Capítulo 27

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No trimestre final, a jornada de Babe se torna cada vez mais desafiadora, levando-o a abordar cada ação com cautela e Charlie ao seu lado como um companheiro constante. Charlie, totalmente comprometido com o bem-estar de Babe e a segurança de seus filhos ainda não nascidos, nunca sai do lado de Babe, servindo como seu protetor firme.

Os dias deles geralmente são passados juntos, observando os movimentos suaves dos bebês no útero de Babe, brincando de adivinhação para identificar qual bebê está chutando. Charlie também leva Babe para caminhadas curtas para garantir circulação adequada e exercícios leves.

Durante suas caminhadas, Charlie não conseguia resistir a provocar Babe sobre seu andar exagerado, muitas vezes imitando-o com movimentos exagerados próprios. Babe revirava os olhos com um sorriso afetuoso, brincando de dar tapinhas no braço de Charlie enquanto continuavam seu passeio.

Com brincadeiras afetuosas, Charlie chama Babe com um brincalhão “Mama~” quando ele está perdido em pensamentos, ganhando um provocador “Papai~” Todas as manhãs, Charlie começa o dia com um beijo carinhoso na barriga de Babe, seguido pela preparação do café da manhã e ajudando Babe com sua rotina matinal.

O vínculo deles fica mais forte a cada dia que passa, enquanto eles aguardam ansiosamente a chegada dos gêmeos.

“Olha, Charlie, acho que dessa vez é o Bailey”, diz Babe, com a mão apoiada na barriga enquanto observam os movimentos sutis.

“Você acha? Aposto que é Billy tentando se exibir”, Charlie provoca, colocando gentilmente sua mão ao lado da de Babe.

“Mamãe~”, Charlie grita, tirando uma foto espontânea da expressão contemplativa de Babe.

“E pai!~” Babe responde com uma risada, virando-se para encarar Charlie com um brilho brincalhão nos olhos.

À medida que a data prevista para o parto se aproximava, a expectativa de Babe se misturava à ansiedade, criando uma tempestade tumultuada de emoções dentro dele. O pensamento do parto e a dor

associada ao parto causavam arrepios em sua espinha, ofuscando a excitação de conhecer seus bebês tão esperados.

Charlie, sempre perceptivo aos sentimentos de Babe, notou as mudanças sutis em seu comportamento. A cada dia que passava, ele observava o desconforto de Babe crescendo, seu sorriso normalmente radiante desaparecendo em momentos de contemplação silenciosa. Determinado a aliviar os medos de seu parceiro, Charlie fez de sua missão ser a fonte inabalável de apoio e conforto de Babe.

"Ei, amor", Charlie murmurou uma noite, puxando Babe para um abraço caloroso. "Eu posso sentir que você está se sentindo um pouco ansiosa. É normal sentir medo, mas lembre-se, estamos juntos nisso."

Babe se inclinou para o abraço de Charlie, encontrando paz no calor de seus braços. "Eu sei, é só que... o pensamento do parto, é assustador", ele confessou, sua voz tingida de apreensão.

Charlie deu um beijo suave na testa de Babe, seu coração transbordando de amor e empatia. "Eu entendo, amor. Mas você é mais forte do que imagina. Você já enfrentou desafios antes e saiu vitorioso todas as vezes. Isso não será diferente."

Com gentil segurança e apoio inabalável, Charlie guiou Babe em momentos de dúvida e medo, lembrando-o de sua resiliência e força interior.

Apesar de estar acostumado à dor, a extensa pesquisa de Babe sobre trabalho de parto e parto o encheu de um medo inesperado. O pensamento de suportar uma dor tão intensa e a possibilidade de danos aos seus bebês o assombrava profundamente. No entanto, o apoio inabalável e a presença reconfortante de Charlie serviram como um farol de força, incitando Babe a permanecer resiliente pelo bem de sua crescente família.

"Charlie, me ajude a pegar meu telefone", Babe chamou Charlie, indicando que estava fora de seu alcance. Sem hesitar, Charlie entregou a ele o aparelho que estava tocando.

"É Jeff", Charlie o informou enquanto passava o telefone. Babe atendeu rapidamente a ligação.

"Olá, oi Jeff, como vai você?"

"Estou bem, e você?"


“Eu também estou bem. Então, o que houve?”

“Babe, adivinha?” A voz de Jeff estava cheia de excitação, e Babe olhou para Charlie, que estava igualmente curioso sobre a conversa.

“O quê?” Babe perguntou, apreciando o vínculo que havia crescido entre eles depois de se abrirem.

“Passei nos meus exames! Vou me formar em breve.” O entusiasmo de Jeff era palpável, e Babe compartilhava sua alegria.

