Capítulo 29

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“Bem, eu... finalmente trouxe meus pequenos seres ao mundo.” Ele disse e assim que as palavras foram pronunciadas, os comentários enlouqueceram e mais pessoas continuaram a participar da live para obter informações em primeira mão.

Ele leu muitos comentários que o parabenizavam por se tornar pai. E naquele momento Charlie se juntou a ele no quadro para compartilhar a alegria com ele, a seção de comentários ficou mais louca.

“Oi.” Charlie acenou para a câmera para retribuir os cumprimentos. Ele abraçou Babe por trás, assim como os fãs por seu amor.

Comentário: espere, ele acabou de dizer ‘seres’ como em gêmeos...

“Uh... sim, eles são gêmeos, um menino e uma menina”, houve um monte de ‘aww’ nos comentários. Alguns fãs perguntaram se poderiam vê-los, enquanto outros pediram que esperassem até que o bebê estivesse pronto para apresentá-los aos olhos do público. Todo tempo Babe sorria enquanto respondia algumas outras perguntas feitas e Charlie respondia aquelas que eram dedicadas a ele. Os fãs disseram para ele cuidar bem do bebê para que quando ele estivesse pronto pudesse resumir suas corridas. Charlie prometeu a eles que sim.

O show transcorreu bem com Babe garantindo aos fãs que ele poderá voltar às corridas quando chegar a hora.

Quando o show terminou, Babe deu um suspiro de satisfação. Ele tem muita sorte de ter fãs que o entendem.

Enquanto o casal cumpria sua rotina matinal habitual de alimentar as crianças, uma batida repentina na porta interrompeu suas atividades. Eles trocaram olhares perplexos, nenhum deles esperando visitas àquela hora.

“Quem poderia ser?” Babe sussurrou, franzindo a testa em confusão. Charlie balançou a cabeça, igualmente sem noção.

“Vou verificar”, disse Charlie, caminhando em direção à porta com cautela. Ele espiou pelo olho mágico para confirmar a identidade do convidado inesperado e depois sinalizou para Babe com um sinal de ‘ok’ antes de abrir a porta. Eram Pete e Way.

“Desculpe pela visita não anunciada, mas vocês viram a notícia?” Way disse, dando um rápido abraço em Charlie antes de ir até onde Babe estava sentado.

“Que novidades?” Babe perguntou, colocando Bailey gentilmente em seu carrinho. Way pegou o controle remoto e ligou a TV, revelando a manchete sobre a recente adição à família.

“O rei do sagrado, Babe, junto com seu parceiro Charlie, deram as boas- vindas aos seus pequeninos ao mundo”, anunciou o âncora do noticiário, acompanhado de capturas de tela de sua transmissão ao vivo no dia anterior.
Os olhos de Babe se arregalaram de surpresa enquanto ele observava o desenrolar do relatório. “Uau... eu não esperava por isso”, comentou ele, incapaz de desviar o olhar da tela.

“Com sua poderosa base de fäs, tudo é possível”, comentou Way com um sorriso.

“Mas não foi por isso que vim aqui. Vim ver meus pequeninos”, disse Way, movendo-se em direção aos carrinhos de Bailey e Billy e dando- lhes atenção.

“Você sabe que poderia ter ligado para vir aqui”, brincou Babe, com as mãos nos quadris.

“Shh...” Way ignorou o comentário de Babe, completamente empolgado em brincar com os bebês.

“Na verdade, estamos aqui para dizer adeus”, Pete interrompeu, trazendo a conversa de volta aos trilhos.

“Tchau? Onde vocês estão indo?” Charlie perguntou, curioso.

“Estamos saindo de  férias, passaremos um tempo na   Coreia”, respondeu Pete, consultando o relógio. “Nosso võo sai em duas horas.”

“Ah, vou sentir falta de vocês dois”, disse Way às crianças, com a voz tingida de tristeza.

“Nós só ficaremos fora por cerca de um mês”, acrescentou Way, finalmente se afastando das crianças.

“Certifique-se de nos ligar no FaceTime todos os dias e nos manter atualizados”, Way os lembrou, dando um abraço em Babe e Charlie antes de partirem para o aeroporto.

“Eu realmente os amo”, Charlie comentou, observando-os partir.

“Sim, eles serão bons o pais no futuro”, Babe concordou, com um sorriso afetuoso brincando em seus lábios.

Enquanto continuavam a conversa, outra batida soou na porta.

“Eles esqueceram alguma coisa?” Charlie se perguntou em voz alta enquanto ia atender. Mas não eram Pete e Way que estavam do outro lado.

“Olá... você é...” A voz de Charlie foi sumindo.

“Charlie, quem é?” Babe se aproximou, arregalando os olhos de espanto diante do visitante inesperado.

“Pa...” Babe sussurrou.



A tensão na sala era palpável, os únicos sons que preenchiam o ar eram os arrulhos suaves de Bailey e Billy, inconscientes da atmosfera pesada ao seu redor. O visitante inesperado de Babe, a quem ele chamava de “pai”, sentou-se em frente ao casal, lançando uma sombra sobre a sala com sua presença. Charlie não pôde deixar de notar as semelhanças impressionantes entre pai e filho, suas feições se espelhando em uma estranha semelhança.

À medida que o silêncio se prolongava, Charlie sentiu a necessidade de quebrar o gelo. “Uh... então... meu nome é Charlie... e você é...?” ele disse sem jeito, estendendo a mão em saudação.

