Capítulo 3 - Fuga bem sucedida

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- ...quem está aí?

- Meu namorado, ele trabalhou muito esses últimos dias para poder tirar umas folgas para a viagem, e está cansado.

- E ele trabalha com o quê?

- Ele é médico.

- Ah sim, deve ter sido corrido, ele deve estar bem cansado, não vou mais atrapalhar a viagem de vocês.

"Que conversa estranha... Será que deixei a televisão ligada de novo?".

Me sento na cama e olho ao redor rapidamente me lembrando da minha situação. Aqueles malditos estão fugindo e a conversa de instantes atrás deve ter sido com a polícia. Me levanto sem fazer barulho e escuto vozes.

- Ufa, essa foi por pouco.

- Pois é.

- Luffy, você lembrou de amarrar o detetive de novo?

- Não, vou lá fazer isso e já volto.

"Ele está vindo pra cá..."

Me escondo próximo da entrada do "quarto" e espero até que o tal Luffy passasse por mim. Enquanto ele se aproxima da cama vou por trás do mesmo o jogando contra a cama e ficando por cima dele o prendendo.

- Seus miseráveis, acham mesmo que vão conseguir fugir impunes? – Pergunto retoricamente já que estava tapando sua boca para que ele não chamasse por ajuda.

- Hum, hm nmmn nmmnmn – ele tenta dizer e se remexe para se soltar.

- Ei bruxa! Por que parou? – Ouço a voz do esverdeado.

- Bruxa é a sua mãe! Parei porque estamos sem gasolina...

- Como assim? Você não viu isso antes de sairmos, Marimo?

Começo a prestar atenção na conversa vinda da frente do veículo e o moreno abaixo de mim aproveita da minha distração para inverter as posições rapidamente.

- Que bom que você está bem Tral! Eu estava preocupado que a Nami tivesse ti deixado em coma ou algo assim – ele diz abrindo um sorriso enorme.

- Quê? – pergunto confuso.

"Que raio de nome é Tral?!".

- Ei Zoro, você lembrou de pôr gasolina antes de levar o motorhome para nós? – Luffy pergunta se virando para encarar seus comparsas.

Aproveito que ele afrouxa o aperto para me soltar e o derrubo no chão, passo por cima do mesmo e decido aproveitar que não estávamos em movimento para fugir, mas dou dois passos e sinto algo agarrando meu pé e logo caio de cara no chão.

- Mas o quê...? – olho para meu pé e vejo Luffy me segurando.

- Tral, espera aí, vamos conversar.

- Me solta, maldito – falo tentando o afastar.

- Mas, Tral...

- E PARA DE ME CHAMAR ASSIM!!

- Luffy, espera, deixa que eu... – vejo o loiro se aproximar com um taco de beisebol nas mãos.

"Ele vai tentar me apagar de novo?".

- Não! – o moreno diz para o loiro – A gente tem que conversar com ele ou ele nunca vai virar nosso amigo desse jeito.

- Nem desse jeito, nem de jeito nenhum! – falo e vejo o moreno fazer um biquinho triste.

- Luffy, ele é policial, esqueceu? – o loiro diz.

- Não precisa disso – o esverdeado fala pegando o taco – mas amarra ele – olha sério para o moreno.

Detetive da gangueOnde histórias criam vida. Descubra agora