Maxine a encarou por alguns bons segundos a deixando nervosa já que a menina nos demonstrava qualquer tipo de reação, ela caminhou até a escrivaninha sem tirar os olhos da mulher e puxou de lá uma pasta, jogando na sua frente.
- Tá aí minha certidão de nascimento, não perguntou por que não achou meu nome aquele dia, por que se tivesse me perguntado teria descoberto que meu nome não é Maxine, eu troquei a sessenta dias não atualizaram meus registros eu não sou adotada.
- Por que mudaria o nome? - Foi a primeira pergunta que fez, ignorando o total silêncio depois do seu desabafo.
- Por que eu odiava qualquer coisa relacionado a mitologia o cara é obcecado por isso, ele está na Grécia estudando seja lá o que ele acredita, e eu sabia o tempo todo que não era adotada eu só fiquei por que eu gostava de você, gostei de você dês do primeiro dia que te vi, na verdade eu te acompanhei naquele shopping por semanas.
- Por que faria isso?
- Eu não sei, eu tenho dezoito anos e estava entediada e gosto de roubar pessoas interessantes, quando me arrastou para sua casa bonita com seu irmão mais legal ainda eu achei que era uma boa ideia passar alguns dias lá, mas eu estava enganada, até agora eu pensei que eu estava errada e você podia gostar de mim de alguma forma, mas enfim você é igual meu pai, louca e obcecada por coisas que não existem.
- Mentiu esse tempo todo?
- Sim, quase tudo, pode ficar com uma cópia tranca a porta quando sair - Ela começa a se afastar do escritório - E só para deixar claro Deusa Afrodite, você pode sumir da minha vida, perdeu a graça para mim.
Com isso ela se afasta deixando Afrodite sozinha naquele imenso escritório, lotado de livros sobre a Grécia e papéis de documentos onde dizia que Maxine Mayers era Júpiter Mayers, papéis legais comprovando sua certidão de nascimento, junto a curiosamente um teste de DNA, comprovando sua paternidade mortal, ela se sentou na cadeira de couro.
Exausta, aquilo não levaria a lugar nenhum, nunca levaria e Maxine sabia disso e mesmo assim não contou, mesmo assim deixou que tudo isso tomasse um rumo sem necessidade, deveria estar mais brava deveria mesmo, mas por algum motivo não conseguia por que agora sabia que todo esse tempo a mortal a queria por perto e ficou por que quis, não por que se sentiu obrigada, ela mentiu para ficar perto dela se isso não era algo que a própria Afrodite faria ela não sabia mais o que seria então.
Mesmo assim estava frustrada, isso queria dizer que passaria o resto da sua vida mortal presa a esse fim de mundo, e além disso ela e os irmãos haviam quebrado inúmeras regras ao se encontrarem talvez aumentasse sua pena e talvez colocasse os irmãos em mais problemas ainda, não importava em colocar Atena ou os gêmeos em problema, se importava em colocar Hermes que foi o único que a ajudou esse tempo todo, deveria contar, deveria assumir a culpa quando a conta do pai chegasse, mesmo que isso significava passar o resto da eternidade presa a terra.
Mas nada disso explicava o motivos dos poderes não funcionar em Maxine, se ela era mesmo uma mortal comum apenas com o nome de um Deus por que ela era imune? Não isso deveria significar algo, nem tudo estava perdido, enquanto os irmãos buscavam algo que não era real ela poderia ir atrás de algo que era real, Maxine não podia ser só comum não combinava nenhum pouco com ela.
Puxou a gaveta em busca de algo mais, e achou o que procurava um diário de capa de couro talhado com um símbolo de alfa do dialeto grego, abriu as páginas e letras cursivas apareceram, em grego antigo e algumas em inglês.
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Afrodite
RomanceExilada do Olimpo Afrodite se vê presa no mundo moderno o qual não acreditam mas em Deuses, em meio da bagunça que criou para si mesma ela acaba conhecendo Maxine Mayers em um encontro nada amigável. Uma garotinha que usa do seu sarcasmo e ironia pa...