“Meu Deus, parabéns, Jeff! Estou tão feliz por você”, Babe exclamou, radiante.

“Parabéns, Jeff”, Charlie interrompeu, dando os parabéns depois que Babe colocou o telefone no viva-voz.

“Obrigado”, respondeu Jeff, com um sorriso evidente até mesmo através do telefone.

“Então, quando é a formatura?” Charlie perguntou, juntando-se à conversa.

“Em um m-“

“Babe, você está bem?” Charlie interrompeu, notando a carranca no rosto de Babe e sua mão na barriga.

A expressão de Babe mudou, uma mistura de desconforto e preocupação cruzando suas feições enquanto ele parava para se recompor. A atenção de Charlie estava totalmente focada nele, esperando por uma explicação.

“Sim, estou bem. É só... uma pequena pontada”, Babe finalmente respondeu, oferecendo um sorriso tranquilizador para Charlie.

“São os bebês?” A voz de Charlie estava cheia de preocupação enquanto ele colocava uma mão reconfortante no ombro de Babe.

Babe balançou a cabeça levemente. “Não, não, elas estão bem. É só que... acho que são contrações de Braxton Hicks. Elas deveriam ser normais nessa fase, certo?”

Charlie assentiu, aliviado por não ser algo mais sério. “Sim, são. Mas se você estiver se sentindo desconfortável, devemos chamar o médico só para garantir.”

Babe concordou com a cabeça, grata pela preocupação de Charlie.

“Jeff, desculpe, retornaremos a ligação.” Ele disse antes de desligar e discar o número do médico. Após uma breve explicação, eles foram orientados a monitorar as contrações e entrar em contato com o hospital se elas se tornassem mais frequentes ou intensas.

As contrações persistiram, ficando mais intensas a cada momento que passava. As esperanças iniciais de Babe de que eram apenas contrações de Braxton Hicks desapareceram quando a dor se tornou inegável. Charlie permaneceu ao seu lado, oferecendo palavras de encorajamento e apoio enquanto se preparavam para encarar a realidade de Babe entrar em trabalho de parto mais cedo do que o esperado.

Com uma sensação de urgência, eles juntaram suas malas de hospital e foram até o carro. Charlie dirigiu o mais cuidadosa e rapidamente que pôde, navegando pelas ruas com precisão, apesar da crescente tensão no ar.

Depois de um longo e exaustivo procedimento de parto, Babe finalmente deu as boas-vindas aos seus gêmeos ao mundo. No entanto, o custo da experiência foi imenso e Babe desmaiou de exaustão antes de ter a chance de vê-los.

Enquanto Babe estava inconsciente, Charlie permaneceu ao seu lado, com o coração pesado de preocupação. A equipe médica atendeu rapidamente às necessidades de Babe, garantindo que ele ficasse estável e confortável após o pedido.

Assim que Babe foi acomodado, a equipe médica voltou sua atenção para os gêmeos recém-nascidos. Com cuidado, eles limparam e examinaram os bebês, garantindo que estivessem saudáveis e prosperando após a chegada.

Charlie, dividido entre ficar ao lado de Babe e querer ver seus bebês, sentiu uma onda de emoções ao olhar para seus filhos recém-nascidos pela primeira vez. Lágrimas de alegria brotaram de seus olhos quando ele viu seus preciosos pequeninos, uma mistura de exaustão e amor avassalador tomando conta dele.

“Eles são lindos”, Charlie sussurrou, sua voz cheia de emoção quando ele estendeu a mão para tocar seus dedinhos.

Enquanto a equipe médica terminava as avaliações e se preparava para levar os bebês para o berçário, Charlie se inclinou para dar um beijo gentil na testa de Babe, prometendo silenciosamente atualizá-lo assim que ele acordasse.

Com o coração pesado, Charlie acompanhou a equipe médica enquanto levavam os bebês para o berçário, seus pensamentos consumidos pelo desejo de compartilhar a feliz notícia com Babe assim que ele recuperasse a consciência.

No berçário, Charlie ficou parado, observando com admiração enquanto as enfermeiras cuidavam de seus gêmeos recém-nascidos. Seu coração se encheu de alegria ao testemunhar os pequenos e delicados seres vestidos com as roupas adoráveis que Babe havia escolhido amorosamente para eles.

A visão dos bebês, confortavelmente envoltos em seus cobertores, encheu Charlie de uma sensação avassaladora de felicidade e gratidão. Apesar da exaustão e dos desafios que enfrentaram, ver os seus bebés saudáveis e contentes trouxe uma sensação de paz e realização diferente de tudo o que alguma vez tinham experimentado antes.

