°3 - Fugaku Uchiha - parte 1°

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   Fugaku, Mikoto e Itachi estavam à caminho de Konoha, onde Sasuke estava morando. As férias de verão tinham começado, e era tempo da "família" se reunir.

   - Sasuke, por que não nos cumprimentou? Apenas os empregados estavam aqui para nos receber. - O patriarca reclamou pela décima vez desde que chegaram.

   - Deixe o menino, querido. Sasuke só não está mais acostumado, não é, meu anjo? - Mikoto perguntou ao filho mais novo.

   - Eu...

   - Ele está aqui para aprender a ser mais respeitoso, não para ficar pior!

   - Pai! Deixe o Sasuke em paz.

   - Itachi... - O tom da voz saiu com um pouco de raiva, mas não questionou.

   - Sasuke, vamos para o jardim conversar, hm? Temos que botar o papo em dia, irmãozinho.

   - Hm... Vamos então. - Pegou sua gata no colo, não precisou de palavras nem de olhares para Itachi saber que não seriam só os dois hoje.

   Andaram até o pequeno jardim atrás da casa, em silêncio. Nenhum dos dois disse uma palavra sequer, mas preferiam assim. Depois de alguns minutos se adaptando à presença um do outro novamente, Itachi resolveu quebrar o silêncio.

   - Então, Suke... Como está? Ainda se sente ressentido com o pai?

   - Ainda pergunta? - Questionou, acariciando sua gata, que estava em seu colo.

   - Pergunta idiota, eu sei... Sinto muito, eu e mamãe tentamos impedir, mas...

   - Não sinta. Não é sua culpa, é dele.

   Itachi suspirou, aquele não era mais o irmão adorável, simpático e carinhoso que tinha. Se tornou amargurado e frio... Lembrava alguém.

   - Irmão... Eu sei que ele não é a melhor pessoa do mundo, mas... Ok, não tem "mas". Você tem razão em sentir o que está sentindo, quer desabafar comigo?

   - Não precisa... Já desabafei tudo o que eu precisava. Só... Obrigada, muito obrigada. - Sorriu, enquanto ainda acariciava Terasu.

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   Um tempo se passou, e já era noite. Sasuke estava em seu quarto, tendo uma de suas sessões diárias com seu psicólogo. Não que falasse alguma coisa durante aquelas sessões, o doutor nunca tinha sequer ouvido sua voz, mas respondia tudo em sua mente.

   - Como foi seu dia hoje?

   "Uma merda como sempre, mas está pior do que o normal porque o desgraçado do Fugaku está aqui."

   - Ah... Pela sua expressão foi ruim. - O homem já sabia ler sua face. Deu pra ver a carranca de descontentamento se formar de baixo da máscara do indivíduo.

   "Oh, você não sabe o quanto."

   - Teve algo que te alegrou?

   "Terasu e meu irmão. Minha mãe seria incluída nessa lista se tivesse pelo menos a decência de ter impedido o marido de vir aqui."

   - Teve sim, sua expressão suavizou. Mas algo ruim veio à sua mente depois... - O grisalho anotou, como sempre fazia. - Seu pai chegou hoje, não? Foi a primeira vez que eu o vi pessoalmente... - O homem era seu psicologo desde o meio do ano, os outros desistiram de seu comportamento. - Como é sua relação com ele?

Casarão - SasunaruOnde histórias criam vida. Descubra agora