𝐦𝐞𝐬𝐬𝐲 𝐏𝐑𝐎𝐃𝐈𝐆𝐘 - Remus Lupin x oc

04. susto.

Capítulo 4:
susto

{Postando literalmente um capítulo atrás do outro porque to bem empolgada com essa fic :) Me digam o que vocês estão achando e o que eu posso melhorar!}

[PoV: Remus Lupin]

🌓

Em cima da minha mesa há uma pilha de testes, de um lado, e do outro uma fotografia tirada essa tarde. E só uma dessas coisas prendeu minha atenção por muito tempo.

É noite, um pouco depois do jantar. Eu não jantei. Não senti fome, e mesmo se tivesse sentido, preciso tentar corrigir todos esses testes hoje. Afinal, eu preciso dos resultados.

Mas não consigo avançar muito nisso, ou me concentrar. De vez em quando, as figuras se mexendo na foto me chamam a atenção. Por uma série de motivos:

Eu não tenho muitas fotos, não guardei quase nenhuma delas. E as memórias das minhas fotos antigas estariam muito distorcidas agoras. Eu muito provavelmente seria uma das únicas pessoas da foto que não são um cadáver, e isso é triste.

Mas nessa aqui não. Absolutamente todos são cheios de vida — talvez eu seja o menos cheio de vida ali. Mas todos os outros parecem felizes, animados. De um jeito que aquece meu coração. Acho que ser professor está me fazendo muito mais bem do que eu achei que faria, eu só espero que isso vá bem quando a primeira lua cheia chegar...

Há duas pessoas na foto que me chamam muita atenção: Harry, e como ele é quase um réplica de James — exceto pelos olhos —, e Madeline, que é o rosto mais autêntico que eu vi na vida. Ela não se parece com ninguém, e ninguém se parece com ela.

Preciso fazer uma pausa pra respirar. Respirar fundo.

Por algum tempo, consigo focar no meu trabalho. Corrijo alguns testes, o que me faz conhecer mais da minha turma e das potenciais dificuldades e talentos deles. Já me sinto um tanto esclarecido em que ritmo posso levar as aulas...

Já corrigi quase metade dos testes quando o dela aparece para ser corrigido. o nome Madeline Maschiaver escrito com uma letra curvada que parece que a caneta não soltou do papel nenhuma vez enquanto escrevia o próprio nome.

Eu estou admirado, ela tem certeza de tudo que diz até quando está escrevendo e, mesmo que não tenha acertado todas as questões, segue linhas de pensamentos muito corretas e lógicas em todas elas. Eu mesmo não teria respondido tão bem quanto ela aos meus... 16 anos? 17? Quantos anos Madeline tem, afinal?

Pego a foto de volta e me desconcentro totalmente do pergaminho. Me sinto estranho agora. Minhas sobrancelhas devem estar franzidas e eu estou beliscando meu próprio queixo, concentrado. Agora eu estou intrigado com o tanto que curiosidade que ela me causa. E um pouco desconfortável.

De repente, ouço três batidas na minha porta antes que ela seja aberta bruscamente. Por algum motivo fico muito nervoso — como se estivesse fazendo alguma coisa de errado (talvez eu esteja) — e deixo a foto de lado, começo a rabiscar qualquer coisa nos papéis, para fingir que meu foco está ali.

A Professora Minerva está parada na porta, e eu levei um susto. Meu coração está errado o ritmo de todos os batimentos e meus dedos estão tremendo.

— Professor — ela me cumprimenta e eu acho que estou muito pálido e assustado para verbalizar alguma coisa. De repente estou pensando se fiz alguma coisa errada, mas logo ela completa — Vai haver uma reunião agora. É importante que você esteja lá.

Finalmente consigo respirar de novo.
— Claro. Obrigado por me avisar, professora.

Mas ela não se demora, logo sai e fecha a porta novamente. Engulo em seco, agora eu estou muito desconfortável. Senti que estava fazendo alguma coisa de errado porque eu, de fato, estou. Talvez minha curiosidade em Madeline não seja exatamente acadêmica. Talvez eu ter olhado tantas vezes essa foto, e ficar tão ansioso para ver ela nas aulas não seja só porque a acho uma boa aluna. Eu não gostaria de admitir que estou perto de estar interessado em uma aluna. E isso não deveria acontecer.