제4장

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Jungkook🍂


Meus pais trabalham o dia inteiro. Desde a minha infância eu e meu irmão vivemos muito sozinhos. Eu só queria era passar mais tempo com eles.

Meu pai é o único que separa um tempo só para mim nos sábados. É nosso único momento juntos. E a minha mãe... acho que não falo com ela tem duas semanas.

Agora era aula de ciências, e para falar a verdade esse professor é muito esquisito. Ele tem cara de drogado. Olhei para a cadeira ao lado e vi que o Jimin não estava ali, achei estranho porque ele veio comigo para a escola.

Depois de uns 10 minutos ele entra na sala com os olhos vermelhos, inchados, e de cabeça baixa.

— Ei, Jimin. — sussurro.

Ele não fala nada evitando contado visual.

O professor passou um trabalho em grupo de até 3 pessoas, e a única pessoa que eu conheço até agora é o Jimin e aquele amigo dele.

Perguntei para o Taehyung se podia ser do grupo deles e ele deixou. O objetivo do trabalho era fazer uma pesquisa e um cartaz sobre organismos vivos até amanhã, bem fácil.

— Vocês querem fazer lá em casa? — Perguntei.

— Por mim, pode ser.— Taehyung responde.

[...]

Depois da aula levei os meninos para minha casa que é bem perto da escola.

— Fiquem à vontade aí, coloquem a mochila de vocês na minha cama. Vamos fazer o trabalho na quadra, eu levo uma mesa lá pra baixo, tem bastante espaço.

— Você tem uma quadra? — Jimin fala surpreso.

— Sim, de basquete, eu jogo todo dia depois de estudar.

Pegamos os materiais e começamos a fazer o trabalho.

— Jungkook, depois podemos jogar? —Taehyung pergunta escrevendo no cartaz.

— Pode ser.

— Eu não sei jogar basquete. — Jimin fala com uma voz fraca.

— Eu te ensino, não tem problema.

— Vocês não acham aquele professor esquisitão?

— Ele é estranho mesmo. — Eu falo e eles concordam.

— Aí! — Jimin grita com a tesoura na mão.

— Cortou o dedo?

— Sim.

— Taehyung, continua cortando a folha, eu já volto.

Fui buscar um curativo no meu quarto, mas quando fui olhar perto da mochila do Jimin tinha um saco com pó branco caindo do bolso da frente rasgado. Peguei o pacote e percebi o que era.

Peguei o curativo e voltei para a quadra.

— Vem aqui. — Falei.

Comecei a limpar o sangue do dedo dele, e porra como ele quase arrancou o dedo com uma tesoura? Coloquei o curativo e perguntei se queria continuar. Ele disse que sim e que não teria problema.

Terminamos o trabalho e guardamos tudo. Era bem fácil na verdade.

— Vocês querem jogar ou comer? — Perguntei.

— Jogar. — Taehyung fala.

— Pra mim tanto faz. — Jimin fala olhando pro dedo.

— Vamos jogar então depois a gente come.

Eu e Taehyung começamos a jogar um contra o outro, é para falar a verdade ele é muito bom.

O Jimin estava sentado no banco olhando para o chão, então fui até ele.

— Vem jogar Jimin.

— Eu vou atrapalhar vocês, eu estou bem, aqui.

— Anda, eu disse que vou te ensinar. — Insisti.

Ele aceitou e me seguiu.

— Olha você tem que posicionar a bola desse jeito e mirar bem naquele quadrado ali. — Falei posicionando a mão dele corretamente. — Tenta uma vez. — Ele faz a cesta e sorri.

Continuamos a jogar até o fim da tarde.

— Ah, Jungkook, vou ter que ir, minha mãe disse que tenho compromisso, mas obrigado por hoje. — Diz Taehyung.

— Tudo bem.

Chamei o Jimin para comer e aproveitar o momento para conversar com ele sobre o que achei.

Entreguei um pedaço de bolo para ele e comecei a falar.

— Olha Jimin, sei que não sou a melhor pessoa para conversar e nós nos conhecemos a pouco tempo, mas você não precisa de ajuda? — Perguntei.

Acho que ele ficou um pouco confuso.

— Está tudo bem.

— O que é isso aqui então? — Mostro o pacote para ele.

— Não é nada, fica tranquilo.

Dava para ver na cara dele que não estava tudo bem.

— Olha, por favor não conta para ninguém. — Ele diz muito nervoso.

— Se você jogar isso fora, eu não conto para ninguém, prometo.

— Está bom, eu jogo fora.

— Olha, eu só estou tentando te ajudar Jimin.

— Me desculpa, mas eu tenho que ir.

— Por que agora? Fica mais um pouco.

— Mas a gente já acabou o trabalho, não tem por que eu ficar aqui.

— Onde é sua casa? Eu te levo então.

— Eu não quero voltar para casa.

— Eu vou com você.

— Não precisa.

— Aonde você vai? — Pergunto.

— Eu não sei.

— Você precisa descansar um pouco Jimin, seus olhos estão vermelhos. — Falei, pegando a chave do carro. — Vem eu te levo para casa.

— Tudo bem, obrigado.

Entramos no carro e fomos para casa dele, era um pouco longe, acho que em um dos bairros menos seguros de Busan.
[...]

— Obrigado pela carona. — Se curva.

Nos despedimos então voltei para casa. Mas para minha surpresa quando cheguei em casa meus pais estavam sentados no sofá.

Engraçado que nem se preocupam com o filho, nem me perguntaram se eu estava bem. Fazer oque? Já estou acostumado mesmo. 

Refuge in Love PJM - JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora