Capítulo - 11

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Alan observa Jeff, suas expectativas colidindo com a realidade do homem que está diante dele. Em sua mente, ele imaginou uma figura corpulenta e musculosa, pronta para se misturar perfeitamente à equipe mecânica. Porém, o Jeff que ele vê é uma surpresa - um homem de vinte anos, parecendo quieto e reservado, com um ar de comportamento antissocial.

Piscando de surpresa, Alan recalibra suas expectativas, percebendo que a força de Jeff pode estar em qualidades além da aparência física.

Enquanto eles caminham pelo espaço dos mecânicos, Alan tenta quebrar o gelo com Jeff: "Então, Jeff, o que você acha da nossa garagem? Impressionante, certo?" Ele olha para Jeff, que responde com um encolher de ombros indiferente.

"Sim, parece legal", responde Jeff, seu tom monótono, deixando Alan com uma sensação de incerteza. Insistente, Alan continua: "Temos equipamentos de primeira linha. Você já trabalhou com máquinas como essas antes?"

Jeff, aparentemente desinteressado, murmura: "Sim, coisas semelhantes." A falta de entusiasmo nas respostas de Jeff deixa Alan momentaneamente suspenso, lutando para encontrar uma conexão entre eles. Determinado a tirar o melhor proveito da situação, Alan avança: "Sabe, somos como uma família aqui. Todos contribuem e compartilhamos a paixão pelas corridas.

"Jeff olha ao redor, seus olhos encontrando brevemente os de Alan, "Ok. Então, quando eu começo?"

 Surpreso, Alan se ajusta à mudança de direção: "Ah, certo. Você pode começar imediatamente." Jeff dá um breve aceno de cabeça.

"Pessoal, este é Jeff. Ele está se juntando a nós como mecânico", Alan anuncia, tentando gerar simpatia na apresentação.

No entanto, Jeff mantém o mesmo olhar indiferente no rosto, deixando um silêncio constrangedor pairando no ar. A equipe, habituada a um ambiente mais animado e envolvente, troca olhares incertos. Alan, tentando aliviar o desconforto, acrescenta: “Jeff, conheça a equipe. Eles são ótimos e trabalhamos juntos.”

Apesar dos esforços de Alan, o comportamento desinteressado de Jeff permeia a sala, fazendo com que as apresentações pareçam tensas. Enquanto a tripulação troca saudações hesitantes, O espaço dos mecânicos contém uma tensão desconhecida que coloca todos frente a frente com a presença misteriosa da impassibilidade de Jeff.

Way puxa Alan de lado, uma ruga se formando em sua testa enquanto ele questiona: “Não acho que estejamos com falta de pessoal, então por que você o contratou?” Alan, percebendo a preocupação de Way, se inclina para explicar: “Ele é apenas um estagiário, está aqui por um curto período. Poderíamos usar um par extra de mãos. Além disso, ele tem algumas habilidades.”

Os dois olham para Jeff, que parece profundamente absorto em ajustar um carro de forma independente, seu foco inabalável enquanto trabalha sozinho, sem procurar a ajuda do resto da equipe. Way, embora não totalmente convencido, não leva o assunto adiante. Em vez disso, ele muda de assunto: “Bem, apenas certifique- se de que ele não estrague tudo. Temos um sistema aqui.”

Alan concorda com a cabeça: “Não se preocupe, Way. Vou ficar de olho nele.”

“Vou sair mais cedo hoje. Quero dar uma olhada em Babe”, Way anuncia, sua preocupação evidente na testa franzida. Alan, entendendo a gravidade da situação, Não consegue evitar suspirar. “Espero que ele esteja bem”, acrescenta Alan, seu olhar mudando para o lado, contemplando os desafios que surgiram desde que a notícia sobre Babe se tornou pública.

As pessoas, alimentadas pela curiosidade insaciável do mundo online, concentraram incansavelmente a sua atenção na família das corridas. A notícia, como um incêndio, se espalhou pelas redes sociais e todos parecem ter uma opinião. Perguntas, especulações e, por vezes, exigências intrusivas de mais informações inundam o seu espaço digital.

“Os internautas estão realmente nos perseguindo desde que a notícia foi divulgada. Eles querem saber se o que foi dito era verdade”, comenta Alan, reconhecendo o intenso escrutínio que a família do automobilismo está sofrendo. A pressão para atender à curiosidade do público e, ao mesmo tempo, proteger os aspectos pessoais da vida de Babe e Charlie torna-se um delicado ato de equilíbrio. Way vai até a casa de Babe e, ao bater, Charlie abre a porta. Seus olhos se encontram e, sem dizer uma palavra, Way pergunta se Babe está em casa. Charlie, com um aceno de cabeça, silenciosamente convida Way para entrar. A porta se abre para revelar Babe, e Way, sem hesitar, entra, abraçando-o com força.

“Como tá indo?” Way pergunta, preocupação genuína gravada em seu rosto. Babe, agradecendo o apoio, responde que está se saindo muito bem. Ao se instalarem na sala, Charlie toma a iniciativa, pegando um copo d’água para Way, garantindo que todos se sintam confortáveis. No meio da conversa, Way fornece atualizações para Babe sobre os acontecimentos recentes na garagem, mencionando casualmente: “Ah, Alan contratou um novo mecânico, a propósito.” babe e Charlie trocam um olhar, um reconhecimento silencioso de que estão cientes. Way pergunta: “Vocês já  sabiam disso?” Babe nega rapidamente “Então, como ele é?  É habilidoso?”

“Bem, sim, ele tem as habilidades, mas é muito reservado e quieto. Não deixa ninguém chegar muito perto”, explica Way. Um sorriso se forma em seu rosto quando ele acrescenta: “Sabe, ele até esnoba Alan quando fala com ele”. Esta revelação provoca risadas de Babe e Charlie, imaginando os desafios potenciais que Alan pode enfrentar ao lidar com o enigmático recém-chegado.

“Alan vai ter dificuldades com isso”, comenta Babe, suas risadas ecoando na sala enquanto eles imaginam a dinâmica que se desenrola na garagem com a chegada do reservado e esquivo Jeff.

Como prometido, mais um capítulo.
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Corações Acelerados (Omegaverse)Onde histórias criam vida. Descubra agora