♟️「05」

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𝐈𝐰𝐚𝐳𝐮𝐦𝐢 ᵖᵒᵛ
「ᶤʷᵃᶻᵘᵐᶤ」

Lembro-me de escutar atentamente tudo que minha mãe dizia sobre ser importante escolher um parceiro para viver ao seu lado, apenas assim e unicamente assim, eu poderia me sentir completo. Um parceiro, qual a definição dessa palavras mesmo?

Talvez seja alguém com quem posso contar mesmo nas piores horas, alguém que vai sorrir para me confortar ou me da um sermão quando necessário. Uma pessoa que possa segurar minha mãe, que não tenha medo de um futuro incerto por acreditar no nosso relacionamento.

Um ômega que possa morrer por mim, que possa sorrir para mim em meio ao caos. Meu ômega tem um sorriso tão lindo, lembro-me tão vividamente do jeito que empinava o nariz para se gabar de algo ou quando ficava de bico quando não tinha o que queria.

Meu ômega cresceu e se tornou um ser muito mais belo e confiante.

Quando comprei 10 anos, precisei deixar ele, mas minha mãe me disse que isso seria apenas por um tempo e enquanto isso eu poderia me tornar mais corajoso para proteger e cuidar dele. Eu esperei tanto até poder ter notícias do meu ômega.

Aos 13 anos um cara de cabelos tingidos de loiro e um tão costumeiro cigarro no canto dos lábios, apareceu no dojo que eu treinava, dizia que queria conhecer o melhor atleta dali e me apresentei olhando sempre para cima, cabeça erguida.

– Olá, Iwazumi. Eu sou o Ukai – se apresentou o mais velho curvando minimamente a cabeça para o garoto de olhos verdes claros.

– Olá senhor Ukai. Estou a sua disposição

Pensando agora, foi algo ridículo recrutar crianças para fazer algo mais estúpido ainda. As chances de se apegar emocionalmente por algum colega e no dia seguinte está indo no hospital para visitá-lo ou no cerimônia para se despedir eram grandes.

Aos 18 anos, reencontrei o ômega que me fez prometer ser sempre seu e assim ele também seria meu, apenas meu, ninguém poderia encostar nele.

Por motivos óbvio, nunca compareci em nem uma reunião feita em conjunto com os ômegas do senhor Takeda, não me parece certo aparecer e tentar cobrar ou ser cobrado por uma promessa de crianças.

O fato de meu ômega ter passado por outras camas, mas nunca pela minha. Ter gritado o nome de vários enquanto eles podiam observá-lo em seu momento mais indefeso enquanto implorava por mais daquilo e teria, por que sei da habilidade de persuasão dele.

Meu ômega. Meu Oikawa Toru pode ter todos em seus pés e o simples pensamento de observar outros se deliciando com um corpo que é meu enquanto ele pensa em mim, me excita.

Será que seríamos esse tipo de casal? O tipo de casal que gostar de coisas intensas e achar o resto tão entediante?

Meu ômega, vai pagar por me fazer esperar tanto

「•••」

Iwazumi estava jogado no sofá da sala, tinha um livro aberto do meio, tampando seu rosto e parecia dormir calmante.

– Vai na reunião hoje? – Tobio se aproximou com o celular na mão, parecia digitar algo rapidamente antes de desligar e observar o corpo do moreno jogado na mobília estofada – Iwa?

– Não. Não quero ir – Hajime suspirou alto – você vai? sabe que não precisa né

– Sei, mas ele estará lá e não nós vemos com frequência já que ele mora do outro lado da cidade – Kageyama revirou os olhos, mas corou minimamente com a ideia de poder rever alguém que gostava.

– Tá corando por que? – Hajime havia tirado o livro do rosto e observava o mais novo – quando vai se tocar de que gosta dele? Tipo, vocês são novos e tem que aproveitar. Sem contar que o tampinha é gente boa

♟️〈 𝐌𝐢𝐝𝐧𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐎𝐫𝐠𝐚𝐧𝐢𝐳𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 Onde histórias criam vida. Descubra agora