13. Conforto.

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Quando minha mãe me recebeu com um simples boa tarde, e eu senti aquele ar gélido passar entre a gente, eu já previa como a noite ocorreria.

- Até que enfim saiu daquela comunidade, você nunca foi um alguém destinado a morar naquele tipo de lugar, tem motorista e anda bem vestido com roupas caras, não sei porquê quis me irritar morando naquele muquifo. - Ela falava tanto, e aquelas palavras dela não eram nada legais, confesso.

- Eu não sai de lá, e mesmo morando na comunidade eu ainda tenho a merda de dinheiro, ainda tenho tudo do bom e do melhor, mas não preciso ficar jogando na cara do mundo isso. - Respirei fundo. - E eu não tenho motorista, aquele era o Jimin, eu estava com ele e então ele me trouxe para cá, e sim mãe, eu me visto com o estilo que gosto desde sempre. - Olhei ao redor vendo o jardim bem cuidado, com certeza não foi zelado por ela.

- Ah, nem me impressiono mais; que Jimin ?

E lá vamos nós.

- Park Jimin. - Ergueu as sobrancelhas. - Sim, aquele Park Jimin, o famoso, it boy do mundo, modelo e dançarino, que saco você viu. - Rolei os olhos pois ela já iria começar com interrogatórios. - Você ordenou que eu viesse para casa para o jantar de família, ou para que eu ficasse plantado na porta enquanto sou obrigado a ouvir sua ladainha ?

- Você é tão desrespeitoso comigo, entra.

- Você causou isso, mas fique tranquila que eu respeito quem me respeita. Uma coisa que papai me ensinou é que nos devemos dar respeito à quem nos devolve o mesmo, e você não é o caso.

- Jungkook, por favor. - Foi colocar um aviso. - Sabe que o Raphael não gosta que fale do seu pai, ele é meu marido agora, não precisa ficar lembrando de ex.

De ex ? É tão amargurada a forma que ela se refere ao meu pai, não é um simples ex mãe, é seu falecido marido, é o pai de seu filho, é o homem que lhe colocou no topo para estar onde está hoje. Um motivo que tento não esbanjar de tudo que tenho, e de não ficar me esnobando por tudo que tenho é para não me tornar como minha mãe, mesquinha, egocêntrica, orgulhosa, se acha por ter o que tem, isso tudo é falso, a porra do mérito nem é totalmente dela.

- Não quero entrar nesse assunto.

- Senhor Jeon, há quanto tempo que não nos vemos ! - A mulher que trabalhava na casa quando eu ainda morava aqui veio me cumprimentar, pelo visto ainda trabalha aqui. - Aceita alguma bebida ?

- Felicia você está tão linda. - Falei para a mulher de cinquenta e poucos anos, parece que não envelheceu nada. - Já faz bastante tempo mesmo que não vejo a senhora, e não obrigado.

- Jungkook, vá se arrumar e desça para conversarmos antes de você cumprimentar os convidados. - Ela encerrou nosso diálogo. - Você sabe o caminho de seu quarto, não preciso mapear, certo ? - Ela descansou a mão em meu ombro.

- Fala sério. - Tirei a mão dela de mim, e subi para o meu quarto, nada feliz.

Eu odeio estar dentro dessa casa, me sinto aflito, me sinto abalado, triste, confuso, eu sinto medo. Tudo aqui nessa merda me lembra meu pai, me lembra os momentos felizes que tive com ele, não que eu não queira lembrar, mas lembrar dói... Saber que momentos como aqueles nunca mais iriam se repetir me machuca tanto, e ela age com tanta indiferença. Seu atual marido me enoja com todas as forças, quando meu pai morreu, ele logo apareceu em nossa vidas, aos poucos ele ia tentando me diminuir com piadas idiotas, depois ele foi roubando minha mãe só para si, foi tomando toda a alegria e atenção dela só para ele, mas e eu ?

Eu & o Vagabundo | pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora