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D Y L A N          H A C K E R
Milão, Lombardia — Itália
06 | 07 | 2026

— Zac já foi? — Enzo pergunta ao entrar no meu escritório, então concordo e sigo lendo no computador a matéria online sobre como a mansão do Lucca pegou fogo na noite anterior.

Que tragédia, infelizmente tiveram algumas pessoas que realmente não conseguiram escapar da fatalidade.

— Sem suspeitos. — Murmuro de maneira arrogante, vendo que para variar o trabalho foi mais do que bem feito. O sorriso arrogante se alarga na minha face, pois é bom pra caralho saber que consegui acertar em cheio na vingança com aquele filho da puta. O mimado da porra realmente acha que pode roubar um dos meus galpões, destruir a merda toda e ainda sair ileso? Parece até que não sabe de quem sou filho.

— Como foi sua noite ontem? — Enzo pergunta ao se sentar na poltrona na minha frente, então ergo o olhar e nego de imediato com a cabeça, sabendo mais do que bem o que ele quer saber com sua pergunta.

— Não vamos por esse caminho.

Não me entendam à mal, sempre fui uma pessoa que se orgulha de dar detalhes íntimos das minhas fodas ou relacionamentos para Enzo e Giovanni, mas quando a questão envolve a Aurora, as coisas são bem diferentes.

Os dois podem ser extremamente leais á mim e me respeitarem. mas não deixam de ser homens com mentes sujas, que sabem usar a imaginação para tentar descobrir como os lábios da minha italiana funcionam.

— Quando ia me falar que está saindo com aquela gostosa? Porra, e eu rindo de você porque achei que estava na seca.

— Eu ainda estou na seca, não que venha ao caso.

— Ainda não transou com ela? — Seus olhos estão arregalados, então percebo que ele fica realmente surpreso por perceber que não cheguei nem na segunda base com ela. — Você é gay por acaso e eu não sabia?

— O gay aqui que não é rejeitado pela "gostosa", a mesma que precisou até mesmo dar nome falso para ver se você saía de perto. — Murmuro ao levantar e fechar o computador, sabendo mais do que bem que ele não desistiria desse assunto.

— Qual é, eu estou surpreso! Ela é uma gata, espero que dê certo. — E eu sinto uma certa ironia em sua voz.

— Está irritado porque ela não quis saber de você? Não fique triste, Enzo. Quando a competição é tão forte e sexy como eu, realmente não existirão chances para meros mortais como você. — Digo em um tom calmo, vendo que isso chega a o irritar.

— Não, eu estou irritado porque você e o Giovanni ambos saíram de relacionamentos horríveis e ainda sim conseguiram namoradas novas antes de mim. Eu sou um partidão, as mulheres deveriam implorar por mim!

— Se não falasse tanta merda, garanto que conseguiria alguém. Você tem que aprender a escutar as mulheres.

— Escutar as mulheres? Mas eu quero transar com elas, como vou as beijar se elas não calam a boca?

— Não, você não está entendendo, seu merdinha. — Cruzo os braços e o encaro com seriedade. — Você precisa fazer elas acharem que você as está escutando. Elas gostam de falar e querem um cara que se importe com elas, que as olhe nos olhos tanto na hora de foder, como na hora de ver a dor que sentem. — Explico como se estivesse falando com uma criança de 5 anos.

criminal family III. Onde histórias criam vida. Descubra agora