumaça e uma sensação de perigo. Rhenor explicou que eles precisariam ser cautelosos ao subir a montanha, pois havia outras patrulhas dos Pollius à espreita. Além disso, havia uma tempestade se formando, tornando a escalada ainda mais arriscada.
"Se formos juntos, teremos mais chances de sucesso", disse Rhenor. "Mas temos que ser rápidos. O tempo está contra nós, e cada segundo que passa, a tensão entre os Pollius aumenta."
Bi concordou em unir forças com eles. Ele sabia que a missão era perigosa, mas a ideia de uma aliança para salvar o reino parecia o único caminho. Antes de partirem, o rei deu a Bi um pequeno amuleto de proteção, dizendo que o ajudaria a evitar problemas durante a subida. A rainha entregou-lhe uma mochila com algumas provisões, garantindo que ele tivesse o necessário para a jornada.
Os quatro partiram em direção ao topo da montanha, mantendo-se sempre nas sombras para evitar serem vistos. A trilha estava cada vez mais estreita e traiçoeira, com penhascos íngremes à direita e uma floresta densa à esquerda. O som distante do trovão indicava que a tempestade estava se aproximando, aumentando a pressão para alcançarem o topo antes que a chuva começasse.
Rhenor liderava o grupo, usando seu conhecimento do terreno para guiar o caminho mais seguro. À medida que subiam, encontraram sinais de outras patrulhas dos Pollius: restos de fogueiras, pegadas no chão e ocasionalmente vozes ao longe. O desafio era manter-se fora do alcance deles enquanto seguiam em direção ao topo.
Em determinado momento, o grupo teve que se esconder atrás de uma rocha grande, pois uma patrulha estava se aproximando. Bi segurou a respiração, ouvindo as vozes dos Pollius cada vez mais próximas. Rhenor fez um gesto para que todos permanecessem em silêncio, e eles ficaram lá, esperando que a patrulha passasse.
A tensão era palpável. Se fossem descobertos, a missão poderia fracassar. Mas a patrulha passou sem incidentes, e eles continuaram seu caminho, agora mais rápidos e silenciosos do que antes. O topo da montanha estava se aproximando, e Bi sabia que o momento de enfrentar a antena mágica estava chegando. A cidade, o reino e a esperança de um futuro pacífico dependiam do sucesso deles.
Com cada passo, Bi sentia a responsabilidade crescer em seus ombros. Ele sabia que a jornada estava longe de terminar, mas com aliados ao seu lado, ele tinha uma chance de fazer a diferença. A tempestade estava chegando, e o tempo era essencial. A missão para restaurar a cidade e salvar o reino estava em suas mãos, e Bi estava determinado a não falhar.
O vento frio açoitou o grupo enquanto eles subiam a trilha, cada vez mais íngreme e perigosa. As nuvens escuras que se formavam no horizonte indicavam que a tempestade não estava longe, e o eco de trovões distantes deixava todos em alerta. Bi sabia que o tempo estava se esgotando, e eles precisavam alcançar o topo da montanha antes que a chuva tornasse a subida impossível.
Rhenor continuava à frente, indicando o caminho mais seguro. O rei e a rainha mantinham-se próximos, trocando olhares de preocupação. Eles estavam cientes do perigo, mas a determinação em seus rostos deixava claro que não voltariam atrás. A cada passo, a trilha parecia mais traiçoeira, com pedras soltas e penhascos abruptos. Bi mantinha a mão na espada, pronto para agir a qualquer momento.
A uma certa altura, eles encontraram uma grande rocha no caminho, bloqueando a trilha. Rhenor examinou ao redor, procurando uma rota alternativa, mas parecia não haver saída fácil. Ele se virou para o grupo e disse: "Vamos ter que contornar por cima. Cuidado, é perigoso, mas não temos escolha."
Bi seguiu Rhenor pela lateral da rocha, escalando com cuidado para não escorregar. A tempestade se aproximava, e a escuridão aumentava. A floresta ao redor parecia mais densa, e o barulho das folhas no vento era assustadoramente alto. O tempo estava correndo, e eles precisavam se mover rapidamente.
Depois de contornar a rocha, eles chegaram a uma parte mais aberta da trilha, mas havia sinais de que outras patrulhas dos Pollius tinham passado por ali. Rastros de pegadas frescas e restos de fogueiras indicavam que eles estavam em território hostil. Rhenor sussurrou para todos ficarem em silêncio, e eles continuaram em uma formação mais compacta, sempre atentos ao menor ruído.
De repente, um movimento nas sombras chamou a atenção de Bi. Ele parou e fez sinal para que todos ficassem parados. Rhenor também viu o movimento e indicou que eles se escondessem atrás de uma árvore grande. As sombras se moveram novamente, e Bi percebeu que era uma pequena patrulha dos Pollius, com quatro homens armados. Eles estavam conversando entre si, sem perceber a presença do grupo escondido.
A patrulha seguiu seu caminho sem notar o grupo, mas isso fez Bi perceber que o risco era maior do que ele imaginava. Se fossem descobertos, tudo estaria perdido. Eles esperaram até que a patrulha desaparecesse, e então Rhenor fez sinal para que continuassem em frente.
A subida estava mais difícil a cada passo, com a chuva começando a cair em gotas grossas. A trilha se transformou em um riacho escorregadio, tornando cada passo uma batalha para manter o equilíbrio. O rei e a rainha seguravam-se nas rochas para não cair, enquanto Rhenor liderava com cautela.
Bi sabia que o topo estava perto, mas também sabia que, com a tempestade chegando, a missão se tornava ainda mais arriscada. Eles precisavam chegar à antena mágica antes que a chuva tornasse tudo impossível. O barulho do trovão era mais alto agora, e os relâmpagos iluminavam o céu escuro.
A missão para restaurar a cidade e salvar o reino estava em suas mãos, e Bi sabia que não podia falhar. O que aconteceria a seguir seria decisivo para o futuro de todos eles. O desafio agora era continuar subindo sem ser detectado e enfrentar a tempestade que estava prestes a cair com força total.
