Achados

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Megatron soluçou no peito de Kiloton. O mech marrom sentiu sua ansiedade aumentar enquanto era examinado. Kiloton não gostava de ver seu companheiro chorando ou soluçando "R-19?"

"Sua válvula rasgou um pouco durante o parto. Vou dar alguns pontos e você deverá ficar de resguardo por dois meses. Apenas descanse" R-19 aplicava uma pomada em suas partes íntimas de forma muito profissional. Ele havia chegado para verificar Megatron e o espumante. Kiloton estava segurando Megatron, o peito apoiando as costas do transportador.

Eles o colocaram de costas, deitado na mesa de exames. O espumante estava em um berço do outro lado da enfermaria, dormindo.

"O resguardo deve ser passado com calma. Recomendo nenhuma movimentação brusca. E principalmente, sem interface" R-19 instruiu.

"Entendemos" Kiloton ajudou seu companheiro a se sentar quando o exame terminou. R-19 afastou os dedos e colocou as luvas em um recipiente.

Megatron gemeu dolorido quando sentava. Kiloton beijou sua bochecha "Tudo bem, querido. O resguardo vai passar logo. Você é forte"

Ele não se sentia assim, mas concordou. Kiloton ajudou Megatron a voltar para o quarto onde Flux foi cuidadosamente colocado em seus braços. Kiloton saiu para dar um pouco de sossego ao transportador cansado. Megatron estava meio coberto por um edredom violeta, encostado na pilha de travesseiros macios.

O ex-senhor da guerra ficou um pouco amedrontado em olhar para baixo, olhar para Flux. Ele lançou um pequeno olhar ao espumante por um momento curioso e descobriu que não conseguia mais tirar os olhos. Flux tinha um rostinho sonolento, suas ópticas douradas meio fechadas, piscando suave para seu transportador. Ele estava envolto em uma manta vermelha, as mãozinhas escuras acima do peito. Megatron sorriu terno e acariciou sua bochecha com as pontas dos dedos. O pequenino arrulhou, reconhecendo a presença de Megatron, sentindo-se confortado. Megatron não conhecia acreditar como algo tão pequeno e perfeito poderia sair dele. Flux segurou seu dedo e soluçou, um pouco alto.

Megatron entendeu o recado, abrindo as placas peitorais para que Flux pudesse se alimentar como deveria. Flux se agarrou ao seio direito e começou a mamar. No começo, o energon mangeta veio em poucas gotas, então, quando Flux pegou o ritmo, o doce energon começou a fluir livremente em sua ingestão faminta. Flux engoliu avivamento, necessitando de comida e carinho. Megatron acariciou suavemente seu pequeno elmo. Flux libertou as mãozinhas e imitou um abraço, enterrando os servos gordinhos na protocarne cheia de energon, como um gatinho amassando pão. Ele  se conchegou profundamente no peito de seu transportador, emitindo sons suaves enquanto mamava.

Oh Primus, ele era adorável.

Megatron não conseguiu ver nenhum vestígio de seus estupradores naquele pequeno ser inocente. Flux era um tesouro sem preço. Megatron daria o mundo a ele se pudesse. 

Ele também era um pouco maior do que a pequena espumante nascida nas arenas. Talvez fosse porquê Megatron não se alimentava adequadamente na época. Ela seria uma grande irmã mais velha, se o capataz não tivesse sido um monstro, matando-a de forma tão cruel. Megatron pensou em um nome, não seria justo para ela não ter dito ao menos isso. Soundless, seria um nome ideal. 

Quando Flux adormeceu, continuou mamando como se o mundo não importasse, apenas Megatron. Ele era seu porto seguro. Megatron lançou um olhar cansado e totalmente amoroso ao seu pequeno e se encostou nas almofadas, buscando uma posição menos desconfortável. Ele também dormiu, o ritmo de sua centelha sincronizando com a do pequeno Flux.

Gaiolas e correntes - TransformersOnde histórias criam vida. Descubra agora