“Prazer em conhecê-lo, Charlie. Meu nome é Reval”, o homem respondeu educadamente, apertando a mão de Charlie.

Os nervos de Charlie estavam à flor da pele ao perceber que estava cara a cara com o pai de Babe, uma figura que ele nunca pensou que conheceria. Sentindo o peso da situação, continuei. “Ok, o que... por que você nos visitou?” A voz de Charlie tremeu ligeiramente, traindo sua ansiedade.

“É um pouco complicado, garoto, mas...” O olhar de Reval mudou para Babe, mas Babe permaneceu estóico, recusando-se a encontrar os olhos de seu pai. Charlie trocou um olhar preocupado entre eles, sentindo a tensão profunda que pairava entre pai e filho.

“Eu vim com a esperança de conversar com meu filho”, Reval finalmente admitiu, com o olhar ainda fixo em Babe.

Charlie sentiu o desconforto de Babe e quis apoiá-lo, mas antes que pudesse intervir, Babe falou, seu tom frio e imparcial. “E quem seria? Não acho que ele esteja aqui, então acho melhor você ir embora.” Os braços de Babe estavam cruzados defensivamente sobre o peito, sua expressão ilegível.

“Babe...” Charlie começou, querendo intervir, mas o olhar severo de Babe o silenciou.

“Charlie, por favor, não”, interrompeu Babe, com a voz firme e decidida, não deixando espaço para discussão.

Charlie podia sentir a tensão aumentando na sala enquanto Reval se preparava para falar. “Babe, preciso explicar... preciso te contar por que fiz o que fiz”, começou Reval, com a voz tingida de arrependimento e tristeza.

Babe permaneceu em silêncio, com uma expressão cautelosa, mas Charlie podia ver a agitação por trás de seus olhos.

“Cometi um erro, um erro grave”, continuou Reval, seu olhar implorando para que Babe entendesse. “Eu estava em uma situação desesperadora, me afogando em dívidas e à beira da falência. Tony, ele me ofereceu uma tábua de salvação, prometeu cuidar de você, cuidar de Você de uma maneira que eu não poderia.”

A mandíbula de Babe apertou com a menção do nome de Tony, um lampejo de raiva cintilando em suas feições.

“Eu acreditei nele, confiei nele”, continuou Reval, sua voz tremendo de emoção. “Eu assinei alguns papéis, pensando que era apenas um acordo temporário, que eu iria trazer você de volta assim que me recuperasse. Mas... mas eu estava errado.”

Suas palavras ficaram pesadas no ar, o peso de sua confissão foi absorvido. Charlie observou a expressão de Babe se suavizar, as paredes que ele havia erguido desmoronando lentamente enquanto ele processava as palavras de seu pai.

“Tony... ele nunca pretendeu devolver você para mim”, admitiu Reval, com a voz carregada de culpa e arrependimento. “Ele me usou, me manipulou... e eu sinto muito, Babe. Sinto muito pelo que fiz.”

Babe permaneceu em silêncio, os olhos fixos no pai, as emoções girando dentro dele. Charlie estendeu a mão, colocando uma mão reconfortante no ombro de Babe, oferecendo seu apoio silenciosamente.

Depois de um momento de silêncio tenso, Babe finalmente falou, sua voz quase um sussurro. “Por que... por que você desapareceu? Por que você não tentou me encontrar?”

“Eu não suportaria ficar perto de você, sabendo o que tinha feito”, confessou Reval, com a voz pesada de pesar. “Mas eu observei você, acompanhei sua carreira, comemorei suas vitórias, lamentei suas derrotas. Eu queria estar lá para você, para consertar as coisas, mas... mas eu não sabia como.”

Babe ouviu, com o coração pesado e uma mistura de emoções enquanto processava as palavras do pai. A constatação de que seu pai esteve cuidando dele durante todo esse tempo o encheu de uma sensação de calor agridoce, misturada com a dor de seu relacionamento fraturado.

“Quando Tony foi preso, senti um raio de esperança”, admitiu Reval, com a voz cheia de alívio. “Eu sabia que era minha chance de finalmente voltar para sua vida, para reparar os erros que cometi.”

Charlie assistiu à conversa entre pai e filho, com o coração dolorido por ambos. Apesar da dor e do arrependimento que pairavam no ar, ele podia ver o brilho de esperança nos olhos de Babe, a possibilidade de reconciliação brilhando no horizonte.

“Eu quero consertar as coisas, Babe”, disse Reval, sua voz cheia de determinação. “Quero fazer parte da sua vida, apoiá-la, recuperar o tempo perdido. Mas entendo se você não puder me perdoar... se quiser que eu vá embora.”

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O olhar de Babe suavizou-se quando ele olhou para o pai, vendo a vulnerabilidade e a sinceridade em seus olhos. “Eu... eu não sei o que dizer”, ele admitiu, com a voz tremula de emoção. “Preciso de tempo... tempo para processar tudo, para descobrir o que quero.”

Reval concordou compreensivamente, uma sensação de resignação tomando conta dele. “Eu te darei todo o tempo que você precisar, Babe”, ele prometeu, sua voz cheia de uma determinação silenciosa. “Só saiba que sempre estarei aqui, esperando a chance de consertar as coisas.”

Com essas palavras, Reval levantou-se da cadeira, com uma sensação de determinação em seus passos enquanto se preparava para sair. Charlie fez o mesmo, oferecendo a Ravel um sorriso tranquilizador enquanto o acompanhava até a porta.

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⏰ Última atualização: 17 hours ago ⏰

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