13 | vengeance

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D Y L A N H A C K E R
Milão, Lombardia — Itália
17 | 07 | 2026

Eu espero que tenha um bom motivo para estar me ligando agora, eu estava no meio de uma...

— Zac, quem você estava ou não fodendo não me importa, eu preciso da sua ajuda para um assunto sério. — O interrompo antes mesmo de ele seguir com essa porra toda.

Desde que a Aurora dormiu eu não consegui pregar os olhos. Toda vez que fechava eles, ficava imaginando o filho da puta do Lucca com as mãos nela, e o que mais me irrita é o fato de eu não ter feito nada, de eu não ter conseguido defender ela quando na realidade ela só se meteu nessa porra toda por culpa minha.

Como eu não esperava que ele fosse fazer uma porra dessas? Que ele fosse ser tão baixo e machucar ela? Sendo que ele tinha espaço para fazer algo bem pior, ele a colocou em um carro com ele, onde ele possuía um segurança e ela estava trancada, sem a porra de defesa alguma ou uma saída que fosse.

Ela poderia ter sido estuprada, torturada ou até morta. Esse pânico e medo é algo que eu não vou aceitar, então ela só anda a partir de agora com seguranças e eu não quero nem saber de discussão sobre isso. Não sei se ela vai ser à favor ou contra essa situação, mas até eu resolver tudo isso não vou mesmo correr o risco de ver o medo e pânico no rosto dela como à horas atrás, de maneira alguma.

Perdão? — Ele questiona ao aproximar o celular do ouvido, dando a entender que a porcaria do sinal estava ruim e que ele não havia escutado o que eu havia dito.

Eu disse que preciso da sua ajuda. — Digo ao fechar a porta do meu escritório atrás de mim, então caminho até a minha mesa e sento na poltrona, tentando apenas descansar um pouco nem que seja.

Porra, será que pode repetir? — Ele fala como se estivesse em choque. — Eu peguei o gravador para deixar isso eternizado, só para escutar isso de novo e fazer um remix dessas palavras saindo da sua boca, assim coloco de alarme todas as manhãs para lembrar a mim mesmo quem é o verdadeiro prodígio dessa família. — E sua ironia chega a me deixar mais irritado.

Porra, Zac!

— Pode repetir? Mas dessa vez do jeito certo, com "Oh Zac, meu irmão gêmeo que é mais gostoso e inteligente que eu, aquele que possui o pau de ouro, eu imploro que me ajude a sair da miséria em que estou metido!". Se quiser dar algumas pausas dramáticas eu deixo, mas não esqueça que você nunca foi o melhor da família atuando.

— Por que eu te liguei mesmo? — Chego a fechar os olhos e passar o polegar em minha têmpora, sentindo a minha cabeça latejar só de pensar nesse problema que tenho em mãos e os sentimentos que estão querendo explodir no meu coração.

Porque você não vive sem mim, Dylan. Essa é a triste realidade! Mas é sério, até agora queria saber como o pai atua tão bem, ele ganhou até mesmo o título de "feminista" da mamãe, e pelo que eu saiba como a gente tem pau só podemos apoiar a causa, e não fazer parte dela. — Ele não pode estar falando sério agora. — Então ele deve ser muito bom para ter entrado nesse movimento, o mesmo que aliás eu não tenho nada contra, mas...

Zachary, cala a porra da sua boca!

É sério, até pesquisei sobre! Sabia que existem feminazis? E que...

criminal family III. Onde histórias criam vida. Descubra agora