Nós contamos tudo ao Sunghoon, e ele parecia curioso, mas tratou como algo normal.
"Algo tem me incomodado à noite", ele começou.
"O que você quer dizer ?"
"Eu não sei, mas continuo ouvindo sussurros em um idioma desconhecido. No entanto, de alguma forma eu sou capaz de entender isso. Vio, lembra da primeira noite em que fiquei na sua casa?"
"Claro."
"Eu estava exausto e tentei dormir, eu não dormia à dias. Me amarrei à cama com as algemas que Sunoo me emprestou e tentei dormir. Ele me dominou e me deixou inconsciente."
"Ele?"
Sunghoon nos mostrou as marcas em seus pulsos.
"vocês podem imaginar o que aconteceu, mas acho que meus pés estão piores."
ele riu
"De qualquer forma, acho que o que está me incomodando pode estar relacionado ao que aconteceu com Jungwon, na forma do Jay, acho que essa coisa pode se transformar em nossas emoções mais profundas."
. . .
Após avistar o médico, todos nós nos levantamos rapidamente.
"Como ele está?"
"Ele vai ficar bem" — disse o médico.
Eu podia ouvir os suspiros de alívio, alguns até se sentaram.
"Apenas um visitante, por favor"
Olhei para trás e eles pareciam concordar que o visitante deveria ser eu.
– Vá. — disse sunghoon.
o médico me levou para a sala onde Jungwon estava. De lá em diante, estávamos sozinhos na sala. Sentei-me em um banquinho ao lado da maca e segurei suavemente a mão dele.
"Lembra daquela vez que tomamos sorvete em forma de bichinhos ?"
Eu dei uma risada leve e gentil, não querendo acordá-lo.
"Você estava tão feliz... você estava com aquele sorriso deslumbrante que não poderia ser extinto por nada."
Um olhar de tristeza atravessou meu rosto quando minhas lágrimas caíram.
"Perdemos tanto... não estamos nos importando um com os outros como costumávamos. Sunoo é irreconhecível, estou tão angustiada, nunca tive tanto medo de perder alguém."
"Jungwon... nenhum de vocês merecem isso..."
Eu fiquei lá, chorando e acariciando suavemente o cabelo dele, meus olhos expressando uma imensa quantidade de amor. Em meio a todo esse caos, eu só queria poder cuidar dos meninos.
"eu prometo que quando tudo se acalmar, nós iremos tomar aquele sorvete de novo."
Depois de alguns minutos, eu havia adormecido na beira da cama. Fui acordada com os movimentos leves de jungwon, ele sorriu para mim.
"oi, Boa tarde!" — Eu disse animada
Seus lábios pálidos fizeram um esforço para se mover.
"Eu te amo."
Meu coração sentiu o calor desse afeto. Eu me perdi em outras realidades. Eu nunca havia ouvido essa frase antes, era um sentimento inexplicável.
. . .
Depois que chegamos em casa, fui imediatamente organizar meu quarto, pois Jungwon estava programado para receber alta no dia seguinte, e eu queria que ele ficasse comigo. Enquanto eu estava organizando meu armário, me deparei com uma fita que tinha o título "Fate" escrito nela. Isso me deixou curiosa, pois não me lembrava de Jay ter deixado comigo.
Eu fiquei encarando aquela fita, até me recordar;
"Violet, posso entrar?" Jay bateu na porta.
"Claro, entre", eu respondi enquanto me sentava na cama.
Jay abriu a porta e, depois de olhar ao redor do quarto, sentou-se ao meu lado.
"Eu queria te mostrar uma música", ele disse.
"Música?" Eu perguntava curiosamente.
"Sim! Você tem..." ele foi interrompido por ela.
"Está lá", ela apontou para o toca-fitas.
Ele sorriu e inseriu a fita.
A música era diferente de tudo o que meus ouvidos já tinham ouvido. Parecia que eu estava voando. Era de outro planeta, outro universo, outra realidade. Eu podia ver todas as boas lembranças que eu tinha esquecido. A música se chamava "When It's Cold I'd Like to Die". Jay explicou que foi uma inspiração que levou os meninos a criar uma pequena banda de garagem. A única música que eles já fizeram foi "Fate", mas desistiram e se concentraram em seus estudos e outros hobbies.
Esta música tem tocado na minha mente repetidamente.
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Sentei-me na cama, inseri a fita no toca-fitas e ouvi aquela música surreal. Percebi o quanto senti falta dos momentos que passamos juntos. Aquele dia na praia... foi inesquecível, soando como aquela música. Era como o que eu não conseguia expressar, aquela música expressava. Enquanto a melodia tocava, eu me deitava na cama, abraçando o travesseiro.
"Jay, estou com tanto medo..."
Eu só podia imaginar o garoto me segurando com força, dizendo que tudo ficaria bem e que eu tinha acabado de ter um pesadelo. Senti falta daqueles sorrisos, daquelas conversas, daqueles jogos. Meu coração estava ficando cada vez mais amargo, se torturando, eu tinha chegado a um ponto em que as lágrimas não eram mais capazes de sair.
Eu só tinha essas pessoas.
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