Apesar de ser uma secretária muito competente, com um currículo de dar inveja, tem uma coisa que Mila nunca conseguiu: o amor e a atenção de Hans, seu chefe na gravadora Mancini.
Cansada de ser desprezada, ela resolve dar uma lição em Hans, fingind...
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GUTO
— Não, Mila! Mila!— chamo mas ela de fato desmaia nos meus braços e não responde mais quando eu chamo— Mila, meu amor, não faz isso comigo! Fala comigo...
— Mano...deixa os médicos levarem ela. Vão cuidar dela direitinho.— Chicão diz pra mim, que não quero soltar Mila.
— Eu vou com ela! — digo me levantando rápido e sinto uma dor na região das costelas — Acho que os meus pontos romperam...
— Vão ter que cuidar de tu também. — Chicão diz e me ajuda a chegar até a Ambulância.— E nois tem certeza que vai dar um B.O doido essa história de ter fugido do hospital...
— Mas eu não me arrependo não.— digo, olhando pra Mila desmaiada na maca, recebendo os primeiros socorros, enquanto outra enfermeira vem até mim e começa a fazer os procedimentos pra limpar e costurar os pontos.— Ela teria feito a mesma coisa por mim...
— E fez mesmo, irmão. Nois já tava com medo dela ficar doente porque a Mila não saía do seu lado enquanto tu tava em coma. Ela dizia que queria ser a primeira pessoa que tu devia ver quando acordasse.
— Agora eu vou fazer a mesma coisa por ela...— digo e entramos na ambulância, indo pro hospital.— Já avisaram o seu Furtado?
— Disseram que iam ligar pra ele.— Chicão diz e assinto, me concentrando em Mila, com os médicos fazendo os procedimentos pra manter ela estável até chegarmos
Vamos até o hospital, mas me separam dela, levando-a pra sala de cirurgia.
— Olha aí! Se não é nosso paciente fujão!— o médico que me atendeu mais cedo diz assim que me vê.— Já soube do que aconteceu com a sua namorada. Sinto muito...
— É o senhor que vai...cuidar dela?
— Não. Meu plantão acabou, infelizmente. Mas ela tá em boas mãos. E acho melhor você também se cuidar
— É, eu vou. Mas só depois de saber que ela tá bem...— digo e ele assente.
— Olha, pelo que eu vi nos dias que você estava aqui, aquela moça te ama muito. Ela não saía do seu lado. E eu acho que...você não teria ido embora se não a amasse também. Se aceita um conselho, não a deixe ir. Nunca.
— Não vou deixar...— digo e ele assente, sorrindo pra mim enquanto sai do hospital.
Depois que o médico vai embora, me chamam pra uma sala de exames, pra verem como é que estava a minha própria cirurgia e os pontos que abriram, mas por sorte, a abertura foi apenas superficial.
— Mas você vai precisar descansar agora, Augusto. Pra que a recuperação seja mais rápida. — a enfermeira diz e me encaminha pra um dos leitos, pedindo pra eu deitar na maca.
