Olá, gente! Como vocês estão?Me desculpem pela eternidade em atualizar, mas é que anda realmente corrido pra mim e eu sou o tipo de pessoa que quando senta pra escrever precisa estar total na história. Escrever às prestação é complicado pra mim (O TDAH não deixa rsrs). Então é isto: vou tentar manter meu ritmo e dar mais regularidade aqui.Obrigada pelos comentários de sempre rsrs.Bora de capítulo e sobre o de hoje: coitado do Patrick rsrsrs.Boa leitura!
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Linlada sempre foi péssima em esconder o que sentia. A vida toda fora assim e depois de dez anos sem demonstrar nada além da apatia, ela duvidava que isso fosse mudar. Pelo contrário. Agora, parece que ela sentia tudo muito mais à flor da pele. Se estava irritada, não disfarçava. Se algo a incomodava, ela externava... Como externava agora a chateação pelo gelo que vinha levando de Kath. Sério. Fazia duas semanas que elas não se falavam, mesmo a astronauta tendo respondido às mensagens dela perguntando se poderiam se encontrar. Lin dissera que "sim, claro, com certeza, onde te encontro?". E tudo que recebera fora um completo vazio em retorno.
Se dissessem que a chateação estava começando a dar lugar à raiva, não estariam mentindo. Porque estava sim. Kath sabia que ela odiava silêncio em resposta. E fazia exatamente isso? De primeiro, Linlada pensou que ela estivesse lhe punindo por alguma coisa. Mas aí, depois de buscar incansavelmente na mente por algo de errado que tivesse feito e não ter encontrado nada... entendeu que não devia ser punição e sim....
- O quê? Qual o seu problema, Anne Katherine Walker? – ela resmungou para o celular o jogou sobre a mesa de trabalho. Estava há uns bons minutos tentando se concentrar no cálculos de uma equação, mas tudo que conseguia fazer era voar bem longe dali. Encarou o teto, esfregou o rosto e resolveu tentar a sorte pela milésima vez. Ligou.
E chamou que caiu. Tomada pela frustração, Linlada soltou um suspiro e decidiu que daquele jeito não tinha como continuar. Catou o celular e as chaves e saiu batendo a porta. Kath lhe procurara e depois lhe dera um chá de sumiço. Nada fazia sentido. Então a única saída era ela ir atrás e resolver pessoalmente. Koh Tao não era tão grande e a despeito das mil e uma pousadas e chalés que aquele lugar guardava, só havia um com a suntuosidade característica dos Walker.
Lin estacionou a moto em frente ao Jamahkiri Dive Resort e desceu ajeitando as próprias roupas. Claro que Kath ficaria hospedada em um hotel com o mar praticamente no terraço. O Jamahkiri era intimidador ao mesmo tempo em que era aconchegante. Quem se hospedava ali ficava em chalés que mais pareciam cenários de novela. A construção toda em madeira e vidro permitia iluminação natural durante todo o dia. E como era beira-mar, nada de edificações verticais. O Jamahkiri se esparramava por boa parte da costa permitindo aos hóspedes acesso ao que de melhor havia em Koh Tao sem precisar pôr os pés para fora dali.
Lin pigarrou e passou pelos seguranças, cumprimentando-os. A recepção ficava em uma espécie de cabana enorme com cobertura de palha sustentada por grossas colunas. Conjuntos de poltronas se espalhavam pelo salão, que terminava em um balcão onde dois funcionários distribuíam sorrisos a quem chegava. Linlada os cumprimentou com uma reverência e sorriu.
- Boa tarde... eu gostaria de falar com uma hóspede. Katherine Walker.
Tentou a sorte. Kath não lhe dissera onde estava hospedada. Ela simplesmente havia deduzido que a empresária estaria ali. Na sua cabeça, o Jamahkiri era o tipo de lugar perfeito para Katherine. Um lugar como o nome de "Dive Resort" era a cara dela, certo? Lin esperava que ainda fosse.
- Quem gostaria? – o recepcionista lhe devolveu o sorriso. Lin vibrou internamente. Ao menos não dera viagem perdida. Mas, muito cedo ainda para cantar vitória. Entre saber que Kath estava ali e ser recebida havia um lapso gigantesco.
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Black Hole (Uranus2324)
FanfictionO quão misterioso pode ser o tempo? Talvez fosse ele a força mais implacável existente. Poderoso e, ao mesmo tempo, perigoso. Cruel. Apaziguador. Capaz de curar, mas também de abrir ainda mais feridas nunca verdadeiramente tratadas. Medir forças com...