Apesar de ser uma secretária muito competente, com um currículo de dar inveja, tem uma coisa que Mila nunca conseguiu: o amor e a atenção de Hans, seu chefe na gravadora Mancini.
Cansada de ser desprezada, ela resolve dar uma lição em Hans, fingind...
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MILA
Entro no restaurante que havia marcado com o tal rapaz que Elisa arrumou pra mim. Além desse, haviam mais três, com quem ela marcou em horários bem diferentes, para que eu pudesse escolher aquele que me ajudaria a conquistar o Hans. Então, aqui estou eu.
— Oi, você deve ser o Christian...— digo para o rapaz loiro de olhos azuis, que me esperava
— Eu mesmo. E você...é a Mila.
— Sim. A Elisa deve ter...te falado do que eu tava precisando.
— Ah, ela falou...só não disse que você era tão bonita...— diz, me xavecando e subindo a mão pelo meu braço.
— Então, é...— digo, puxando a mão.— Quanto você quer pra ser meu namorado de mentira por...dois meses?
— Pra você eu faria até de graça, gata. Depois desses dois meses, duvido que você vá querer qualquer outro homem...— diz, numa piscadela e reviro os olhos discretamente.
Ele estava mais interessado em me cantar do que qualquer outra coisa. Bonito, mas nao estou a fim de ficar fugindo das investidas dele por quase dois meses
Christian, reprovado!
O próximo, era um moreno alto todo tatuado. Sexy, bonito e apresentável. Poderia se passar pelo meu namorado rico e gostoso facilmente. O nome dele é Jamil.
— Oi, Jamil. Fica à vontade. Me fala mais sobre você...
— Bom, eu tenho vinte e oito anos. Sou ator, mas me encontro desempregado no momento, então...to trabalhando como garoto de programa e ainda moro com meus pais, que obviamente não sabem que eu faço isso.
— Ah...tudo bem. E quanto você me cobraria pra ser meu namorado de mentira?
— Trinta mil pelos dois meses. Mas...além disso, eu queria outra coisa em troca.
— O que?
— Meus pais querem que eu...leve uma mulher pra casa. Então...eu queria te perguntar se você...vai querer morar comigo...
— Morar com você?— pergunto quase dando um berro com o quanto esse pedido é absurdo.
"Mas nem morta!" É o que tenho vontade de dizer.
Tá bom que eu vou sair do conforto do meu apartamento pra morar com um marmanjo e os pais...
Jamil, reprovado!
O próximo, era um magrelo, mas fofo de sorriso fácil. Seu nome era Paulo. Seria perfeito, se não fosse por um pequeno probleminha...
— Adorei seu sapato. É um Carmen Steffens, né? Acho babado.— Ele diz.
