Eu acordo de uma vez, num susto. Ergo o corpo todo de uma vez e percebo que eu não deveria ter feito isso. Meu rosto repuxa a dói: Nada era pesadelo, eu realmente fui atacada. Dou um grito na hora que acordo, acho que para testar a realidade, e a realidade é esta: um curativo imenso no lado direito do meu rosto.
— Acordou. — Madame Pomfrey comenta, percebe. E então toda aquela reunião de aluno machucado se instala: Diretor Dumbledore, diretores das casas, lero-lero...
— Senhorita Maschiaver, como está se sentindo? — Dumbledore pergunta, cordialmente, finge que não vê o curativo imenso no meu rosto.
— Viva — digo, afiada — Talvez com o rosto dilacerado, mas viva.
— Madeline, sinto muito que isso tenha acontecido — Minerva lamenta, eu dou um sorrisinho de lado (do único lado do rosto que eu consigo mexer) — Nenhum de nós imaginou que algo assim poderia acontecer, nos perdoe... Você transitava sozinha para Hogsmead durante o fim de ano e nós sempre confiamos... Nos sentimos imensamente culpados...
— Discordo professora, eu não me sinto culpado — diz Snape, e aí eu penso que não faz muito sentido os outros diretores das casas estarem aqui, só Minerva é responsável por mim — Entretanto, sabemos quem é o verdadeiro culpado...
— Severo! — McGonagall chia, tentando censurar. Mas eu fico bastante curiosa. Acho que também sei.
— Severo, não é o momento para tratar disso. —o diretor corta, mas já foi o suficiente para trazer o lampejo desse assunto à luz.
— Madeline, gostaríamos de verificar como você está. Ficamos felizes que tenha acordado. — Minerva enfatiza, mas com um alongamento de silêncio no fim da frase como o de quem espera que eu diga mais alguma coisa. E, ao mesmo tempo, o de quem torce para que eu não diga nada a mais.
Eu digo alguma coisa:
— Meu pai sabe do que aconteceu comigo?— Oh, sim — ela diz, meio envergonhada — Infelizmente, por ele ser trouxa, é impossível que ele venha fazer uma visita. Mas mantivemos contato com ele para deixá-lo à par da sua situação. Você deveria mandar uma carta para ele o mais breve que conseguir... mas, primeiro, se preocupe em descansar.
Meio que a conversa se estica sem eu entender como, deve ser porque estou zonza do ataque, ainda. Todo mundo fala um pouco, menos eu. Percebo que o cantinho da minha boca dói muito quando eu faço qualquer esforço de articulação. Mas eu sei que a conversa se encaminha para o seu fim quando o diretor Dumbledore faz sua pergunta conclusiva:
— Senhorita Maschiaver, você tem alguma lembrança que possa revelar quem ou o quê lhe atacou?Então eu fico em silêncio, mais em silêncio do que eu já estava. Minha memória tem alguns flashes, que eu não sei se são exatamente verdades ou se são alucinações do coma. Sinto a ferida ardes e molhar, sinto que tem mais sangue sujando o curativo. É como se o corpo me apressasse a dar uma resposta. Mas eu sempre gostei de tirar a prova antes, sozinha. Irresponsável.
Eu guardo a resposta. Balanço a cabeça negativamente e sinto o sangue escorrer pra dentro da boca quando eu falo:
— Não senhor.
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Vocês precisam perdoar os capítulos curtinhos, porque eu preciso pegar o jeito de escrever de novo, combinado? <3
Amo vocês que acompanham aqui e esperam capítulo mesmo com as mesmas ausências. Prometo que não vou abandonar, de verdade!
(E me deem sugestões de coisas que podem acontecer, que eu possa escrever - não garanto que vou realizar, mas vai me ser de GRANDE ajuda!)
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𝐦𝐞𝐬𝐬𝐲 𝐏𝐑𝐎𝐃𝐈𝐆𝐘 - Remus Lupin x oc
FanfictionAdmitido em Hogwarts como professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Remus Lupin se vê lidando com a confusão sentimental que é estar apaixonado por sua aluna excepcional; Madeline Maschiaver. [leia os avisos]