Enquanto as enfermeiras embalavam delicadamente os gêmeos, Charlie não pôde deixar de se maravilhar com suas feições minúsculas – a curva delicada de seus narizes, a suavidade de suas bochechas e a maneira como seus dedinhos se enrolavam. Cada momento passado com eles encheu o coração de Charlie de amor e admiração sem limites.

Com um sorriso suave, Charlie estendeu a mão para tocar suas mãozinhas, seus dedos tremendo levemente de emoção. Naquele momento, enquanto estava no berçário, cercado pelo amor e carinho da equipe médica, Charlie sentiu um vínculo inquebrável se formar entre ele e seus filhos recém-nascidos.

“Eles são perfeitos”, Charlie sussurrou, sua voz quase inaudível acima do zumbido suave do berçário. Lágrimas de alegria brotaram de seus olhos quando ele se inclinou para dar um beijo carinhoso na testa de cada bebê, prometendo silenciosamente amá-los e cuidar deles por toda a eternidade.

Babe se mexeu, emergindo lentamente das profundezas do sono depois de exatamente oito horas. Suas pálpebras se abriram e ele piscou algumas vezes para se ajustar à luz suave que entrava no quarto. Quando o ambiente ao seu redor entrou em foco, ele percebeu que estava em uma cama de hospital, com o cheiro estéril de anti-séptico pairando no ar.

Esfregando os olhos, Babe sentou-se cautelosamente, sentindo o corpo pesado e lento devido aos efeitos da anestesia e da exaustão. As memórias do procedimento do parto voltaram à sua mente – as horas de trabalho de parto, a incerteza e a avassaladora torrente de emoções.

Respirando fundo, Babe olhou ao redor da sala, procurando por Charlie. O alívio tomou conta dele quando viu seu parceiro sentado próximo, sua expressão era uma mistura de exaustão e pura alegria.

“Charlie”, Babe gritou suavemente, sua voz rouca por desuso.

Charlie se virou, seus olhos brilhando de alívio ao ver Babe acordado. “Ei, amor”, ele respondeu, sua voz cheia de calor e carinho. “Como você está se sentindo?”

Babe conseguiu dar um sorriso fraco, estendendo a mão para Charlie. “Cansado”, ele admitiu, sua voz quase um sussurro. “Mas tudo bem.”

Charlie se aproximou, pegando a mão de Babe entre as suas. “Você foi incrível, Babe”, disse ele, com a voz cheia de orgulho. “Estou tão orgulhoso de você.”

O sorriso de Babe se alargou com as palavras de Charlie, uma onda de amor e gratidão enchendo seu coração. “Onde estão os bebês?” ele perguntou, de repente ciente de sua ausência.
Babe“Eles estão no berçário”, respondeu Charlie, apertando a mão de Babe de forma tranquilizadora. “Eles são saudáveis e bonitos, assim como os pais.”

Uma sensação de alívio tomou conta de Babe quando ouvi a notícia. Apesar da exaustão, ele sentiu uma onda de excitação ao pensar em finalmente conhecer seus gêmeos recém-nascidos.

“Eu quero vê-los”, disse Babe, com a voz cheia de determinação.

Charlie, levantando-se da cadeira. “Claro, amor”, disse ele, com os olhos brilhando de emoção. “Deixe-me chamar a enfermeira.”

Quando Charlie saiu da sala para buscar uma enfermeira, Babe recostou-se nos travesseiros, sentindo uma onda de exaustão tomar conta dele mais uma vez. Mas por baixo do cansaço havia uma sensação de profunda felicidade e contentamento.

Ao se aproximarem do berçário, a respiração de Babe ficou presa na garganta ao ver os pequenos pacotes embrulhados em cobertores, pacificamente aninhados em seus berços. A enfermeira colocou delicadamente um dos bebês nos braços de Babe, tomando cuidado para não perturbar seu sono.

Os olhos de Babe se encheram de lágrimas quando ele olhou para o rostinho precioso, dominado pela emoção ao perceber que agora era pai. Ele gentilmente passou o dedo na bochecha do bebê, maravilhando-se com a suavidade da pele e os traços delicados que refletiam os seus.

“Eles são perfeitos”, Babe sussurrou, sua voz embargada de emoção enquanto ele olhava para Charlie, que estava ao lado dele, seus olhos brilhando com lágrimas.

“Eles são”, Charlie respondeu, sua voz cheia de amor e admiração. “Assim como você.”

Juntos, eles passaram os momentos seguintes admirando seus gêmeos recém-nascidos, sentindo uma indescritível sensação de alegria e admiração pelo milagre da vida. Naquele momento precioso, toda a exaustão e dor do trabalho de parto desapareceram, substituídas por um sentimento avassalador de amor e gratidão pelos preciosos presentes que seguravam nos braços.

Corações Acelerados (Omegaverse)Onde histórias criam vida. Descubra agora