82° Episódio

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Gabriel

Caralho, que desespero da porra, nunca pensei que passaria por um momento desse. Quando eu soube que meu pai tinha infartado e que estava no hospital, eu já tava imaginando o pior e só sai correndo para voltar pro Rio na mesma hora.

Ao chegar e ver a Isa e a Bia dormindo em um quarto do hospital tranquilamente, de certa forma acalmou mais meu coração. Se elas estavam tranquilas, certamente não aconteceu nada do que eu estava imaginando.

E saber que eu não estava falando com meu pai quando tudo isso aconteceu, e ele poderia ter morrido, me bate um desespero ainda maior.

Agora estamos voltando para casa, depois da alta dele, que vai ter que se cuidar muito mais a partir de agora, para não sofrer outro infarto.

Estaciono meu carro na garagem de casa, e ajudo meu pai a sair do carro. Entrando em casa junto com ele, e vendo a Bia correr na direção do avô.

- Vovô... – Bia abraça as pernas do meu pai e fica olhando para ele. - Você voltou. – abre um enorme sorriso.

- Voltei princesa! – Meu pai sorri e se inclina para beijar a testa da minha filha. - E o vovô vai brincar muito com você, tá?

- Ebaaaa! – ela comemora sorrindo.

- É tão bom te ver de volta, Valdemir. – Isa se aproxima da gente e sorri para ele.

- Obrigado, Isa! Feliz em te ver também! – ele abre um sorriso. - Como tá nossa pequena? – se aproxima e alisa a barriguinha da minha mulher.

- Está bem! – Isa sorri. - E feliz demais em te ver bem assim. – meu pai sorri ao ouvir.

- Aí, pai, Graças a Deus, deu tudo certo! – Dhio se aproxima dele e dá um abraço desajeitado. - Meu Deus, não vou desgrudar de você nunca mais.

- Nem eu. – digo olhando para ele.

- Calma, meus filhos. – ele solta uma risada. - Vocês vão ter que me aguentar por muito mais tempo.

- Assim seja. – Dhio diz sorrindo. - Vem, vou te ajudar... – segura na mão dele e caminha até o sofá.

Dou um selinho na Isa que me abraça apertado.

- Fica tranquilo, ele vai ficar bem! – ela sorri e alisa minhas costas em um carinho.

- Vai sim. – sorrio e dou mais um selinho nela.

Nos sentamos todos no sofá, e ficamos conversando com meu pai enquanto minha mãe prepara o prato para ele almoçar.

- Quais são todos os sintomas, Isa? – meu pai pergunta.

- Queimação no peito, dor ou desconforto em membros superiores, falta de ar, tontura, suor e náusea. – Isa diz olhando para ele.

- E o que deve ser feito em uma situação assim? – minha mãe pergunta olhando para ela.

- Quando você é a vítima, tem que procurar ajuda para transporte rápido ao hospital, e não pode dirigir de jeito nenhum. – Isabela explica. - E quando você ver alguém naquela situação, tem que afrouxar as roupas da vítima e impedir  que faça esforços, não pode oferecer bebida e nem comida, muito menos calmante. Se a pessoa desmaiar, tem que ver a respiração e o pulso.

Casados por contrato - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora