corra!

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    Faziam alguns dias desde que Kiri contou a Rotxo sobre a gravidez e ele conversou com sua mãe que estava tentando cancelar o casamento, porém a outra família insistia em continuar. Pois para eles não teria motivo algum para que isso não acontecer já que eles n sabiam de Kiri ou da criança que em breve ela daria a luz.

     O dia começou com Rotxo na porta da casa de seu melhor amigo pois não estava muito bem. Sua cabeça estava um turbilhão pois pensava no casamento do qual nunca concordou; pensava em Kiri, se ela iria ficar bem, se o bebê iria ficar, se ele a veria de novo para conversarem, se ele iria poder cuidar também do filho. Não queria deixar tudo na mão de kiri, ele quer assumir essa criança, ele quer amar ela.

- ... Mas você acha que ela vai voltar para cá mês que vem?

- acho que sim sua família não a deixaria sozinha lá em Omatikaya, por mais que ela tenha a avó; Jake e neytiri não a deixariam lá sozinha.- disse Ao'nung

- e outra ela disse que ama as praias e o recife. Por que não viria.

   Ficaram consolando o amigo até o início da tarde que foi quando o tempo começou a fechar o céu estava tão escuro que parecia noite, porém era só a hora do almoço. De pois de Ao'nung, Neteyam e T'sereya comerem foram ajudar a arrumar algumas coisas da vila  para proteger do temporal que logo iria cair. Mesmo sem muito força ou condições Neteyam tentou ajudar com o que podia, porém no fim acabou meio mal, tanto é que foi o primeiro a voltar para casa.

     Quando a noite caiu a tempestade logo veio junto  no momento em que já tavam ela não estava tão forte mas tinham muitos trovões e alguns raios e na porta da casa de Ao'nung era possível ver a sombra de uma pessoa grande que carregava em seu colo um pacotinho chorão.

- filha posso entrar?- perguntava Tonowari

- claro pai entra - respondia T'sereya com uma voz calma.

- seu irmão está? Eu tava precisando dele. Não sei o que ele faz mas Kay não para de chorar por estar com medo dos trovões.

- vou chamar ele. Também não entendo até hoje com ele faz para acalmar ela

     Logo ele chegou na sala cumprimentou o pai que quase de imediato entregou a sua caçula nós braços do filho mais velho. A pequena criança realmente estava assustada com a chuva forte que vinha com barulhos aterrorizantes.

- obrigado meu filho. Aliás ela pode passar a noite aqui? É porque eu e sua mãe vamos ficar de vigia pela madrugada, para caso algo aconteça sabe. Não quero kay'ini no meio do caos .

- claro que ela pode pai sempre pode.- disse o primogênito enquanto olhava a irmã mais nova e tentava a acalmar. Logo antes do pai dos jovens ir embora ele deu um beijo na testa de todos.

     A noite foi ficando mais profunda Neteyam foi o primeiro a dormir, ele foi pouco antes de Kay chegar; logo depois Ao'nung fez sua pequena irmã se acalmar, alguns poderiam sim considerar o filho mais velho de Tonowari louco, mal educado, rude ou até maluco mesmo, mas ninguém poderia falar que ele eram um péssimo irmão mais velho, até porque ele era um ótimo irmão ele as defende e cuida das caçulas com todo o seu coração; por fim ele deixou que Kay fosse dormir com T'sereya e foi para seu quarto. Onde lá você poderia encontrar um Omatikaya em sono profundo.

     Durante a madrugada a chuva se intensificou e mar estava mais agitado, estava perigoso para qualquer um que não fosse treinado o suficiente.

     Ao'nung acordou ouvindo alguns murmúrios, que ao notar vinham de Neteyam, a semanas ele não tinha pesadelos. Então porque agora teria um? Logo ao notar o que era ele fio tentar acordar o outro, mas talvez não tenha dado tão certo, já que o garoto ao "acordar" estava novamente alucinando.

O Que Não Te Contaram De Pandora.Onde histórias criam vida. Descubra agora