Novamente, o loiro estava na casa mal assombrada. Nem sabia o porquê de estar tentando ajudar o fantasma emo, já que o mesmo parecia o odiar e não colaborava com nada do que tentava fazer. Estava tentando decidir o que fazer para ajudar o espírito em sua frente, até que teve uma idéia.
- Bom, eu consigo te enxergar, e posso tocar em você sem te "atravessar"... Você consegue aparecer pras outras pessoas também? - O espírito, que até agora o ignorava, olhou para ele curioso.
- Obviamente... Bom, eu tenho um tempo limite em que posso ficar aparente para mortais. Só consigo até no máximo 3 dias seguidos, depois tenho que descansar para fazer de novo.
- Você já saiu dessa "casa" depois que morreu?
- Não. Eu era uma figura pública, dobe! - "Dobe" era o seu novo apelido. Sasuke sempre o chamava assim. - Claro que iriam me reconhecer na rua se eu saísse.
- Oh, teme! - Devolveu a ofensa. - Muito simples, é só você usar um disfarce!
- Iriam suspeitar de um completo estranho do nada em uma cidade tão pequena.
- Eu conheço gente nova todo dia. Vai por mim, não iriam desconfiar se você andar comigo. E se quiser sair daqui, é melhor cooperar! Eu tô te ajudando de livre e espontânea vontade!
Sasuke gruniu, mas sabia que era sua melhor chance no momento.
- Tá, mas por quê? Vai dizer que já descobriu o motivo de eu ainda não ter ido para o plano espiritual?
- Eu tenho uma ideia... Você até hoje não superou tudo o que aconteceu aqui, isso é fato, mas a razão talvez seja por causa do ambiente. Quase todos os seus maiores traumas aconteceram aqui nessa casa, sair talvez ajude!
Sasuke pensou. Era muito arriscado alguém suspeitar de um estrangeiro em um lugar tão isolado, e ainda mais, sem parentes para ter uma desculpa. Franziu a testa, pensante. Uma veia saltou de sua testa, quase dava para ver a fumaça saindo de suas orelhas.
- É só você falar que veio de férias e dizer que um parente próximo morava aqui. Fácil.
De santo aquele loiro só tinha a cara. A rapidez com que ele pensou em uma desculpa o fez ter pena dos pais dele.
- Tá, e esse negócio de disfarce? Como vamos fazer isso? Preciso de roupas que me escondam e de outro nome.
- Ah, sim. As roupas... Você é um pouco mais alto que eu. Mas eu tenho algumas roupas de tamanhos maiores que dá pra cobrir o rosto. Nunca às uso por causa do tamanho, mas tenho muita preguiça de trocar, então ninguém vai suspeitar de você usar as minhas roupas.
- Você tem uma puta sabedoria desbalanceada, muleque.
O loiro que não sabia se levava como algo bom ou ruim.
- Não é um elogio.
E novamente, era como se o moreno lesse sua mente.
- Vai se foder! - Cruzou os braços.
O Uchiha sorriu, sínico. Odiava aquele deboche.
- Agora, um novo nome? Que tal Sas? - O moreno acenou com a cabeça, aceitando silenciosamente.
- E pra onde iremos ir, gênio?
O loiro sorriu, já tendo a resposta na língua.
- Primeiro: Pra onde todos os adolescentes de Konoha amam ir! Ichiraku!
O moreno levantou as sobrancelhas com a fala, surpreso. Um brilho nostálgico passou pelos seus olhos. Ia para lá quando era criança e não estava em cárcere. Quem diria que aquele restaurante ainda estava de pé.
- Depois, vamos para os lugares menos importantes, mas legais também, para te ajudar a esquecer tudo isso! Mas claro, com suas sessões de terapia gratuita. - Sorriu gentil.
O Uchiha suspirou, seria um longo dia.
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Eram por volta das 5h da tarde, Naruto tinha saído para pegar o disfarce há quase meia hora, quando finalmente voltou. O loiro entrou no quarto em que Sasuke deveria estar e se surpreendeu ao não ver ninguém, mas suspirou em alívio quando o espírito apareceu poucos metros à sua frente.
- Demorou.
- Já estava com saudades?
- Idiota.
O loiro riu e deixou uma sacola com as roupas em cima da cama.
- Vou sair e deixar você se vestir, vê se não demora.
Saiu do quarto e deixou o moreno dentro do quarto, esse que estava se perguntando onde se meteu. Colocou a roupa mais discreta - o que foi difícil, já que quase todas eram extremamente chamativas. - e pois o capuz que vinha nela, sabia que se alguém que o conhecesse visse seu rosto, estariam fritos. Aproveitou que seu cabelo era um pouco longo e deixou uma franja cobrindo parte dos seus olhos, um gótico total.
Quando Sasuke saiu do quarto, Naruto pegou sua mão e o guiou para fora do casarão, já impaciente, mas não deixou de fazer comentários sobre a franja no caminho. Foram discretos até chegarem ao ichiraku, e só quando chegaram Sasuke percebeu a merda que poderia dar. Esqueceu que Teuchi o conhecia! E se ele lembrasse dele? Ficou de cabeça baixa enquanto o loiro pedia a comida, rezando aos céus para que ele escolhesse por si.
- E você, Sas? - Merda!
Ele já sabia o que tinha no cardápio, mas para não ter que pedir, e não dar suspeitas, falou:
- O-o mesmo que o Naruto, por favor. - além de não saber o que Naruto tinha pedido, o homem em sua frente o olhou com desconfiança, provavelmente achando sua voz familiar, mas apenas anotou os pedidos. Franziu a testa quando viu dois lamens de porco serem servidos.
- Obrigado, Teuchi-san! - Começou a devorar a comida em sua frente.
- Obrigado... - Também começou a comer.
Teuchi sorriu e foi anotar os pedidos de outros clientes. Naruto notou que Sasuke estava desconfortável, então perguntou.
- Qual o problema? - Havia preocupação em sua voz.
- Talvez eu tenha esquecido o fato de que Teuchi provavelmente se lembra de mim e da minha voz...
O loiro suspirou.
- Bom, ele parece não desconfiar... Olha, nos próximos lugares que formos, veja se alguém lá te conhece! Pode dar muita merda...
Foi a vez de Sasuke suspirar, oh, ele sabia disso. Já estava se arrependendo.
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Finalmente! Sei que demorei muito, mas esse capítulo tava na metade há tempos pois estava sem criatividade, só consegui finalizar agora. Sinto muito pelo capítulo curto!
Desculpa às pessoas que estavam esperando! Provavelmente a próxima atualização vai sair mais cedo, entrei de férias hoje.
Qualquer dúvida ou sugestão, deixem nos comentários, vai ser de grande ajuda. Sinto muito por qualquer incoerência no capítulo, me avisem se perceberem. Bjs!!❤️
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Casarão - Sasunaru
FanfictionNaruto é um garoto alegre, espontâneo, hiperativo, e principalmente, manipulável. Sempre faz tudo o que seus amigos pedem para ele fazer. Hoje, seu grupinho inventou de ir até o casarão mal-assombrado perto do lago da pequena cidade em que moravam...