Black Hole (Uranus2324)

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Olá, minha gente! Alguém ainda por aqui rsrs?De novo, desculpas pela demora nas atualizações. Minha vida anda uma correria e escrever infelizmente se tornou uma dificuldade pra mim por conta do tempo mesmo. Mas antes tarde do que nunca. Agradeço a quem ainda acompanha e bora de capítulo!Boa leitura!

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Katherine encarava o documento em mãos com um olhar incrédulo, mas nem isso lhe fazia perder a imponência. Passou uma página, mordeu o lábio, franziu o cenho e cada expressão que fazia só contribuía para deixar o ambiente mais tenso. Patrick esperava ansioso por alguma reação, muito embora conhecesse a irmã e soubesse que a não-reação já era uma reação. Menos mal. Pelo menos ela não quebrara nada.

O time de advogados da Overseas estava reunido em uma chamada de vídeo convocada às pressas e lá estava ela na tal reunião de trabalho que havia inventado para mandar Lin embora. Katherine queria que aquilo tivesse continuado no plano da mentira. Qualquer coisa seria melhor que aquela situação ridícula ali. A empresária soltou um esgar e negou com a cabeça como se desdenhasse do que tinha escrito naqueles papéis.

- Uma ordem de embargo. Isso é impossível.

Patrick percebeu a mudança de humor e se aproximou cauteloso. Katherine costumava debochar quando a coisa apertava. A ironia era sua linguagem de segurança.

- Eu também tive essa mesma reação – o irmão comentou.

- É sério que querem colocar por água abaixo tudo que a gente fez só com isso aqui? – ela mostrou o documento e respirou fundo tentando se controlar – Irregularidades na documentação e uma ordem de suspensão do estudo de impacto até o governo terminar de analisar tudo... Isso não faz sentido nenhum. Eu nem começaria nada se não tivesse certeza de que estava tudo certo.

- E nós revisamos a documentação várias vezes. Não teríamos deixado passar nenhum erro.

Katherine virou outra página até chegar ao ente que havia impetrado o pedido. Franziu o cenho e algo no olhar dela se tornou frio, quase gélido. Patrick viu quando ela engoliu em seco como quem tragava veneno.

- Já entraram com o recurso?

- Estamos providenciando – Patrick foi rápido – Assim que fomos notificados eu tomei as providências.

- Encontrem brechas, estudem a lei tailandesa, processem quem fez isso, porque quem fez agiu de má fé. Eu não quero só a retirada do embargo. Quero que quem achou legal brincar com isso entenda que brincadeira tem hora – Katherine estava resoluta, largou os papéis sobre a mesa e pegou o celular. Digitou algo rapidamente e levou ao ouvido – Marca uma reunião com os representantes do Ministério Tailandês e me avisa quando tiver um retorno, por favor.

Sem mais, ela saiu da sala com o celular no ouvido. Não tão longe dali, Lin abriu um sorrisão quando viu a chamada, o rosto de Katherine reluzindo na tela do celular. Pensou que ela demoraria mais a lhe ligar. Pensou que demoraria mais tempo para... como ela dissera mesmo? Processar o que havia acontecido. Mas já que ela adiantara um contato, ela, Lin, que não iria recusar. Estava lidando com cálculos, mas por mais que sua mente fosse exigida ao máximo no que fazia, quando viu a ligação de Kath, automaticamente tudo que fazia se esvaiu.

Rindo grande, Lin atendeu. Antes não tê-lo feito.

- Oi! Eu....

- Fala pra sua namoradinha parar de se meter no meu trabalho ou vou ser obrigada a revidar e ela não vai gostar.

- Hã? O q....? – Lin não entendeu nada.

- Se ela tiver alguma coisa comigo, manda ela resolver diretamente sem meter minha empresa e meu trabalho no meio.