Capítulo 07

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RAFAELLA


- Sofia, cuidado! Sua mãe ainda está com dodói. - desvio o meu olhar de Sofia em direção aquela voz e logo ele se cruza com o olhar daquela mulher do banheiro.

- Deculpa mamãe! - Sofia diz fazendo carinho em minha mão.

- Tudo bem filha. - sorrio para ela.

- Olá! - a mulher que eu ainda não sei o nome, mas que cuidou de Sofia, me cumprimenta.

- Oi!

- Mamãe essa é a tia Gi. Eu tô lá na casa dela. A gente vai mola na casa dela agola. - Sofia diz e eu arregalo meus olhos.

- Sofia, não... - minha filha me interrompeu antes mesmo de eu terminar de falar.

- Pu que? Eu gosto de lá, mamãe. Tem a tia Gi, tia Manu, Tio Baby, a vovó e o vovô, o balé, a Lylla... Ué, cadê a Lylla, tia Gi? - minha filha se virou para a mulher.

- Acho que você deixou lá no carro.

- Quelia mosta pa mamãe. - ela faz um biquinho fofo.

- O que ela não falou em um mês ela tá falando agora. - Doutora Marcela fala rindo me deixando um pouco confusa.

- Como assim?

- A Sofia só falava comigo. - a mulher diz.

- Eu falei com os titios e a vovó amanhã.

- Você falou com eles ontem. - ela a corrige.

- Sim. Você dexô.

- Isso mesmo. Agora, vai lá no carro com a tia Marcela pegar a Lylla pra mostrar para a sua mamãe. - a mulher dos olhos castanhos diz e eu percebo que ela quer conversar comigo a sós.

- Vamos tia Ma. - ela estica os braços e a médica a pega. Depois elas saem do quarto me deixando sozinha com a mulher do banheiro.

- Prazer, Gizelly Bicalho. - ela me estende a mão e eu a aperto.

- Rafaella. Eu gostaria de te agradecer por cuidar tão bem da Sofia. Eu vou dar um jeito de te pagar tudo e...

- Eu não quero que você me pague. Eu não vim aqui para te cobrar ou qualquer coisa parecida.

- É... obrigada, então? - digo sem saber o que falar.

- Você sabe quem fez isso com você? - ela muda totalmente o assunto, entrando aonde não deve.

- Não. E eu não quero falar disso. - a corto.

- Olha, eu sei que pode ser difícil para você, mas é importante. Você e Sofia correm perigo? E não adianta tentar mentir pra mim, só uma pessoa em perigo anda preparada com um disfarce na mochila.

- Eu já disse que não quero falar sobre isso.

- Deixa de ser cabeça dura, Rafaella. Você vai acabar falando de qualquer forma.

- Vai me obrigar? - tudo bem que ela cuidou da minha filha. Mas pensar que pode mandar em mim só por causa disso, ela tá muito enganada.

- Se necessário, sim.

- Depois a cabeça dura sou eu. - reviro os olhos.

- Espera eu te levar para a minha casa.

- Quem disse que eu vou para a sua casa? - deixei a minha filha com uma louca, só isso explica.

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