𝗛𝗮𝗿𝗲́𝗺 𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿𝘀𝗼|+𝟭𝟴
"Tessa foi criada por sua mãe como uma boneca de porcelana, longe do mundo e longe das mudanças. A vida em Orion Vale não era a mesma há séculos, onde shifters e magia eram tão comuns quanto andar na rua".
Trancafiad...
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Se anotaram a placa do caminhão eu gostaria de fazer a denúncia! Minha cabeça latejava e meus olhos doíam nas órbitas. O gosto amargo se sobressaia na boca e aos poucos o feijão da noite anterior ameaçava traçar o caminho de volta.
Aos poucos fui abrindo os olhos e os deixando se adaptar ao ambiente, cheguei à conclusão de que havia morrido no encontro com o urso, não tinha como sobreviver àquela situação. Nem mesmo o homem gostoso que tentou me libertar eu saberia quem era, morta e virgem afinal não tem como piorar.
“Fiz panquecas com mel e suco de laranja! Não sei do que ela gosta…”
“Mulheres gostam de flores, mas não temos nenhuma…”
“você supõe, afinal a gente nem sabe do que garotas gostam, somos três homens dividindo essa casa desde sempre… “
“A gente pode ligar para a mamãe!”
Sim, eu morri! Ou o novo local que meus olhos captaram eram algum tipo de pegadinha do meu subconsciente. A cama era o dobro do tamanho convencional, os lençóis eram brancos quase intocados de tão limpos e ao redor as paredes tomavam um tom de marrom queimado devido ao pinho que as revestia.
O cheiro de madeira, sol e panquecas a lembrou do diálogo que acabara de ouvir. Então a porta abriu e a imagem que seus olhos mostravam era demais para ser real.
–Olá, vejo que está acordada linda!
O primeiro homem vestia camisa branca com alguns botões abertos e isso o deixava com ar de ceo, daqueles que logo se envolve com a secretária sexy. O cabelo puxado para trás com alguns fios selvagens soltos na testa a deixava com calor.
–Trouxemos café da manhã, você deve estar faminta menina…
O que carregava a bandeja nos braços vestia camisa quadriculada vermelha e preta, nunca viu alguém usar flanela e ainda parecer tão quente como o inferno “perdão mãe! Esse termo foi totalmente necessário”.
Os fios loiros estavam contidos em um corte simples, passando um ar de seriedade, a barba deixava tudo ainda mais completo.
–Como se sente Bambi?
O homem que apoiava-se na porta perguntou e não poderia deixar de perceber o quão lindo era, tinha um ar jovem e descontraído vestindo moletom e jeans azul. Seu cabelo era médio e tinha um tom bem mais escuro que o do primeiro, isso contrastava com seus olhos azuis.
–Tá sentindo alguma coisa? Precisa de ajuda? Podemos te levar no médico–perguntou o loiro visivelmente nervoso com a possibilidade.
–E-eu estou bem…quer dizer estou bem! – minha postura agora era defensiva, se não era um sonho poderia estar em apuros novamente.
